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quinta-feira, 26 de abril de 2018

O PODER DO MAL

Uma comissão de parlamentares, uma ex-Presidente da República, um Nóbel da Paz, um Teólogo e nem mesmo seu médico não puderam visitar o ex-Presidente LULA, tentaram várias vêzes sem resultado. A juíza, que tantos casos julgou, deve ter usado com a mão pesada da maldade, de quem nunca soube o que é a necessidade, de quem nunca se solidarizou com os desafortunados, disse-lhes que ninguém poderia vê-lo. Eram ordens terminantes.

A noção de obediência entre os vassalos da Casa Grande é algo que cria raízes na alma, entranha-se no íntimo e termina fazendo parte da própria vida do indivíduo. Muda a personalidade. Assim como um soldado, começa com o receio do castigo e da punição. Seguiu instruções de seus superiores, representado por ela, seguiu as ordens daquêle ser cuja ordem jamais pode ser discutida. Eles pairam muito acima, intocáveis, sem margem para erros e infalíveis.

Duvidar disso ou não cumprir determinações deles, pode levar a subalterna à nunca chegar a desembargadora ou às Cortes Superiores. Transformou-se em uma marionete e com a rotina de obedecer sem discutir, perde a noção de individualidade, torna-se uma autômata. Por reflexo condicionado executa apenas a vontade e as idéias do comandante, assim como um sodado, a quem necessita servir incondicionalmente para auferir promoções, ser agraciada ou ter a carteira funcional limpa.

Essa juíza bem que gostaria de mostrar aos visitantes, o estado de extremo maltrato a que reduziram LULA, mas a obediência estava muito acima dos seus sentimentos pessoais. Também, ela talvez até mesmo tenha condenado a prepotência da Casa Grande, em algumas ocasiões pelas barbaridades infligida ao povo. Mas agora essa sua atitude fora da lei era cumprida com gosto, também se acha pertencer à classe dominante. Em oportunidades semelhantes fora assim, por que mudar agora? Virou rotina, teria que cumprir as ordens de seus superiores e agrada-los. Não sabe ela, ou sabe mas não se importa, que brutaliza cada vez mais sua alma e as leis constitucionais. Que lhe importa?