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quinta-feira, 30 de julho de 2015

A História de Água Branca



Contada pelo amigo escritor Edvaldo Araújo Feitosa, que tive o prazer de encontrar na cidade de Piranhas, Alagoas, por ocasião do grande encontro da Família Cariri Cangaço, que ocorreu de 25 a 28 de julho de 2015.




HISTÓRIA DA CIDADE:

Até o século XVII o território de Água Branca fazia parte das sesmarias de Paulo Afonso (PROVÍNCIA DE ALAGOAS), à época do Brasil Colonial. Denominada Mata Pequena, Matinha de Água Branca, até se tornar o município de Água Branca.

A partir de 1769 o povoado começou a se formar na região com a família Vieira Sandes, o capitão Faustino Sandes arrematou algumas terras, atraído pelas serras, pela fertilidade do solo propício à cana-de-açúcar e pelas boas pastagens, formando o primeiro núcleo de povoamento e tornando-se o tronco dessa família em toda a região.


A capela de Nossa Senhora do Rosário foi à primeira construída no povoado. Posteriormente, o Barão de Água Branca ergueu a matriz de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou à padroeira do município.

Em 1864 foi criada a freguesia, e em 1919, Vila de Água Branca, por meio de lei, a vila foi elevada à condição de cidade. 

O significado do nome surgiu de uma serra da região, rica em fontes de águas muito limpas. 

O livro do amigo Edvaldo traz fatos pitorescos como por exemplo, em terras da Vila de Viçosa e Anadia, Raimundo José Vieira, antepassado da família Vieira Sandes, escravizou uma índia Caeté e quando saía do vilarejo costumava trancá-la em uma gaiola feita de bambu, para que ela não fugisse pois seu intento era casar-se com ela, o que aconteceu no ano de 1815 onde a índia recebeu o nome de Maria Barbosa de Jesus.

Como foi mostrado na palestra do Dr. Lamartine Andrade Lima, nesse rico encontro do Cariri Cangaço 2015, que dissertou sobre "O Estudo Científico das Cabeças" dos cangaceiros, em adendos, na palestra, falando da miscigenação dos nordestinos, que o amigo Edvaldo em sua obra "ÁGUA BRANCA - História e Memória" já afirmava que sim, houve muitas uniões de portugueses com as índias que na região viviam e que pertenciam às tribos Xocós, Xucurus, Umaris e Caetés.


Manoel Severo e Edvaldo Araujo 
Não quero tecer e nem mais adiantar comentários sobre esse excelente livro histórico, pois não vou tirar a graça dos amigos leitores, que poderão adquirir tal obra. Na foto ao lado, o amigo EDVALDO ARAUJO FEITOSA recebendo as congratulações pelo excelente trabalho pelo também amigo Manoel Severo no grande encontro do Cariri Cangaço 2015 na cidade de Piranhas-AL.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Aos meus amigos Cangaceiros, Coiteiros e Volantes


Nesse encontro do Cariri Cangaço na linda  e aprazível cidade de Piranhas em Alagoas, onde o valente rio São Francisco passeia languidamente em sua porta, acariciando-a como um esposo amoroso faz com sua querida consorte, alguns desses valentes do tema, desencantaram para que eu os visse. 

                                                Estavam por enquanto, aguardando o dia em que se apresentariam ao meu lado, surgindo em um turbilhão de assuntos, idéias, teses e causos vividos pelo passado de uma história marcante no povo brasileiro e principalmente nordestino.



Foram surgindo, desencantando-se, apresentando-se, saindo das páginas de estudos do universo virtual da internet, dos e-mails e dos telefonemas, onde trocamos idéias do assunto que nos amalgama, o Cangaço.

                                            
Não fazemos apologia aos crimes desses bandidos combatidos pelas Volantes sertanejas, e sim, compreendermos uma fase da história nordestina em que alguns foram heróis e outros bandidos. Compreendermos e resgatarmos estórias passadas com esses homens de fibra e valentes de ambos os lados.


Ontem, dia 27 de julho de 2015, todos esses amigos desencantados, surgiram e se materializaram nessa cidade alagoana e desde o dia 25 de julho, e agora, nesse momento nos encontramos na Fazenda Patos, para sermos lembrados de uma triste estória do passado que tornou-se um dos maiores, senão o maior crime cometido pelo valente e ao mesmo tempo covarde  cangaceiro Corisco, sobre uma família pacífica do sertão das Alagoas.

A estória nos foi narrada por um dos que viveram à época em que os fatos ainda estavam latentes, o Senhor Celso Rodrigues. Quando menino ouvindo os adultos conversarem no balcão da bodega de seu pai, estabelecida em Piranhas naqueles anos pós morte de Lampião.

Esse garoto, homem idoso hoje, com palavras cadenciadas e veementes, nos fez passar por um portal do tempo, em frente à casa quase destruída pelo abandono dos anos, e passou a contar-nos o triste assassinato de seis membros da família que ali em felicidade viviam.

Todos nós em silêncio gritante ouvíamos aquela narrativa que estou indicando nesse link da palestra A Vingança de Corisco no Palco dos Inocentes nesse artiguete despretencioso mas marcante e que me fez acordar às quatro horas da manhã de hoje, dia 28 de julho, para que no silêncio dos humanos moradores de  Piranhas, pudesse eu, escrever pelo canto dos pássaros e pelo encaminhar silencioso do Velho Chico, essas palavras vindas do fundo de minha alma idosa e não acostumada nunca, com as violências de alguns seres que têm mais marcante em seus DNA os traços mais acentuados do animal que habita em nós.  
  

