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domingo, 21 de abril de 2013

Merecer o Canudo

 
Será que para defender alguém tem que ser advogado? Será que para fazer previsões sobre a economia de um país tem que ser economista? Será que para escrever sobre algo tem que ser jornalista? Será que para ouvir e dar conselhos a alguém tem que ser psicólogo? E será que para exercer essas profissões têm que saber escrever de acordo com a grafia da língua portuguesa? E que se não souberem se exprimir por escrito conforme grafia correta, escrevendo "egnorância", "enchergar", "rasoável" não entenderemos o que querem dizer?

Hora Sr. Jorge Moreno, ou quem se esconde por traz que se chama Luis Garcia, façam o favor de não serem tão favorável aos "cartórios" das entidades de classe profissional! Essas entidades só sabem arrancar dinheiro dos que se formam nas suas respectivas áreas viu? Que absurdo maior é esse?

Por exemplo: essa entidade chamada OAB que faz dois testes por ano, arrecadando milhões e milhões para escolher apenas dez por cento dos "pagantes" para que vire uma bola de neve de "pagantes" a cada ano e continuar a dizer que só os advogados com "carteirinha" da OAB podem defender cidadãos nos tribunais?

Chega Sr. Jorge Moreno ou Luis Garcia - tanto faz! Até mesmo os juízes com seus tribunais particulares apoiam essa safadeza e o bravo STF com os "seus Joaquim Barbosa da vida" não têm o mínimo interesse em corrigir esse favoritismo insano, essa ignorância para com a sociedade, que se é ignorante, coisa que não acho, não tem culpa de não ter acesso a uma educação escolar de nível, porque os governos não pagam decentemente aos seus professores e até mesmo a corrupção impera na merenda escolar.
 
Sr. Jorge Moreno, ou Luis Garcia, eu posso escrever "inguinorância" e todo aquele que ler essa minha matéria entenderá.
 
Não acho os Senhores pessoas ignorantes do ponto de vista escolar. Mas acho os Senhores "inguinorantis" quando, um faz a matéria e o outro a publica. A matéria, transcrevo abaixo, aspada para que nas suas "inguinorânças" não venha me atingir por eu não ser jornalista de "carteirinha" como o Senhor Moreno ou sabe lá o que o Senhor Luis Garcia seja.

Portanto fica aqui os meus comentários, como jornalista sem "carteirinha" que usa esse espaço livre. Livre da "inguinorância" dos que querem suprimir a liberdade dos cidadãos.

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MERECER O CANUDO
Jorge Moreno (ou Luis Garcia)

"Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — e isso é notícia velha — mostraram que os adolescentes brasileiros, com as exceções de praxe, têm relações pouco amistosas com o idioma do país. A culpa, obviamente, não é deles: o problema está na estrutura do ensino. Em outras palavras, se alguns estudantes fossem o que poderíamos chamar, pedantemente, de analfabetos funcionais, o problema poderia ser examinado caso a caso. Alguns adolescentes poderiam ser ajudados a aprender o uso do idioma — e para outros não haveria solução possível. Mas o problema é muito mais grave do que se pensava: ele foi identificado em jovens que estão concluindo cursos universitários. Ou seja, estamos formando, em quantidade alarmante, advogados, economistas, jornalistas, psicólogos etc. que não sabem se exprimir por escrito. É tristemente curioso: nenhum time de futebol contrata os chamados "pernas de pau". Mas nas profissões que exigem formação universitária não há esse cuidado elementar. O Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) já detectou que é alarmante o número de estudantes que não sabem usar o idioma com um mínimo de eficiência. Há uma notícia mais grave: em recente exame a que foram submetidos jovens que estão concluindo cursos universitários, é elevado o número daqueles que têm relações extremamente inamistosas com o idioma. Isso acontece com estudantes supostamente considerados prontos para serem advogados, administradores, economistas, psicólogos. Alguns exemplos, entre muitos: "egnorância", "enchergar", "rasoável". Não há exagero algum na conclusão de que esses jovens que não sabem escrever também têm relações pouco amistosas com a leitura. E estão se preparando para profissões em que a necessidade de ler é indispensável a vida toda. O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirma que corrige com a necessária severidade as provas do Enem. É preciso registrar que a Ordem dos Advogados é também rigorosa no julgamento dos candidatos. Este ano, só foram aprovados pouco mais de 10% dos mais de cem mil candidatos. Dessa discussão toda, o observador leigo pode tirar apenas uma conclusão óbvia: há uma quantidade de escolas de direito que diplomam um número excessivo de candidatos à profissão que não merecem o canudo.Estamos formando, em quantidade alarmante, advogados, economistas, jornalistas, psicólogos etc. que não sabem se exprimir por escrito."

Esse artigo está em: Blog do Moreno (clique aqui)