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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Justiça para os injustiçados


Quem tem um mínimo de raciocínio sabe que só poderemos acabar com a questão da violência que passaremos a chamar de básica ou VB é a justiça, educação e trabalho. Fora disso persistirá com ímpetos avassaladores atingindo os da camada financeira mais abastarda. 

Quando isso ocorrer, o que já está ocorrendo, veremos o endurecimento das forças de repressão policial, adquirirem uma metodologia ultrapassada que já foi posta em prática no passado, quando cangaceiros eram procurados e muitos deles mortos e como troféu decepavam suas cabeças como forma de atestar suas mortes.

No passado, a proteção a cangaceiros foi sempre praticada pelos chefes políticos, principalmente os do nordeste. Será que não estamos vendo hoje a mesma coisa? Vejamos:

Em seu livro “Almas de lama e de aço” o escritor e historiador Gustavo Barroso sob o tópico Coronelismo e Cangaceirismo já mostrava que as tentativas para acabar com a violência já vinham de um bom tempo atrás, desde as colônias, onde foram feitos esforços para acabar com a VB, prendendo e matando cangaceiros, e que no entanto não surgiu efeitos “para acabar com a praga sem que nada se conseguissem.”

Isso mostrava naquela época, e quanto mais hoje em dia, que não é matando ou prendendo bandidos, o que é um mero efeito, que se iria, assim como não vamos, por fim a VB e sim combatendo as suas causas. Isso foi e está sendo feito em países mais civilizados, desculpem-me o termo, mas é isso mesmo.

Quando perseguidos, os bandidos rareavam, mas quando as forças policiais aliviavam, surgiam novos casos. O por que disso podemos ver ao estudarmos outras culturas que passaram por isso e só puderam “apagar os fermentos que lhe dão origem” quando tiveram que investir em Justiça, Educação e Empregos, três pilares básicos para exterminar-se a violência. 


Estamos aqui no Brasil dos dias de hoje, vendo governos populares investirem na educação, enquanto a Justiça se decompõe e cada vez fica mais ao lado dos “coronéis” gerando uma desconfiança nunca vista na população. Estamos vendo que “coronéis” não querem investir seu dinheiro, que em alguns casos são frutos da corrupção, gerando empregos, preferirem deixa-lo guardados em contas de bancos em paraísos fiscais. 

Estamos vendo os representantes desses coronéis na Câmara dos Deputados e Senado Federal, optarem por não repatriarem tal dinheiro, por lei a ser criada, essa fortuna incalculável dando a entender à população que preferem legislar na causa dos mais opulentos.
Estamos assistindo no Brasil, uma violência tão grande em matéria de corrupção que passas pelos Três Poderes da República, onde magistrados, procuradores, delegados federais, altos funcionários, governadores, deputados e senadores, estão trabalhando não em proveito da nação, mas para seus próprios bolsos e bolsos de seus familiares.

Está faltando justiça, está faltando empreendimentos, pois os ricos “coronéis” só esperam pelo governo para não investirem seu rico dinheirinho, e o pior é que estão combatendo os que querem dar educação e querendo por pra fora aqueles que querem consertar o Brasil, trazendo justiça para os injustiçados. 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

OS ESCÂNDALOS DA POLÍTICA (artigos)

Borboletas de Caiçara dos Rios dos Ventos




As borboletas de meu quintal voam alegres, a vida é bela e duas semanas de vida lhes bastam, e se algumas por um mês no máximo vivem, é a glória de sua espécie, polinizam e fazem árvores darem flores e frutos, para elas esse bem que fazem à natureza, é do projeto de vida de Gaia. Imagine se o tempo delas fosse o do homem, quanto não fariam de bem?

As Borboletas pertencem à ordem de insetos denominada Lepidóptera uma das divisões da grande classe Insecta, a qual, por sua vez, é parte do filo Arthropoda. Quando se pega uma Borboleta com as mãos, elas deixam sempre uma certa quantidade de pó em nossas mãos. Esse pó é constituído pelas milhares de minúsculas escamas que recobrem as asas das Borboletas e formam desenhos incríveis, de cores muito vivas. Os zoólogos classificam as Borboletas como insetos da ordem dos Lepidópteros por causa dessas escamas, o nome deriva de palavras de origem gregas que significam asas escamosas. 