Choramos juntos, todos nós desencantados, naquele terreiro da casa do coiteiro Domingos Ventura, sua esposa e mais quatro membros de sua família que foram covardemente assassinados e decepadas suas cabeças e enviadas para o Tenente João Bezerra que tinha comandado as Volantes que livraram o povo nordestino do famigerado Lampião.

              
Plantamos uma centena de árvores no terreiro da fazenda para que lembrem às autoridades que apressem os reparos da estrutura daquela casa, para que se perpetue a saga, a triste sina, os momentos de pavor, para que, não por morbidez lembremos, mas para que fique registrada para a história e já está, a violência do banditismo dos cangaceiros.


Aos meus amigos que desencantaram perante esse também desencantado para eles, meus respeitos e considerações. À Família CARIRI CANGAÇO desejo de todo coração como membro mais novo dessa família,  que os propósitos para que nasceu fiquem perenes no tempo. Um forte abraço a todos. 

sábado, 25 de julho de 2015

Lampião ainda vive em Piranhas


Lampião sustentava muitas famílias onde seus chefes eram conhecidos como "coiteiros" que também eram pais de família que abasteciam e davam guarida ao grande chefe cangaceiro e seu bando.


Abastecia Lampião a esses coiteiros, com o dinheiro de roubos e contribuições dos mais abastardos, os velhos coronéis do sertão.

Hoje estamos vendo que por assim dizer Lampião ainda sustenta pais de famílias em algumas localidades, especialmente a cidade de Piranhas nas barrancas do Velho Chico, rio histórico que até hoje em sua veia aberta de águas conduz turistas para ver o local em que Lampião foi abatido. 

É nesse cenário que encontramos muitas famílias vivendo lógico, não do dinheiro sujo de suas mãos que felizmente não mais existe, mas da história desse famoso cangaceiro através do turismo.

Nessa cidade, de 25 a 28 de julho de 2015 um grupo de estudiosos do cangaço iniciaram um encontro chamado Cariri Cangaço em que discutiram e aprofundaram essa história tão marcante do povo nordestino.

Pessoas de diversas partes do país (ao todo 17 Estados) imbuídos de uma espontaneidade eloquente, sem visarem lucros, contribuem para o abrilhantamento do evento, trazendo um polimento, um brilho a mais, para essa bela e histórica cidade.

O Estado de Alagoas, e seu governador representado por sua Secretária de Turismo e a Prefeitura de Piranhas e seu Prefeito juntamente com sua Secretária de Turismo, outras autoridades e palestrantes, e mais, a base desse grande evento que são aqueles que fazem o Cariri Cangaço, pesquisadores, historiadores e aficionados que organizaram com palestras e visitas presenciais a locais que se deram os eventos  o aprofundamento da história, e que tem como liderança o amigo Manoel Severo, continuaram até a terça-feira dia 28 de julho nessa cidade, onde nesse dia fecharam com chave de ouro, com a Missa do Cangaço, na Grota do Angico, com presença de familiares de Lampião onde nesse local tombaram cangaceiros e seu líder e um bravo soldado da Polícia Militar de Alagoas.

terça-feira, 21 de julho de 2015

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer... Porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens... 

Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar... É muito elegante... Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda... É muito elegante... Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
 
Baseado em texto original de Henri Toulosse Lautrec


O JOGO SUJO PARA ACABAR COM A PETROBRAS

Lições internacionais sobre a importância estratégica do petróleo.
Por Marcelo Zero*
Qual é a maior empresa de petróleo do mundo? A Exxon? A Shell? A Chevron? A BP? Nenhuma delas. As maiores empresas de petróleo e gás do mundo são estatais - as chamadas national oil companies (NOCs). Entre elas, estão a Saudi Aramco (Arábia Saudita), a NIOC (Irã), a KPC (Kuwait), a ADNOC (Abu Dhabi), a Gazprom (Rússia), a CNPC (China), a PDVSA (Venezuela), a Statoil (Noruega), a Petronas (Malásia), a NNPC (Nigéria), a Sonangol (Angola), a Pemex (México) e A PETROBRAS.

Numa estimativa conservadora, feita em 2008, antes do pré-sal ser bem conhecido, as NOCs já dominavam 73% das RESERVAS provadas de petróleo do mundo e respondiam por 61% da produção de óleo. Segundo a Agência Internacional de Energia, a tendência é a de que as NOCs sejam responsáveis por 80% da produção adicional de petróleo e gás até 2030, pois elas dominam as RESERVAS.

Nem sempre foi assim.

Até 1970, as chamadas international oil companies (IOCs), as grandes multinacionais, as Sete Irmãs, dominavam inteiramente 85% das RESERVAS mundiais de petróleo. Outros 14% das jazidas eram dominados por empresas privadas menores e as NOCs tinham acesso a apenas 1% das reservas. As estatais que existiam na época, como a YPF (Argentina) a Pemex (México), A PETROBRAS e a PDVSA, não tinham a menor influência real nesse mercado.

As IOCs faziam o que bem entendiam.

Ditavam a produção e o preço do petróleo e derivados no mundo, sempre com a perspectiva de curto prazo de obter o maior lucro possível e remunerar acionistas. Fortemente verticalizadas, as Sete Irmãs se encarregavam da pesquisa, da prospecção, da produção, do refino e da distribuição. Conteúdo nacional? Só o suor de trabalhadores locais de baixa qualificação. Tudo isso começou a mudar ao final da década de 1960.

