Os líderes das religiões, principalmente as denominadas cristãs, servem-se destas hipocritamente e afirmam que não fazem parte desse
mundo e creem no Reino de Deus. Mesmo que algumas dessas religiões tenham a
predisposição para a honestidade, não são inteiramente honestas em seus
propósitos, pois principalmente o dinheiro arrecadado dos fiéis, é investido
para seu poder e a sobra depositada em aplicações bancárias onde o dinheiro é
emprestado a juros e investidos em ações da bolsa de valores em qualquer empresa, seja de
agricultura ou de armas ou qualquer outro fim e fingem que estão sendo honestos com Deus.
Vimos recentemente a inauguração de um templo fisicamente de proporções
elevadas, com todo o luxo exuberante na cidade de São Paulo, no Brasil. Será
que Deus quer esse sacrifício dos homens? Seu filho Jesus disse que “... os verdadeiros adoradores adorarão o Pai com espírito e verdade”!
O Templo de Jerusalém foi destruído em 70 EC pelo Exército Romano e
antes disso Jesus tinha dito aos seus discípulos: “De modo algum ficará aqui
pedra sobre pedra sem ser derrubada.” Aquele templo nunca mais foi
reconstruído. No sétimo século, erigiu-se o santuário muçulmano conhecido como
Domo da Rocha, e este se encontra ali até hoje no lugar do anterior local de
adoração dos judeus. O Muro das Lamentações, ao quais muitos judeus afluem de
lugares distantes para orar, não faz parte desse templo. É apenas parte do muro
do pátio do templo destruído.
Vemos também outras denominações religiosas em eternas construções
de grandes edifícios, gráficas para editarem seus livros e jornais periódicos e
redes de televisão, aplicando o dinheiro dos fiéis para fortalecimento de tais
estruturas religiosas.
Será que Jesus Cristo tinha como propósito fazer edificações de
templos e montar uma estrutura de redações religiosas para fazer adeptos?
Admiro muito alguns
religiosos que em suas obras amparam os seres humanos mais desfavorecidos pela
sociedade e seguem os passos do nosso grande mestre Jesus. São obras feitas
tais como as das freiras que cuidam de asilos de pobres, padres que sacrificam
sua vida para atender os desvalidos e missionários evangélicos em localidades
pobres.
Nunca vi pastor
evangélico nenhum com tanta dedicação aos pobres, pode até ter, mas sinceramente não vi a
não ser alguns missionários em países africanos pobres, mas no fundo o intento
é o fortalecimento de sua religião nominal.
Vi algumas denominações religiosas
terem hospitais, mas são raras tais denominações. Jesus curava os necessitados
com seus milagres. Como não fazem milagres como os de Jesus, embora alguns
digam que operam milagres, criam hospitais e esses mesmo assim são bastante
elitistas. Mas válidos de qualquer maneira para socorrer os inválidos.
Jesus em sua
pregação falava contra os líderes religiosos fanáticos de sua época e dizia “Ai de vós, escribas
e fariseus, hipócritas! porque dais o décimo da hortelã, e do endro, e do
cominho, mas desconsiderastes os assuntos mais importantes da Lei, a saber, a
justiça, a misericórdia e a fidelidade. Estas eram as coisas obrigatórias a
fazer, sem, contudo, desconsiderar as outras.”
Quando Jesus estava na terra, existia no templo em Jerusalém um
local que era a “tesouraria”. De acordo com fontes rabínicas, neste templo
reconstruído por Herodes havia 13 cofres do tesouro junto ao muro deste
pátio. Estes tinham formato de trombeta, com pequenas aberturas em cima, e as
pessoas depositavam neles várias contribuições e ofertas.
Os sacerdotes que insuflaram o assassinato de Jesus, recusaram
depositar neste tesouro sagrado as moedas de prata que Judas jogou no templo,
“porque”, disseram eles, “são o preço de sangue”. Será que hoje os líderes
religiosos importam-se que o óbolo lançado em suas caixas coletoras venham de
pessoas inescrupulosas ou emprestem esse dinheiro aos bancos que mantem juros
altíssimos para a população e será que se importam em ter ações de empresas
bélicas, de bebidas alcoólicas e fumo?
São os prédios religiosos realmente necessários para se adorar a Deus?
Têm as basílicas e as igrejas suntuosas um precedente nas Escrituras? Que tipo
de prédios já foram usados para a adoração do Deus verdadeiro e vivo? O que
eles nos podem ensinar sobre a necessidade de haver locais de adoração e sobre
o que se deve realizar ali? É evidente que os prédios
religiosos da cristandade não têm nenhuma relação com o templo da era
pré-cristã. E os cristãos do primeiro século não tinham nenhum motivo para
construir tais locais.
Infelizmente temos que fazer essas perguntas pois os locais luxuosos para adorarem a
Deus, são cada vez mais a marca das religiões cristãs, enquanto sabemos que as reuniões dos seguidores de Jesus do primeiro século
se davam em lares particulares. Hoje, não mais se reúnem em lares
particulares, o "negócio" cresceu muito.
Vemos o inverso em todas as denominações religiosas ditas cristãs.
Templos de Luxo, cadeiras luxuosas, aparelhagem de som e vídeo de última
geração, conjuntos musicais e cantores afinados, programas televisivos em rede
nacional e internacional, programas de rádio, fazendo com tal investimento, a pretensão de dizer “Deus
está conosco pois crescemos financeiramente e com um enorme quantitativo de
fiéis".
Nos tempos de Jesus, este encontrou um cobrador de impostos chamado
Zaqueu, que ao aceitar Jesus como sendo O Messias, exclamou: “Eis que a metade
dos meus bens, Senhor, dou aos pobres.” E Jesus disse: “Quando ofereceres uma
festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos; e serás feliz,
porque eles não têm nada com que te pagar de volta.”
Noutra ocasião, ele incentivou um jovem rico: “Vende todas as
coisas que tens e distribui aos pobres, e terás um tesouro nos céus; e vem ser
meu seguidor.”
A ênfase e o encorajamento do exemplo de Jesus para ajudar os
pobres, harmonizava-se com o que ele mesmo praticava. Como está escrito, “embora
fosse rico, tornou-se pobre”.
Como homem pobre, na terra, Jesus pôde redimir a raça humana,
tornando disponível a maior das riquezas, isto é, a perspectiva de salvação
eterna para seus seguidores também filhos de Deus.