Existem mais de 150 mil espécies de Lepidópteros descritos no mundo, sendo que a maior parte é representada por formas noturnas, as Mariposas.

Cariri Cangaço - Edição de Luxo 2015

Essa grande irmandade quando reunida gerou uma grande egrégora (a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais ), que foi capaz de realizar esse grande evento. Tive e tenho muita satisfação de ter encontrado amigos como esses e o orgulho de participar dessa confraria. Esse encontro foi possível quando pessoas com um mesmo objetivo comum, contribuíram com alegria e dividiram conhecimentos do tema. Parabéns Manoel Severo e Conselheiros do CARIRI CANGAÇO! Parabéns a todos os participantes!


domingo, 25 de outubro de 2015

O choque libidinoso



O choque libidinoso 
Raul Meneleu
Era uma mulher bonita e corpo de curvas exuberantes. Já tinha casado duas vezes e não dera sorte pois os homens que escolhera eram pessoas que não se importavam com a fidelidade. Não tivera filhos e isso convenhamos tinha sido benéfico.
                      
Belo dia, saindo para um passeio à praia com amigas de seu tempo de juventude e que também estavam descasadas, ao chegarem na praia o tempo começara a mudar e um vento frio e forte começara juntamente com uma chuva fina que aos poucos ia engrossando fazendo que os pingos ao bater no chão de areia provocasse uma penetração e na extensão até chegar na água ficasse um tapete de pontinhos de pequenos buracos.

Debaixo do guarda-sol as amigas riam da situação pois agora a proteção servia para guardarem-se da chuva. Começando a relampejar a situação ficou preocupante e resolveram voltar ao carro estacionado próximo. Desmontaram o guarda-sol e pegando suas bolsas de praia correram o pequeno espaço de areia até a calçada do estacionamento.

De repente quando Esperanza, esse era o nome de nossa personagem, percorrendo correndo as areias ouviu apenas um estalo e perdeu a consciência caindo na areia. Fora atingida por uma descarga elétrica de um raio, que a derrubara brutalmente.

A sorte ficara ao lado de Esperanza, pois o raio não a tinha atingido diretamente pois caíra a alguns metros dela. As amigas aflitas a socorreram e de imediato o Salva-Vida do Corpo de Bombeiros viera socorrer também e ela aos poucos foi recuperando-se. Não tinha sido queimada por sorte e graça divina.

Não houve necessidade de leva-la ao hospital e as amigas ficaram aliviadas e voltaram para casa, onde deixaram Esperanza que para recuperar-se tomou um banho morno, fez um lanche leve e foi deitar-se para descansar um pouco pois estava exausta pelo nervosismo que o acontecido a tinha deixando.

Lá para as 18h levantou sentido uma dor de cabeça forte e foi ao banheiro onde abriu o armário e tomou um comprimido para a dor. Não comeu nada e voltou para a cama onde em pouco tempo adormeceu vindo somente acordar no dia seguinte para ir ao trabalho. Os dias transcorreram normais e ela até mesmo já esquecera do acontecido. 
 
Chegando ao fim de semana marcou com as amigas encontrarem-se em um barzinho com mesas na calçada, defronte a praia onde costumavam ir. Foi uma alegria geral. Fizeram seus pedidos de bebidas e guloseimas e ficaram a conversar animadamente.

Foi automático chegarem ao assunto e passaram a rir da situação de perigo que tinham passado naquele dia em que a descarga elétrica tinha caído próximo a elas. Esperanza tinha tido muita sorte de não ter sido ferida e até mesmo morta por aquele raio.

Depois de algum tempo despediram-se e cada uma tomou um rumo para afazeres outros. Esperanza como não tinha nada a fazer resolveu andar um pouco pelo calçadão da praia antes de ir pra casa.
Esperanza era daquele tipo mulherão que os homens tanto gostam. Seios empinados e bem delineados, cintura fina e bunda arrebitadinha, era graciosa.