O nacionalismo árabe, de inspiração nasserista, incitou uma onda de nacionalização do petróleo, que se iniciou na Argélia, em 1967, e na Líbia de Khadafi (o ódio do Ocidente a Khadafi não era gratuito), em 1969 e 1970. Tal onda nacionalizante se estendeu rapidamente por todo o Oriente Médio, no início da década de 1970. Governos nacionalizaram jazidas e expropriaram ativos das multinacionais para criar as suas próprias companhias de petróleo.

Em 1972, Arábia Saudita, Qatar, Kuwait e Iraque, onde estavam as principais reservas mundiais, já tinham iniciado esses processos. Isso mudou inteiramente o mercado do petróleo.

Os governos passaram a se apropriar de uma renda muito maior da cadeia do óleo, até mesmo porque descobriram que as IOCs escondiam deles os reais custos de produção, reduzindo artificialmente a remuneração devida aos países. E os Estados, não as Sete Irmãs, começaram a ditar o ritmo da produção e da comercialização do petróleo, não mais com a perspectiva de obter o máximo de dividendos no curto prazo, mas com o objetivo estratégico de maximizar o uso de um recurso natural finito e não renovável.

No âmbito internacional, esse novo domínio estatal permitiu que os países produtores, reunidos na OPEP, passassem a influenciar efetivamente o preço do petróleo, que se transformou numa commodity mundial.

Em 1973, após a Guerra do Yom Kippur entre árabes e israelenses, os países árabes impuseram um embargo aos EUA, à Europa e ao Japão, que apoiaram Israel, o qual fez disparar os preços do óleo no mundo. Foi o primeiro choque do petróleo, o qual teria sido impossível de realizar num mercado governado apenas pelos interesses das grandes multinacionais. Ao longo da década de 70, o domínio estratégico dos Estados sobre o petróleo cresceu com a ampliação e a sedimentação dos processos de nacionalização das reservas, a criação de grandes companhias estatais e o fortalecimento das já existentes.

Significativamente, a onda privatizante que verificou no mundo todo nos anos 80 e 90, sob o paradigma do neoliberalismo, não afetou, de modo substancial, o domínio estatal sobre a cadeia do petróleo.

Houve alguns episódios de privatizações totais ou parciais, especialmente na América Latina e no Leste europeu. Na Argentina, por exemplo, ocorreu a privatização da YPF, a segunda estatal do petróleo a ser criada, em 1928. No Brasil, a Petrobras teve o seu capital aberto na Bolsa de Nova Iorque. Na Rússia, alguns setores da indústria de hidrocarbonetos foram também privatizados.

Contudo, o aumento dos preços do petróleo ocorrido a partir do início deste século provocou nova onda de nacionalizações e de criação de estatais. Na Rússia, Putin reverteu as privatizações, conformando uma poderosíssima Gazprom. O mesmo ocorreu em países da Ásia Central, como o Azerbaijão e o Uzbequistão. Na Bolívia, o governo Morales nacionalizou as jazidas de hidrocarbonetos. Na Argentina, o governo Kirchner desapropriou a Repsol, que havia se apossado dos despojos da YPF.

Essa tendência praticamente mundial ao controle estatal do petróleo não ocorre por acaso. No estudo de mais de mil páginas intitulado Oil and Governance: State-owned Enterprises and the World Energy Supply, publicado em 2012 pela Cambridge Press e que analisa a experiência de 15 grandes NOCs (inclusive a Petrobras), os organizadores mencionam algumas fortes razões para o surgimento e a persistência dessa tendência. Há, é óbvio, motivos políticos, como o apelo do nacionalismo e a conveniência de obter ganhos geopolíticos com o controle efetivo e direto de bens sensíveis e estratégicos como os hidrocarbonetos, como faz a Rússia, por exemplo.

Mas há também razões vinculadas estritamente à racionalidade econômica de longo prazo. O controle direto das jazidas e da produção do petróleo permitiria, com maior facilidade:

1) Influenciar o preço dos hidrocarbonetos no mercado interno, conferindo, se necessário, subsídios em energia ao setor produtivo.

2) Instaurar políticas de conteúdo nacional, que se aproveitem das oportunidades e sinergias criadas pela produção de hidrocarbonetos para criar uma longa cadeia nacional do petróleo, estimulando indústrias e o setor de serviços.

3) Ditar o ritmo de exploração das reservas e de comercialização do óleo, conforme o interesse nacional e dentro de uma visão estratégica de aproveitar ao máximo a existência de um recurso natural finito e não renovável.

4) Gerar e obter informações detalhadas sobre as jazidas de óleo e gás, seu potencial e seus custos de exploração.

5) Desenvolver tecnologia própria relativa à cadeia dos hidrocarbonetos.

Alguns podem argumentar que pelo menos parte desses objetivos poderia ser alcançada sem a participação necessária de uma NOC. Em tese, um bom modelo regulador tornaria possível a consecução desses objetivos estratégicos e de longo prazo sem a participação direta de uma estatal como grande operadora das jazidas.

A experiência internacional demonstra, contudo, que isso é muito difícil.

No estudo mencionado, entre as 15 grandes NOCs analisadas, somente 2 não são grandes operadoras: a NNPC, da Nigéria, e a Sonangol, de Angola. Essas grandes companhias africanas desempenham funções básicas de regulação e não têm capacidade técnica de operar na prospecção e na produção dos hidrocarbonetos.

