Após ser lançada há dez anos e permanecer os últimos dois anos e meio no espaço em "sono profundo" para guardar energia, a sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA) enviou os primeiros sinais para a Terra às 16h18 (horário de Brasília) do dia 20 de janeiro de 2014.
O equipamento, lançado em 2004 e que está a mais de 800 milhões de km de distância do nosso planeta, foi religado, mas só transmitiu seus primeiros sinais horas depois.
Ele está próximo à órbita do planeta Júpiter.
A "mensagem" foi captada pela estação terrestre Goldstone, da agência espacial americana (Nasa), que fica na Califórnia. A informação foi rapidamente confirmada pelo centro de operações da ESA em Darmstadt, na Alemanha.
O sucesso do "despertar" foi anunciado na conta da sonda Rosetta no Twitter (@Esa_Rosetta), que escreveu "Olá, mundo" em 20 idiomas, incluindo o português.
A sonda foi lançada com o objetivo de estudar um cometa em movimento, no caso, o 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa gigante formada por gelo e pedra que se move rapidamente pelo espaço.
Acredita-se que o corpo celeste seja um remanescente original da época do surgimento do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos, e possa dar pistas sobre a aparição da água e da vida na Terra.
O plano foi perfeito, a Rosetta lançou um módulo de aterrissagem, o Philae, sobre o cometa em 10 de novembro de 2014.
Agora também é preciso ver se o módulo recebe energia solar suficiente para continuar sua atividade.
Se der certo, a missão permitirá que cientistas tenham um olhar sem precedentes sobre um dos objetos mais antigos do sistema solar.
ACERVO: O Globo e RM Produções