Logo mais adiante sentiu uma uma pequena fisgada em suas nádegas e como se uma mão acariciasse seus seios. Sentiu um frêmito de prazer como nunca antes tinha sentido. Foi passageiro e ela ficou pensativa pois nunca sentira aquilo. Não percebera que um homem que estava na praia a olhava insistentemente.

Voltou para seu carro pela calçada contrária, entrando nele e dando partida foi para casa. Esquecera aquela sensação que tivera e ao chegar em casa tomou uma chuveirada fria e foi para a cozinha fazer algo para comer.

Lá para perto da noite, o telefone tocou e era uma das amigas convidando-a para um cinema. Marcaram na porta do mesmo que ficava em um shopping Center próximo de onde moravam. Depois de verem o filme saíram do cinema para a praça de alimentação onde fizeram um lanche rápido e foram olhar as vitrines das lojas, entrando nelas vez em quando para alguma pergunta e verificação de produtos.

Entraram em uma loja de sapatos e o vendedor solícito viera atendê-las. Esperanza voltou a ter a sensação de alguém está lhe acariciando os seios e envergonhada mesmo sabendo que ninguém estava prestando atenção entregou-se a aquela carícia e em determinado momento suspirou e dando um oh disfarçado fez que sua amiga olhasse pra ela para saber o que ela estava sentindo.

Com a atenção da amiga e o sorriso do vendedor, ficou rubra e pediu licença saindo abruptamente da loja, o que fez a amiga sair atrás dela e pela maneira que Esperanza saiu tão rápido, a amiga a inquirindo em saber se tinha ocorrido algo ou se estava sentindo algum desconforto físico. Recebendo como resposta uma cara de espanto e um pedido para irem à praça de alimentação, pois lá, iria confidenciar o que estava acontecendo com ela.

Sentaram, e ela começou a contar à amiga que ultimamente sentia esse fenômeno e que naquele momento dera em si saber o porque de tais, com o olhar do vendedor. A amiga ficou admirada e disse que iriam saber se isso era mesmo o que ocorria, fazendo outros testes, pois iria sempre averiguar se algum homem a estava olhando fixamente quando ela começasse a sentir esses frêmitos. Marcaram de imediato uma ida à praia no dia seguinte, onde a amiga a instruindo, pediu-lhe que fosse com aquele biquíni vermelho e curtinho que a amiga tinha usado naquele mesmo dia.

Encontraram-se por volta das dez da manhã no local que costumavam ficar. A amiga deu-lhe instruções para que ao chegarem na praia, fosse tirando vagarosamente a entrada de banho, e que devagar ajeitasse a toalha para deitar-se, e quando estivesse sentindo algo parecido ao que lhe relatara, lhe dissesse de imediato, pois iria verificar se tinha alguém a olhando fixamente.

Esperanza conforme as instruções da amiga, foi tirando a entrada de banho bem devagar e mais que depressa já foi sentindo frêmitos e arrepiando-se toda. À amiga, nem precisou avisar pois esta vendo seus calafrios e sua pele encher-se de bolinhas salientes viu que já começara a ocorrer o fenômeno. Olhando ao redor viu um homem de meia idade, que estava a uns 20 metros de distância, olhar a amiga fixamente. Esperanza, calmamente mas decidida, deitou-se e sobre a toalha entregou-se àquele prazer que sentia e sofregamente arquejava baixinho, chegando a um gozo que nunca tinha sentido em toda sua vida.

O homem que a olhava, chamado por uma mulher, que provavelmente era sua esposa, parou de olha-la e dirigiu-se ao mar, de onde o chamavam. De imediato, as carícias que faziam Esperanza ir às nuvens, cessaram. A amiga ficando pasma, inquiria Esperanza para que essa lhe contasse o que sentia e relatou-lhe a respeito do homem que a olhava insistentemente.