No caso da Nigéria, a análise mostra que o país não consegue controlar a contento seu setor petrolífero, base da economia nigeriana. As grandes companhias multinacionais que lá atuam dominam inteiramente a produção e a prospecção e remuneram o Estado com base em suas próprias informações sobre custos e volume produzido.

A NNPC, por não ser operadora, não tem condições técnicas reais de avaliá-los. Também não há política efetiva de criação de uma cadeia de petróleo na Nigéria. Soma-se a isso, uma péssima gestão da estatal e sua submissão a um sistema político fortemente fisiológico. A NNPC não consegue ser nem operadora competente, nem reguladora efetiva do setor, apresentando um desempenho muito pobre. Desse modo, a Nigéria não tem a gestão estratégica de seu recurso natural mais valioso.

No que tange à Sonangol, embora o capítulo a ela dedicado a destaque como uma reguladora eficiente e estável, que não atrapalha as operações das multinacionais lá instaladas, as informações que chegam diretamente de Angola conformam um quadro muito ruim.

Conforme Francisco de Lemos Maria, que assumiu a presidência da empresa em 2012, o atual modelo operacional caracteriza-se pela crescente dependência da Sonangol, quer da contribuição de terceiros para a geração de resultados, quer de outsourcing de serviços, do básico ao especializado.

Segundo esse novo presidente, o sistema de hidrocarbonetos em Angola é “insustentável”. Com efeito, a prometida “angolonização” dos insumos e dos serviços da cadeia do petróleo não funcionou e, agora, a nova presidência vem envidando esforços para transformar a Sonangol também numa operadora eficiente e robusta.

Parece haver, portanto, uma correlação positiva, entre ter capacidade de gestão estratégica dos hidrocarbonetos e contar com uma NOC que tenha efetiva capacidade de operar as jazidas. É evidente que as NOCs não são uma panaceia em si e podem, inclusive, ser instrumento de distorções e ineficiências, especialmente em países com ralos controles democráticos da gestão estatal. Mas a sua existência facilita muito, sem dúvida, a gestão estratégica dos recursos do petróleo por parte dos Estados nacionais. Mesmo o tão elogiado modelo norueguês de gestão dos hidrocarbonetos, que contém elementos liberalizantes, se assenta, no fundamental, na Statoil, que opera, com muita eficiência, cerca de 80% das reservas de petróleo da Noruega.

Deve-se ter em mente que as grandes nacionalizações do petróleo na década de 1970 foram suscitadas essencialmente pela necessidade que os Estados detectaram de ter acesso a informações fidedignas sobre as jazidas e os custos de produção e operacionalização das atividades da cadeia do petróleo. De um modo geral, as grandes multinacionais da época ocultavam essas informações dos governos, os quais, por não contarem com operadoras próprias, não tinham como aferir ou contestar os dados apresentados pelas empresas.

Por isso, a grande maioria dos governos não se limitou a mudar o modelo de regulação, mas também se preocupou em criar NOCs, como grandes operadoras, para dar sustentáculo prático e técnico aos novos parâmetros de gestão estratégica dos hidrocarbonetos. Afinal, informação é poder.

No caso da Petrobras, sua utilidade para o Brasil e sua competitividade única no mundo reside justamente nas informações e na tecnologia que ela detém. A Petrobras é a única, entre todas as grandes NOCs, que foi criada antes de haver a constatação da existência de reservas provadas de petróleo em seu território de atuação. Todas as outras foram geradas num ambiente de certeza de reservas provadas e/ou de fácil nacionalização de ativos pré-existentes.

Desse modo, a Petrobras teve de investir pesadamente, desde o início, em prospecção e desenvolvimento próprio de tecnologia, principalmente de tecnologia de exploração em águas profundas e ultraprofundas, o que já lhe valeu merecidos grandes prêmios internacionais.

Por conseguinte, o grande diferencial da Petrobras, no concorrido mercado dos hidrocarbonetos, reside na sua tecnologia de vanguarda e no domínio das informações estratégicas sobre as jazidas, particularmente as do pré-sal. Esse diferencial permitiu à Petrobras manter-se como a grande operadora do petróleo no Brasil, mesmo após os famosos contratos de risco da década de 1970 e da adoção do modelo de concessão, na década de 1990. Pois bem, retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal pode subtrair da empresa esse diferencial único, e, do Brasil, a capacidade de gerir estrategicamente os fantásticos, mas finitos recursos do pré-sal.

De fato, a depender do ritmo dos leilões do pré-sal, a Petrobras não conseguiria participar da maioria, o que poderia resultar em seu alijamento da maior parte do pré-sal. Deve-se ter em mente que, num ambiente de crise e de estrangulamento das receitas, a tentação de acelerar, numa perspectiva de curto prazo, os leilões do pré-sal pode eclipsar as considerações estratégicas de longo prazo.

Para a empresa, tal alijamento resultaria num célere enfraquecimento e, provavelmente, numa dificuldade em honrar sua dívida contraída justamente para ter condições de explorar o pré-sal. Todo o seu capital tecnológico e informacional poderia ser vendido ou perdido e ela acabaria se transformando, em um cenário mais pessimista e no longo prazo, numa grande NNPC ou Sonangol, dedicada a atuar secundariamente como reguladora. Para o país, o quadro de alijamento da Petrobras da maior parte do pré-sal ou mesmo de parte significativa dele, provavelmente resultaria numa grande dificuldade para gerir estrategicamente os seus recursos oriundos dos hidrocarbonetos.