Esperanza ainda sentiu todo esse fenômeno por uns meses à frente e só veio a parar de sentir isso, quando resolveu ir a um psicanalista que escutou toda a estória e a encaminhou para um instituto de psiquiatria onde em diversas formas de tratamento recebido e sem efeito, como último recurso indicado e aceito por ela, veio  a receber uma eletroconvulsoterapia depois de receber anestesia geral. 

O eletrochoque funcionou como um “reset” de todas as funções cerebrais, e depois de restabelecida do tratamento, recebeu alta hospitalar e agora plenamente restabelecida em sua casa, não sente mais o fenômeno  que a deixava exausta de prazer. 

Com o déficit cognitivo temporário, efeito do tratamento, com certa perda de memória, Esperanza não sente por enquanto a falta de prazeres colaterais oriundo da descarga elétrica que recebeu naquele dia na praia. Mas com certeza quando sua memória for restabelecida com o tempo, irá ter lembranças do sucedido. Mas a certeza mesmo, virá quando ela novamente estiver exuberantemente andando pelas ruas da cidade e frequentando novamente sua praia predileta.

Áhhh... quase que esqueço de contar; as amigas agora só querem ir à praia, em dias de chuva e temporal.


sábado, 24 de outubro de 2015

O Sebo e o Carrinho de Mão

Meu amigo, cunhado e irmão Geraldo Duarte, escrevendo pra mim por meio desse poderoso email chamado whatzap, me convida para seu mais novo futuro empreendimento na cidade dos Cajueiros dos Papagaios. Ele começa assim:

- E aí,  Raul?

Vamos fundar um botequim  literário?  A ARCÁDIA.

Todo papudinho tem direito a um livro ensebado para ler entre uma bicada e outra.
Os mais palradores poderão fazer palestras, conferências e workshops.

E etcetera e mais etceteras. Como o ambiente será ecumênico e à toa, as manifestações serão democráticas e totalitárias.
Que tal?

E daí arremata em cima da bucha precisamente às 13h21 do dia 23/10/2015 conforme li na telinha de meu celular:

- Geraldo Duarte: Que Ará aguarde-me!

Hoje pela manhanzinha leio toda sua mensagem e alegre e contente lhe respondo conforme bem registrado no bendito zapzap:

[7h19 24/10/2015] Raul Meneleu:

- Geraldo, que mal lhe arresponda vou lhe falar uma ideia que tive e relatei em uma mesa de feijoada aqui em casa. Ninguém botou fé. Acontece d'eu estar enfadado de fazer porra nenhuma e contar pra eles minha mais nova empreitada, pelo menos no campo do pensamento. Todo mundo riu da minha cara e até hoje a bendita ideia rola até mesmo nas rodas de amigos. Veja bem... se num é uma 51!

Iria eu comprar um carrinho de mão e um isopor e nesse verão iria pelas praias da Atalaia, vender cervejas, wiskyes e refrigerantes. Iria empurrando o carrinho devagarzinho e fazendo propaganda do conteúdo do isopor, que as essas alturas estaria abarrotando de gelo e bebidas. Daí então encontraria um amigo e esse me diria:

- que estás fazendo aqui Meneleu?
- eu mais que solicitamente lhe diria que estava vendendo, cervejas, wiskyes e refrigerantes.

- ele me felicitava e dizia:
- que beleza! Põe um wiskye pra mim...
Eu mais que depressa poria um.

Daí conversa vai, conversa vem, ia chegando outros amigos e daí estaria formada aquela roda de amigos, todos bebendo uma.
Eu pra não ser estraga prazeres de ser o único a não beber, botaria uma e ficaria a bebericar e conversar. Cê sabe, uma conversa puxa a outra...

No final, alguém iria me perguntar quanto devia. A garrafa já sequinha e todo mundo alegre. Que resposta você daria?
Então a que dei foi essa:

- Nada não mermão!

Pois bêbado fica rico quando bebe.

Então... seria quase a mesma coisa com os livros! Nós não venderíamo um. No máximo a gente prazerosamente iria dar de presente e ainda daríamos uma palinha do conteúdo pra despertar interesse.