Encontraríamos, nesse cenário, obstáculos consideráveis para controlar o ritmo da produção, amealhar os royalties efetivamente devidos e implantar a política de conteúdo nacional.

Nesse sentido, retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal pode ser o início de seu fim e o começo sub-reptício de uma Petrobax. Pode ser também, num sentido maior, o início do fim de um Brasil desenvolvido, soberano e justo.



* Sociólogo, especialista em Relações Internacionais e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI). Publicado originalmente no portal Brasil Debate.

PETROBRAS - Líder Mundial


Nesse vídeo dá pra gente ver a seriedade dos profissionais que atual nessa grande empresa e as razões de vermos as multinacionais do petróleo investirem em entreguistas políticos brasileiros para bancarem leis que tiram do poder dessa estatal a condição maior de explorar esse patrimônio.



Essa grande empresa nacional mesmo antes e depois da ditadura militar sempre houve corrupções dentro dela. Ninguém tinha coragem para peitar os ladrões dentro e fora dela. 
Estou apoiando essa limpeza que está sendo feita. Não concordo com alguns métodos jurídicos que estão sendo aplicados pois fogem dos padrões de nossa Constituição, mesmo que tenhamos quase certeza quem são os corruptos.

Apenas os governos de Lula e Dilma não se intrometeram nas investigações. Quando vejo pessoas atacarem o atual governo fico decepcionado com tais pois de duas uma, ou são inocentes levados pela propaganda malévola de uma oposição que sempre esteve no poder no Brasil e nunca fizeram o que está sendo feito ou são tão cafajestes quanto e que apoiam aqueles que querem entregar um patrimônio como esse para as multinacionais que provocam guerras nos países produtores de petróleo e que são contra nossos interesses de usar essa fortuna para o bem dos cidadão brasileiros.

Essa propaganda enganosa e muitas vezes sutil, surgiu dos ladrões que sempre mamaram na Petrobras e agora estão enraivecidos por não estarem mais roubando dentro e fora dela. Por exemplo, a refinaria de Pasadena nos EUA até hoje dá lucros. Ninguém fala mais dela, está dando certo né? Foi e é um bom negócio para o Brasil. Houve roubo nessa compra? Claro! Eram esses ladrões que presos estão que ganharam suas propinas e agora pagam na forma da lei.

O Brasil ainda tem muita coisa escondida e protegida por esses ladrões e ninguém é inocente de acreditar que as estatais vendidas em outros governos não tenha havido roubos. Eu não concordo com essa propaganda enganosa de ataques à Petrobras pois são criadas por brasileiros traidores e corruptos atacando os únicos governos que fortaleceram o MP e a PF nesse doloroso e necessário processo de investigação, embora dentro desses órgãos, infelizmente tenhamos os ainda infiltrados de governos passados onde as falcatruas sempre foram varridas para baixo do tapete.



domingo, 19 de julho de 2015

IMPOSTOS para igrejas?

A Bíblia em Romanos 13:1 São Paulo fala das autoridades superiores ou governos colocadas por Deus em suas posições relativas e Jesus Cristo quando estava com na frente de Pôncio Pilatos em julgamento disse que a este tinha sido concedida autoridade de cima. - João 19:11.

Jesus também disse que deveria-se dar a César o que era de César, referindo-se ao dinheiro, e a Deus as coisas de Deus, ou seja a adoração e coisas espirituais.

Portanto parte do dinheiro doado às instituições religiosas, deveria ser taxadas pelos governos pois esses não cobram taxas tais como IPTU, ICM de livros e revistas ou outros impostos quaisquer e mesmo assim oferecem às igrejas diversos serviços que são sustentados por todos contribuintes independente de credo religioso.

A ordem do universo — de onde provém?


Do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, dos átomos às galáxias, o universo caracteriza-se por primorosa organização.



O átomo é uma maravilha de ordem, uma espécie de sistema solar em miniatura. Compõe-se dum núcleo de prótons e nêutrons, cercados de eléctrons que giram. O átomo é tão pequeno que um pequeno balão de brinquedo contém cerca de 100 sextilhões de átomos de hidrogênio! Se o átomo fosse apenas tão grande quanto a cabeça dum alfinete, todos os átomos em apenas um grão de areia fariam uma caixa de uma milha cúbica de tamanho!

Pensava-se que os prótons, nêutrons e eléctrons nos átomos fossem os ‘blocos de construção’ finais da matéria. Agora, porém, alguns cientistas crêem que os prótons e nêutrons são, em si mesmos, ‘sistemas solares’. Talvez consistam em um núcleo cercado por uma nuvem flutuante de partículas.

Se verdadeiro, isto comporia outro ‘sistema planetário’ infinitesimal dentro de um já infinitesimal sistema planetário. Tudo isto é tão diminuto que o núcleo interior, segundo se diz, ocupa apenas um bilionésimo de milionésimo do espaço total dentro do átomo, segundo certa estimativa.

O mesmo arranjo ordeiro no átomo é encontrado no sistema solar — o sol, com seus planetas giratórios e suas luas. O livro The World We Live In (O Mundo em Que Vivemos) observa: “Apesar de toda a sua complexidade, o sistema solar também revela ordem e harmonia tais que deixam impressionados os cientistas que contemplam as leis que governam os movimentos dos céus.”

Em plano ainda maior, há as galáxias, aqueles amplos sistemas de corpos celestes, arranjados como ‘universos de ilhas’. Cada galáxia se compõe de milhões, ou centenas de milhões, de corpos celestes tais como as estrelas e os planetas. Esta gigantesca massa gira ao redor de um eixo central, quase da mesma forma que ocorre dentro de um átomo, ou no sistema solar.
Mas, de onde provém toda esta ordem surpreendente? Será que primorosa organização pode ser conseguida sem primoroso organizador?



Toda esta ordem universal se baseia em leis universais. Talvez esteja a par de algumas delas, tais como a lei da gravidade ou a lei da inércia.
Há, porém, muitas outras leis que governam os fenômenos físicos no universo. Há as leis do calor, da luz, do som e outras. Todas essas leis se acham provavelmente relacionadas.

Com efeito, em seus últimos anos, Albert Einstein formulou sua “Teoria do Campo Unificado”. A respeito dela, o livro The Universe and Dr. Einstein (O Universo e o Dr. Einstein), afirma: “Promulga um conjunto de leis universais destinado a abranger não só os ilimitados campos gravitacionais e eletromagnéticos do espaço interestelar, mas também o diminuto, terrível campo dentro do átomo.”

Quando pensamos em leis, reconhecemos que provêm dum legislador. Um letreiro “Não Pise na Grama” subentende uma agência que originou tal lei. Os cientistas falam da “Lei da Inércia de Newton”, associando-a com seu descobridor. Mas, ele não fez essa lei física; apenas a descobriu. Quem, então, a fez? Quem fez todas essas leis que governam o universo material? Não exigem tais leis superiores um legislador superior?

Einstein escreveu: “Os sentimentos religiosos dos cientistas assumem a forma de arrebatadora surpresa diante da harmonia da lei Natural, que revela uma Inteligência de tamanha superioridade que, comparada a ela, todo o modo de pensar e de agir sistemáticos dos seres 
humanos torna-se completa reflexão insignificante.”


O biólogo Cecil Hamann concluiu: “Da gota de água vista pelo microscópio até a estrela distante vista pelo telescópio, quedo-me admirado com a exata ordem que observo — tão exata que foram formuladas leis para expressar sua coerência  . . . Em alguma parte, por trás de toda esta ordem, tem de haver um Ser Supremo, pois não pode haver ordem nem leis sem Mente Suprema.”

As leis físicas podem ser expressas por equações matemáticas. Por exemplo, Einstein formulou aquilo que alguns chamam de a mais famosa equação da história: E=mc2. Esta declara que a energia comida em qualquer partícula de matéria é igual à massa daquele corpo multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. Tal fórmula foi a base para a construção da bomba atômica.

Quando as pessoas sensatas vêem esta fórmula, lembram-se do trabalho de Einstein em relação a ela. Quando vêem outras fórmulas que expressam as leis físicas, sabem que algum cientista ou matemático as alistou por escrito. Uma equação matemática exige um matemático.
Daí, o que dizer da matemática universal? Todos os cientistas reconhecem o seguinte fato, observado por P. Rousseau no livro De l’atome a l’étoile (Do Átomo à Estrela): “Governado pela geometria desde as suas menores até suas maiores partes, o universo realmente se revela como estrutura matemática.”
Toda esta precisão matemática no universo — seria possível ter-se originado sem um matemático superior?

Um professor de matemática da Universidade de Cambridge, P. Dirac, escreveu em Scientific American: “parece ser uma das características fundamentais da natureza que as leis físicas fundamentais são descritas em termos duma teoria matemática de grande beleza e poder, precisando-se bem de alto padrão de matemática para compreendê-las. . . . Poder-se-ia talvez descrever a situação por dizer que Deus é um matemático da mais elevada ordem, e ele usou matemática muitíssimo avançada ao construir o universo.”

Não só a ordem aparece no universo material inanimado; ela aparece também no mundo vivo na terra. As ciências, tais como a biologia e a ecologia, testificam isso.
A unidade fundamental da vida na terra é a célula viva. Compõe-se de surpreendente gama de partes diferentes. Em seu livro Les origines de la vie (Origens da Vida), o citólogo francês Joel de Rosnay afirma: ‘A célula é uma fabrica suprida de proteínas que servem qual matéria-prima de construção, ao passo que as proteínas-enzimas se ocupam em catalisar e controlar as miríades de reações simultâneas que acontecem na célula.”

Bastante notável é esta coordenação de todas as miríades de partes diferentes dentro duma célula. Mas, igualmente notável é a coordenação de cada célula com miríades de outras células diferentes num organismo tal como o corpo humano. O que controla tudo isto? Como é que cada parte sabe precisamente em que se deve tornar, até que ponto deve crescer, o que fazer?


Tudo isto, crê-se, torna-se possível pela substância que é objeto de grande admiração da parte dos cientistas. É chamada DNA, abreviação de ácido deoxirribonucleico. Diz-se que é o composto químico principal dos genes. Os genes são os transportadores do código de hereditariedade das coisas vivas.

O DNA é como um computador microscópico com uma memória inata localizado no núcleo da célula. Evidentemente, este ‘computador’ ou ‘esquema’ expede instruções no tempo e no lugar corretos para todas as atividades da célula. Isto inclui seu crescimento, sua reprodução e seu trabalho harmonioso com as demais células.

A molécula de DNA é alongada e semelhante a um fio, tendo cerca de um décimo-milionésimo de polegada de diâmetro. Sua forma alongada e delgada lhe dá a capacidade, como uma fita magnética de gravar, de acumular ampla quantidade de informações. Tem-se calculado que as instruções do DNA de uma única célula humana preencheriam uma enciclopédia de 1.000 volumes em inglês.

Podemos compreender, então, porque aqueles que examinam a célula a chamam de ‘fábrica de milagres’. E J. de Rosnay acrescenta: “Esta fábrica de milagres não só consegue, como temos visto, manter-se em boa ordem, mas também produzir tanto suas próprias máquinas como seus operadores.”

Que máquina jamais deixou de ter um fabricante? Que operador jamais deixou de ter pai?
Equilíbrio Entre as Coisas Vivas
As multidões de formas de vida na terra acham-se sujeitas à estrita interdependência que atinge até mesmo seus números e sua distribuição. O mundo vivo, tanto da vida animal como da vegetal, comporta-se, como um todo, como uma unidade viva.

Este ‘equilíbrio da natureza’ pode ser visto na forte ação recíproca entre as plantas, os animais e o homem. Os animais e os humanos respiram oxigênio e exalam bióxido de carbono. As plantas inalam bióxido de carbono e exalam oxigênio. Uns suprem os outros daquilo que é vital para a existência dos outros.

Todos os animais e humanos dependem das plantas de outro modo também: As plantas suprem-nos de alimento. Sem as plantas, não haveria vida consciente na terra. 

As plantas verdes são surpreendentes fábricas que fazem aquilo que nenhuma fábrica humana consegue: Produzem alimento do ar, da água e dos elementos do solo. A energia necessária para fazer isto é obtida da luz do sol.


As plantas realizam tais feitos sem ter tido qualquer educação universitária em química. Não se torna óbvio que alguém pensou por elas?
Revista Despertai de 8 de fevereiro de 1972 editada pela Torre de Vigia - SP

Deixo com vocês a avaliação: 
A ordem do universo — de onde provém?




sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nossa casa é aqui, cuide bem dela

Parte dos brasileiros em geral como o conhecemos não gostam muito de cuidar daquilo que não é seu ou acham que não é seu. Por exemplo, não se importam em conservar os bens da comunidade pois colocam na administração pública todo o ônus de manter esses serviços sempre à sua disposição pois creem que, se pagam impostos já fazem o máximo.

Esquecem-se que patrimônios da comunidade têm que ser  cuidados por todos, assim como fiscalizados como cidadãos, quando encontramos vândalos a agredirem a propriedade de todos. Como esse não é o costume difundido na sociedade, alguns escondem-se talvez por receio de ficarem conhecidos como os chatos de sua rua, bairro ou cidade ou pagarem mico.

A sociedade para se ver livres dessas tarefas, criou órgãos para representa-la e agora esses próprios, criados por ela, são manipulados por seus eleitos quer em concursos públicos quanto em eleições de escolha, e alguns, usam esses órgãos para seu proveito próprio. A sociedade paga caro pois mesmo existindo leis para combater a esses aproveitadores, sua execução é lenta.

Onde será que está a origem desse pensamento que leva uma inteira sociedade a não cuidar dos bens de todos? O que leva uma pessoa a achar que a rua que mora, o bairro em que sua casa faz parte, a cidade que vive, o país em que nasceu, não lhe interessa a não ser também tirar proveito próprio das benfeitorias desses locais e dos órgãos públicos criados para o bem de todos?

Nesse provérbio cujo autor não sabemos quem é a não ser por sua identificação incerta com o termo aborigene, que engloba diversos povos espalhados em alguns locais da terra, vemos o que alguns creem e talvez com isso estimulem alguns a não se importarem muito com a terra.

Vemos esse lar maior da humanidade, o globo terrestre, ser maltratado por uma grande parte da humanidade. Ainda não caiu a ficha para tais, mesmo com os avanços da ciência e o descobrimento de tecnologias que fazem ver a todos nosso progresso em enxergar tão longe como acabamos de ver fotos de Plutão lá na fronteira mais longínqua de nosso sistema solar e ver que somos ímpares.

Se bem que, tenhamos seres humanos  acreditando nas palavras proverbiais da foto, e que cuidam de seu jardim, de sua casa, de sua rua, bairro, cidade, país e da terra, infelizmente a maioria da humanidade não está muito preocupada com suas ruas, seu bairros, suas cidades, seu países e com a terra. Olhe lá se cuidam de suas casas!

Mesmo assim, respeito bastante as crenças dessas pessoas que creem que seu lar está mais além. De minha parte, continuarei acreditando que NOSSO LAR é aqui na terra pois sou um passageiro com vida limitada. E por acreditar dessa forma, respeito os cidadãos do futuro, que são nossos filhos, netos, bisnetos e seus filhos, o que me faz tratar bem a Terra, com ações que irão colaborar para o bem estar de todos.
É minha consciência que evolui a cada dia, e meu respeito ao próximo que me faz pensar assim.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O Pastor como pai da alma


SANTO JESUS

Jesus, eu quero te louvar,

Teu sacrifício me deu vida,

Bendito és oh meu Senhor,

O fruto de Deus para remir.


Tua Igreja Senhor, está aqui,

São mais de dois reunidos.

Senhor Jesus, tuas ovelhinhas,

Serão bem cuidadas por mim.

Senhor Jesus, seguir seus passos,

É uma alegria para nós.

Tua vontade Meu Senhor

Faremos sem arguir.


Aos Irmãos em Cristo. - Provérbios 18:10


 Letra de Raul Meneleu, composta em outubro de 2003 a 200 km da costa 
brasileira, no campo petrolífero de Marlim com lâmina d'água de 1.200 metros na plataforma de petróleo P-26 da Petrobras.





quarta-feira, 15 de julho de 2015

Testemunhas de Jeová

Charles Taze Russell foi o fundador dessa religião fundada por volta de 1870 nos Estados Unidos, em Allegheny (hoje parte de Pittsburgh), Pensilvânia onde ficaram conhecidos por Estudantes da Bíblia. Era o segundo filho de Joseph L. e Ann Eliza (Birney) Russell, presbiterianos e de descendência escocesa-irlandesa. A mãe de Charles faleceu quando ele tinha apenas nove anos, mas, desde a tenra idade, Charles foi influenciado pelos seus pais que tinham fortes inclinações religiosas. 

As Testemunhas de Jeová dizem que a única autoridade reconhecida para seu grupo, em termos teológicos, é a Bíblia. Usam frequentemente a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pela Sociedade Torre de Vigia desde 1950, embora citem e usem diversas outras traduções da Bíblia, conforme se evidencia pela análise das suas publicações. Nos países em que as Testemunhas de Jeová não possuem A Tradução do Novo Mundo no seu idioma, recorrem as suas revistas ou livros e em alguns casos a outras versões da Bíblia disponíveis.


Confiam no Corpo Governante para fornecer ensino e entendimento bíblico. Este Corpo Governante, também conhecido como o Escravo Fiel e Discreto que é composto de homens considerados pelas Testemunhas de Jeová como iluminados por Deus dentro da análise de membros que já pertençam a tal grupo, procedentes de vários países. Usam como base a sede mundial das Testemunhas de Jeová, nos Estados Unidos. Acreditam que este órgão central de homens mais experientes está sob a liderança de Jesus Cristo, promovendo e coordenando a obra das Testemunhas de Jeová mundialmente. Apesar de afirmarem ser guiadas diretamente por Jeová Deus, que na crença das Testemunhas de Jeová é o Deus infalível, suas publicações podem e estão sujeitas a alterações a nível doutrinal. Isso acontece quando se entende melhor algum ensino bíblico.

As Testemunhas de Jeová encaram a sua crença como um modo de vida, sendo que todos os outros interesses, incluindo o emprego e a família, giram em torno da sua organização, que afirma adorar a Jeová. Assim, não importa o que façam, incluindo a seleção de diversão ou de vestuário, de carreira na escola ou na profissão ou mesmo a escolha de cônjuge, o comportamento e interação com a comunidade, nos negócios ou em lazer. Tudo isso é influenciado pela decisão que tomaram de se dedicar à sua organização.

Todas as Testemunhas de Jeová são incentivadas a serem diligentes estudantes da Bíblia. Contudo, esse estudo jamais é feito usando somente a Bíblia. Para as Testemunhas de Jeová é obrigatório o uso das publicações produzidas pela Sociedade Torre de Vigia, que afirmam ser baseadas na Bíblia, bem como a apresentar um elevado grau de compromisso com a sua organização e obediência inquestionável aos líderes máximos, conhecidos como Corpo Governante. Crêem que todas elas, sejam homens ou mulheres, são ministros de Deus, ordenados no dia de seu batismo pessoal por imersão completa em água.

As Testemunhas de Jeová encontram-se entre as organizações que usam amplamente o serviço voluntário, que consiste basicamente do serviço de pregação de porta em porta e da administração da própria organização. Praticando sua fé religiosa com base no Cristianismo primitivo dos apóstolos,(1Coríntios 11:1) encaram o amor ao próximo como um sinal identificador do cristianismo genuíno. Todos os seus membros são voluntários, usando as suas habilidades, tempo, esforço e recursos financeiros em projetos específicos promovidos pela organização a que pertencem, como a construção de centros de adoração (salões do reino), prédios para convenções anuais (assembleias), prédios administrativos e para produção de publicações da própria organização. As testemunhas de Jeová não organizam serviços voluntários que envolvam pessoas que não fazem parte da sua organização ou que não demonstrem interesse em se tornar também uma testemunha de Jeová.

O fundador das Testemunhas de Jeová, Charles Taze Russel, ou Pastor Russel como era conhecido, considerava o papel que ele desempenhava como não sendo alguma revelação especial de Deus. Na Watch Tower de 15 de julho de 1906 (página 229), Russell humildemente respondeu: “Não, caros amigos, não alego nenhuma superioridade, nem poder sobrenatural, nem dignidade ou autoridade; tampouco pretendo exaltar a mim mesmo na estima de meus irmãos da família da fé, exceto no sentido daquilo que o Amo instou, dizendo: ‘Qualquer que entre vós quiser ser grande seja vosso servo.’ (Mat. 20:27) . . . As verdades que apresento, como porta-voz de Deus, não foram reveladas em visões ou sonhos, tampouco pela voz audível de Deus, nem todas elas de uma só vez, mas gradativamente . . . Tampouco é este claro desvendamento da verdade devido a qualquer habilidade ou grande percepção humana, mas por causa do simples fato de que chegou o tempo devido de Deus; e, se eu não falasse e não se pudesse achar outro instrumento, as próprias pedras clamariam.” - jv cap. 10 p. 143

Para outras informações: