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domingo, 29 de dezembro de 2013

Boemia é em noite de dia qualquer

Deus me deu a vida para que eu a aproveitasse. Disso não duvido de jeito nenhum. Passei por certas situações e por certos lugares incríveis. Umas situações boas outras más e lugares maravilhosos e outros não tão cheios de beleza, mas que trouxeram tantas lições. 

Por conta das lembranças que afloraram hoje, lembrei Quando rapazinho, de está entre os amigos, naquele barzinho preferido de todos nós, em Fortaleza, na Rua Dom Joaquim com Pereira Filgueiras, o bar de "seu" Mizael. Noite de dia qualquer, no meio da negada, como se já homem fosse, participando numa roda de boêmios, cantando e sendo acompanhado com o violão do Titico, estudante de agronomia da velha Faculdade que ficava no final da Bezerra de Menezes, já próxima de Caucaia, inicio da estrada. 

Titico era desses boêmios jovens que não precisava que a gente dissesse: sabe essa? Pois ele tocava qualquer coisa e dedilhava com uma precisão tão grande, que às vezes nos esquecíamos de cantar pra ficar ouvindo e maravilhando-se dos acordes perfeitos extraídos por suas mãos mágicas. Como gostava da noite e de um violão!

Com certeza, fui iniciado no gosto, quando menino. Meus pais resolveram comprar um violão e contratar um professor para ensinar à minha irmã Ivanise, a quem chamávamos carinhosamente de Zido, a arte maravilhosa de tocar violão. Não me perguntem por que. Talvez alguém da família saiba. O certo era, que eu ficava assistindo as aulas e quando o professor ia embora, eu pegava escondido o violão e tentava repetir o que era ensinado.

Era muito combatido por minha mãe, pois já previra meu espírito boêmio e dizia: se já gosta de ficar no meio da rapaziada boêmia sem saber tocar violão, imagine tocando!

Quando chegavam os fins de semana, me aprontava e ia para a porta da casa do "seu" Cirilo e de "dona" Peta, para acompanhar a roda de chorinhos e sambas da velha guarda, que vinha de todos os locais da cidade, para participar do evento. 

Violões, cavaquinhos, pandeiros e outros instrumentos, nas mãos daqueles homens da estiva, ganhavam vida. Vez em quando, um deles levantava e ia lá atrás da casa, e eu curioso, sem saber por que, pois quando chegavam de volta, estavam com uma sariguela ou um pedaço de caju nas mãos. Mas um dia descobri. Eles iam dar uma bicada de pinga. Era o maior respeito, pois eram discretos e nunca vi um sair bêbado desses saraus.

Minha mãe tinha razão, eu já era um boêmio.



domingo, 15 de dezembro de 2013

O Natal


Uma realidade. O natal é a festa religiosa mais comercial da humanidade. Já foi assimilada até mesmo por povos não cristãos tal o poder do dinheiro.
Vemos pessoas mudarem seu comportamento por conta dessa festa. Isso só vem mostrar o quanto a raça humana é volúvel.


A biblia informa que existiam na época do nascimento de Cristo, pastores no campo. Portanto não foi no mês de dezembro que Jesus nasceu. Óbvio não? No inverno, os criadores de ovelhas não apascentavam seus rebanhos no campo, pois não tinha alimento para elas. As colocavam em redis bem protegidos e as alimentavam com o que armazenara como é feito até hoje assim.


Mas que importância tem isso né? O importante é ter o espírito natalino, mesmo que Jesus tenha nascido em outra época. Foram tomadas emprestadas de outras festividades do mês de dezembro, tais como as Saturnais Romanas e rituais pagãos de povos não cristãos. E daí né? O importante é que as festividades natalinas tenham o espírito mágico de transformar o ser humano, pensam alguns.


Existem grupos religiosos que não comemoram o Natal. Em pesquisas dentro de tais grupos, notamos que essa época torna-se triste e seus proeminentes líderes, esforçam-se em discutir nos diversos grupos, essa questão de o Natal ser uma festa pagã. Têm um enorme trabalho principalmente com os membros mais jovens e os recém convertidos, em marcarem de perto essa tomada de posição. O Natal para os membros de tais grupos tornou-se uma festa triste pois não podem participar sob pena de excomunhão.


Aqui no Brasil, quase não temos neve. As fazemos com algodão. Mas o importante é o espírito natalino né? 
Então essa grandiosa festa da cristandade é aproveitada para o crescimento comercial, de tudo se vende e de tudo se compra. Se compra até mesmo consciências pesadas nesse mágico mês de dezembro, para alivia-las nos demais onze meses do ano.

sábado, 30 de novembro de 2013

São Mauro e as enxaquecas, artroses e artrites



Na cidade de Garanhuns no Estado de Pernambuco, existe um mosteiro fundado em 1940, dedicado a São Bento.


Visitando esse mosteiro, o monge que nos guiava por seus labirintos, levou o grupo de turistas, à cripta do mosteiro onde os monges vão meditar. Ali deparei com uma pintura de 1942 onde representava Santo Amaro, que  é o nome que nós brasileiros conhecemos São Mauro, um monge do século VI que desde garoto serviu à ordem dos Beneditinos.
Foi confiado a São Bento, ainda menino, juntamente com seu amigo Plácido, que também foi canonizado. 

Os meninos entraram para o mosteiro de Subiaco para estudarem e aprofundarem sua fé em Deus.
Certo dia, São Bento estava rezando enquanto São Mauro se ocupava com as tarefas do mosteiro, e São Bento teve uma visão do menino Plácido, que havia ido buscar água no riacho, estava se afogando.
São Bento então chamou São Mauro e avisou que seu amigo estava se afogando e pediu a ele que corresse até lá e tentasse salvá-lo de qualquer forma.

São Mauro apressou-se para salvar São Plácido, e chegando ao riacho pronto para cumprir a tarefa que lhe havia pedido São Bento, não atentando pra nada a não ser salvar seu amigo, caminhou sobre as águas e retirou o amigo.
Ao chegar perante São Bento, disse assustado e abismado que tinha caminhado sobre as água para salvar seu amigo. São Bento disse: Eu vi meu filho, você foi usado por Deus.
Este foi seu primeiro milagre. 

Por sua prova de humildade e paciência, São Bento o pediu que fosse à França e abrisse um mosteiro beneditino.
Seu nome foi dado à Congregação Beneditina Francesa de Saint Maur, uma das mais importantes instituições católicas pela formação de seus monges. 
Santo Amaro faleceu no mosteiro francês aos setenta e dois anos, a 15 de janeiro de 567, depois de uma peste que também levou à morte muitos de seus monges. 
É invocado contra várias doenças e especialmente enxaquecas, artrose e artrite.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A parábola do semeador


A parábola do semeador vem mostrar que nós como pessoas temos que valorizar a mensagem de Deus apresentada por Jesus. 

Jesus pregava o amor e a caridade e mostrava que o Reino de Deus só poderia ser conseguido individualmente e jamais por está ajuntado com um grupo, embora um grupo de cristãos ajuntados seja importante para apoio mútuo. 

Quando Ele transmitiu a mensagem da parábola do semeador, falou em "pessoas" não em grupos reunidos. Devemos nos lembrar da passagem bíblica citada por São Paulo em Romanos 14:12 " Assim, pois, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. . ."

Na parábola do semeador, vemos uma ajuda maravilhosa para combatermos as influências que podem desviar-nos do sentimento cristão. Encontra-se esse ensinamento nos evangelhos e aqui nesse caso, o tomei do livro de Lucas capítulo 8 nos versos de 4 ao 18 que diz:

Uma grande multidão, vinda de várias cidades, veio ver Jesus. Quando todos estavam reunidos, ele contou esta parábola:
— Certo homem saiu para semear. E, quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, onde foram pisadas pelas pessoas e comidas pelos passarinhos. Outras sementes caíram num lugar onde havia muitas pedras, e, quando começaram a brotar, as plantas secaram porque não havia umidade. Outra parte caiu no meio de espinhos, que cresceram junto com as plantas e as sufocaram. Mas algumas sementes caíram em terra boa. As plantas cresceram e produziram cem grãos para cada semente.
E Jesus terminou, dizendo:
— Quem quiser ouvir, que ouça!
Os discípulos de Jesus perguntaram o que ele queria dizer com essa parábola. Jesus respondeu:
— O que essa parábola quer dizer é o seguinte: a semente é a mensagem de Deus. As sementes que caíram na beira do caminho são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém o Diabo chega e tira a mensagem do coração delas para que não creiam e não sejam salvas. As sementes que caíram onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a recebem com muita alegria. Elas não têm raízes e por isso creem somente por algum tempo; e, quando chega a tentação, abandonam tudo. As sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem. E as sementes que caíram em terra boa são aquelas pessoas que ouvem e guardam a mensagem no seu coração bom e obediente; e, porque são fiéis, produzem frutos.

Jesus continuou:
— Ninguém acende uma lamparina e depois a coloca debaixo de um cesto ou de uma cama. Pelo contrário, a lamparina é colocada no lugar próprio para que todos os que entram vejam a luz. Pois tudo o que está escondido será descoberto, e tudo o que está em segredo será conhecido e revelado.
— Portanto, tomem cuidado e vejam como vocês ouvem. Porque quem tem receberá mais; mas quem não tem, até o que pensa que tem será tirado dele.

Em Marcos capítulo 9 versículos do 34 ao 41 encontramos o relato onde Jesus inicia com a pergunta:

— O que é que vocês estavam discutindo no caminho?
Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante.
Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
— Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos.
Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos:
— Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou.
Quem não é contra nós é por nós
João disse:
— Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Jesus respondeu:
— Não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem der um copo de água a vocês, porque vocês são de Cristo, com toda a certeza receberá a sua recompensa.

Notem que eles discutiam quem era o maior deles. A própria natureza do homem desviado de espiritualidade ensinada por ele, faz que aja assim. 
Precisa ser combatida pela própria pessoa à base dos ensinos do Cristo. Notem também que João e os demais apóstolos, queriam proibir um determinado homem que não estava em seu grupo de usar o poder do nome de Jesus e o próprio Jesus não consentiu que eles tentassem proibir pois os ensinos dele eram pra todos independentemente de está em seu grupo. Mostrava que o importante era ser seu seguidor e usar seus ensinos para fazer o bem.

Portanto, procuremos o amor e a caridade para desenvolvermos a mente de Cristo, que por sua vez é a mente de Deus Pai. Procuremos ajudar nossos semelhantes, inclusive os animais que fazem companhia ao homem na terra e foram também criados por Deus. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Caiçara dos Rios dos Ventos


Quando resolvi fazer esse blog, escolhi um nome que estivesse ligado aos locais do mundo que passei

Surgiu então “Caiçara dos Rios dos Ventos”.

Em minha mente buliçosa, passei a enxergar os ventos que sopram nas águas desses rios que passam no meu quintal, pela minha imaginação.

Caiçara, é o individuo que nasce em regiões litorâneas, mas eu prefiro dizer que Caiçara é aquele “matuto” praieiro, vagabundo (no sentido de sem pressa) de praia, pescador, homem rústico e nativo, com sensibilidade elevada.

Isso me faz lembrar as pescarias que o Velho Meneleu junto com seus companheiros faziam no litoral cearense e que me levavam junto com eles. Se ficasse em casa, daria muito trabalho para minha mãe, “aperreando” meus irmãos.

Lembro que ficava "zanzando" nas praias desertas do norte e do sul do Ceará. Não tinha turistas na época. Somente aldeias de pescadores, onde nem calçamento nas ruas tinha e algumas delas nem ruas, pois eram amontoados de casebres de palha. Eu era um menino feliz. Era livre para correr entre as dunas e falésias das praias que hoje são famosas e agora têm mansões incrustadas em suas areias.

Sem nunca ter tido a ideia de conhecer o mundo, só passei a almejar depois de adulto, com leituras e conhecimento escolar, passei a querer sair para conhecer outras plagas e culturas.

Nos livrinhos de "cultura inútil", os famosos livros de bolso de farwest, lendo Marcial Lafuente Stefania, visitava na minha imaginação o rio Colorado, onde os indios habitavam. Agora sei em parte, o que é o rio Colorado nos EUA que é o rio que atravessa o Grand Canyon cortando a região mais árida da América do Norte e México. Ali me encontrei com os espíritos dos indios de minha infância, convivi por pouco tempo com essas culturas milenares.

Nesses livrinhos, encontrei também referências ao Rio Sena, em Paris, pois em tais livrinhos, se falava do famoso cabaret Moulin Rouge e suas dançarinas de Cancan, que encantavam os cowboys pela imitação das bailarinas nos salons existentes no velho oeste e que para florear os escritos, dizia Stefania, que bailarina tal e tal, em Paris, residia próximo ao famoso rio parisiense. Sei agora o quanto é romântico o Sena, passando ao lado da Catedral de Notre Dame.

O Danúbio que percorre nove países do continente europeu é bastante inspirador para músicos e poetas. O Tejo que nasce na Espanha onde é chamado de Tajo e que arrodeia a cidade de Toledo onde três culturas religiosas viviam sempre em conflito, Mulçumanos, Judeus e Cristãos. Hoje felizmente vivem em paz. Deságua em Lisboa com o nome Tejo e onde vemos a famosa Torre de Belem.

O São Francisco no Brasil que nasce em Minas Gerais e desemborca no oceano atlântico, entre Sergipe e Alagoas, com sua linda foz, onde existe um farol que está dentro d'água e inclinado "cai não cai" e que se chama Farol do Cabeço.

Conheci muitos rios do Brasil. Falta conhecer o grande Amazonas, só o conheço por filmes e leitura.  Conheci pessoalmente diversos rios na Europa e dos EUA.

Então Caiçara dos Rios dos Ventos, é o nome tanto do blog quanto da propriedade que chamo de meu quintal.

Os ventos são vários onde me recordo do Aracati no Ceará, o Minuano, o Nordeste, entre outros. Na Bacia de Campos no Rio de Janeiro, embarcado em plataformas de petróleo, pude sentir fortes vendavais que colocavam as plataformas e os navios de um lado para outro, como se de papel fossem.

Existe uma cidade do Rio Grande do Norte que chamam-na de Caiçara do Rio do Vento e um rio que corre próximo, chamado de Rio dos Ventos.

Pelo meu espírito aventureiro, onde pretendo ainda com a graça de Deus, conhecer mais coisas e que as coisas que conheço não pus nem 1% nesse escrito, aos pouco vou escrevendo, à medida que for me lembrando e visitando os rios e sentindo os ventos na face ávida pelo desconhecido.


Dê com uma mão, mas esconda da outra


Contam-nos os livros, as andanças de um homem aqui na terra, precisamente na região da palestina, que operava milagres para as pessoas daquela região. Seu nome era Jesus.

Dizia que devíamos praticar boas ações, mas que tivéssemos cuidado, para não as praticarmos publicamente para sermos admirados pelos outros, pois se assim o fizéssemos não receberíamos a recompensa da parte de Deus.

Que ao darmos uma esmola, não ficássemos contando para todo mundo, como fazem os hipócritas, chamando atenção para seus atos de caridade.

As boas ações podem ser de cunho material assim como espiritual. E a melhor ação, é quando se junta a ajuda material e a espiritual.

Fico pensando nos nossos políticos. Por obrigação têm que administrar os bens de todos que pagam impostos e ficam apregoando aos quatro ventos suas ações, como se estivessem fazendo um favor. Ora, foram eles que se ofereceram para ser ou vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente! 

Não têm nada que está gastando dinheiro que poderia ser canalizado para obras públicas. Gastam com propaganda nos meios de comunicação. Ora, deixem que a população veja suas obras! Deveria ser proibido por lei, fazer propaganda de feitos da administração pública.

Inclusive o Diabo, ofereceu a Jesus todos os Reinos do mundo se fizesse um pequeno ato de adoração pra ele. Lógico que Jesus não aceitou! Isso pra gente ver como a política é suja. Mas deixemos a política de lado. 

Bem, continuando o que os livros nos contam, Jesus disse que os que fazem alardes de suas benfeitorias já tinham sua recompensa, como se dissesse que o máximo de reconhecimento seria de homens e que Deus nem olharia para eles por ser hipócritas.


A pessoa que quer fazer o bem, e faz, deveria ser discreta pois,  nem mesmo sua mão esquerda deveria saber o que a direita está fazendo. Deus por isso recompensaria a tais.

Desta forma, vemos que o maior homem que já viveu, nos dá uma valiosa lição de vida, pois segundo Ele, aos misericordiosos está reservado o Reino de Deus.

domingo, 6 de outubro de 2013

Deus não machuca ninguém

É apenas justo que Deus castigue uma pessoa pelo erro cometido?
Ora, se todos nós sabemos que somos a imagem de Deus, é porque Deus tem as mesmas  características que nós. E nós temos uma das características de Deus que é o perdão.
A pessoa que pensa que Deus a está punindo por um erro que cometeu, está totalmente errada pois em sua característica mais marcante, que é o amor, Deus nos estimula a perdoar pois é um perdoador.
Chegamos à conclusão que a pessoa que pensa assim, está se punindo pois usa mal as leis da vida e sofre as consequências desastrosas da autopunição.
O uso que fazemos das forças que interagem na natureza é que determinarão os maus e bons efeitos sobre nós. Se você usar mal tais leis, sofrerá as consequências.
Eletricidade é má? Não, mas se você não souber usa-la, poderá até mesmo sofrer um choque fatal.
Os que erram, têm a tendência de castigar-se devido à reação da mente subconsciente à sua maneira negativa e destrutiva de pensar.
O perdão é para ser usado também em nós. Nós precisamos nos perdoar e dar meia volta dos procedimentos errados para que ganhemos uma nova vida, se tivermos de pagar pelo erro, devemos nos conformar e cumprir a pena, fazendo dela exemplo para não cometermos mais tal erro.
O perdão irá nos alinhar com a suprema lei divina da harmonia. A autocondenação pode ser comparada com uma prisão. Pior ainda, uma prisão onde a cela não tem janelas e nem entra a claridade do sol.
Quando você tira da sua mente o peso da culpa e da autocondenação, verá que sua vida melhora e que realmente Deus não condena ninguém.
Portanto, deixe Deus lhe ajudar a abrir seu subconsciente para a sua salvação. Ao errar, procure pedir perdão a quem prejudicou, e pagar as consequências do seu erro, que pode ser você mesmo o prejudicado, e procure não fazer mais o que lhe deixou em desarmonia com as leis dos homens e as de Deus.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A discriminação e o preconceito


Encontrei um comentário postado, de outro comentário, que dizia "Será tão difícil perceber o enorme racismo que há na defesa do ególatra Joaquim Barbosa por que, afinal, ele é negro, de origem pobre e sofreu muito? Conheço um monte de gente que é negra, de origem indigente e sofreu muito, mas não é ególatra. Conheço até alguns que, como ele, têm sérios problemas de coluna e não se sentem no direito de desrespeitar o próximo. É por isso que eu defendo o ensino em horário integral, com duas horas diárias de português, duas de matemática, duas de história e duas de geografia. Tudo isso, naturalmente, em livros não filiados a uma ideologia. Pode ter ideologia, mas tem de ter pelo menos três, para que se olhe, por exemplo, o Zumbi dos Palmares na maioria dos seus aspectos, inclusive no de escravocrata. As pessoas não são idiotas e podem fazer escolhas informadas, se tiverem acesso a uma gama adequada de informação. Daí a importância de cultivar amigos e leituras com opiniões diferentes. É claro que a gente dificilmente vai aceitar conviver com quem diz que negro é inferior -- embora ainda estejamos aceitando conviver com quem acha que branco é inferior --, ou que o holocausto não existiu, ou que uma ditadura, dependendo da ideologia, é a solução. Também não aceito que chamem meus filhos de afrodescendentes. Eles são ítalo-luso-afrodescendentes".                                            (https://www.facebook.com/jo.galazi)
Esse comentário foi feito por uma pessoa que não conheço mas que me fez pensar em outras situações.
Daí quase que imediato, veio uma postagem de uma sobrinha, que mora no Canadá, falando do preconceito e anexando um documentário que gostei demais, chamado de Uma Lição de Discriminação.
Infelizmente a discriminação e o preconceito andam juntos. A sociedade como um todo não se livrará tão cedo desses problemas que a afetam, por isso, é bom entender um pouco melhor quais são as principais diferenças entre a discriminação e o preconceito.
O preconceito é a ideia. Uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos, atributos dirigidos a pessoas e grupos, formando um julgamento a priori, como um carimbo.
Ter preconceitos é ter uma opinião diferente, mas com julgamento preestabelecido. É muito difícil, nós encontrarmos um ser humano que não tenha os seus preconceitos, sejam eles de raça, de sexo, de cor, de etnia, de religião.
O fato de alguém não aceitar uma opinião diferente da sua, essa pessoa já é classificada como preconceituosa. 
Já discriminação é a prática da ideia. É o nome que se dá para um comportamento que tanto pode ser uma ação quanto uma omissão, que viola direitos das pessoas com base em juízos críticos injustificados e injustos, tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros.
Em alguma ocasião você pode não gostar de uma pessoa com determinadas características, feia ou bonita, bizarra ou estigmatizada, esse é um preconceito.
A partir do momento que você passa a insultá-los ou qualquer outro tipo de atitude pejorativa, é a discriminação.
Discriminação é um conceito mais amplo e dinâmico do que o preconceito.
A discriminação pode ser provocada por indivíduos e por instituições, enquanto que o preconceito, só pelo indivíduo.
Precisamos urgentemente sermos racionais e não deixar que a discriminação e o preconceito nos atinja, como estamos vendo nesses dias quando está em jogo a garantia constitucional dos brasileiros terem o mais amplo direito de defesa.

sábado, 21 de setembro de 2013

Meu Epitáfio




Epitáfio significa “sobre o túmulo” e vem do grego epitáfios. Este termo se refere às frases que são escritas, geralmente em placas de mármore ou de metal e colocadas sobre o túmulo, ou mausoléus nos cemitérios, com o fim de homenagear seus mortos queridos sepultados naquele local. O meu gostaria que fosse assim:

Da série: Pessoas que nos marcam

No face encontramos muitas coisas. Coisas boas e coisas ruins. As ruins, deixemos pra lá, nada acrescentam; as boas, tenhamos como lição. 

Essa mensagem para uma jovem que faleceu, mostra-nos que devemos ter carinho e atenção com as pessoas que gostamos enquanto vivas. 

Não que essa pessoa ( https://www.facebook.com/liliane.cerqueira.319?fref=ts ) não tenha feito isso enquanto sua amiga estava viva. Tenho quase certeza que sim.

Solicitei licença sua para publicar aqui. Como Liliane Cerqueira curtiu meu comentário, estou crendo que permitiu. Leiam suas lágrimas em forma de palavras, onde ela abriu seu coração e chorou.

"Desde de domingo dia 15/09 que sofro com a situação em que se encontrava minha amiga Adriana Vasconcelos, e lamentavelmente em 18/09 ela não mais resistiu. Ontem a cada abraço acolhido de cada amigo, pude perceber em cada rosto como a Dri era querida, e nada, nada vai fazer eu esquecer cada momento de confabulações em que tivemos juntas. Dividimos nossos problemas em comum, tristezas e alegrias. 
Falar da Dri não é difícil, difícil é imaginar que ela não está mais entre a gente, difícil é não mais ouvi-lá falar com seu jeito todo engraçado de ser. Difícil é ver que ela deixou seus filhos que todos sabem o quanto ela os amava e quanto fazia de tudo por eles...

Para os que, como eu, tiveram o privilégio de compartilhar da sua amizade sincera não quer e não pode acreditar no ocorrido. A Dri foi um destes Anjos da guarda que Deus colocou ao nosso redor para nos fazer felizes e muitas vezes, aliviar nossas tristezas. Amiga verdadeira e de todas as horas...sempre disposta a ajudar, jovem e cheia de planos para o futuro. Uma perda irreparável! Guerreira, destemida e iluminada...estas são as palavras exatas para descrevê-la. Minha querida... você vai deixar um imenso espaço vazio e sem preenchimento em nossas vidas! Deus, com certeza, preferiu ter você, que é tão especial, perto dele. E eu já sinto tantas saudades. Sua partida foi suave, leve e silenciosa, também nos deixou assim...silenciosamente!

E pessoal por favor parem de tentar achar culpados... não existe a palavra "culpa". Culpa do que? Do governo? Culpa na via? Culpa de quem a deixou ir sozinha... claro que não!!! A culpa é da vida que tem início, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto em perder alguém. Conhecendo a Dri como eu conhecia, tão cheia de vida acabei chegando a conclusão embora não querendo admitir pra mim mesma foi melhor pra ela, foi melhor assim... como a mãe dela mesma me disse:
“ Não chore minha filha, Deus me deu o meu presente e eu estou devolvendo pra ele, o céu está em festa, e ela está com o nosso PAI.” 

Jamais vou esquecer essas palavras... Sei que o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos nossos entes queridos em eternos companheiros.
Nossos sonhos ganham aliados, nossa independência ganha acompanhantes, nossa vida conquista anjos. E no fim apenas a saudade é uma certeza:
Não importa onde esteja, ela estará sempre conosco!!!

AMIGA AMADA,TENHO CERTEZA QUE DEUS PREPAROU UM LUGAR ESPECIAL PRA TI, POIS VOCÊ ERA MARAVILHOSA...SAUDADES ETERNAS!!! OBRIGADA...POR TER FEITO PARTE DA MINHA VIDA TE ADORO MUITO, E PRA SEMPRE! DESCANSE EM PAZ!!!


"

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

EU consigo ver as diferenças na Ação Penal 470



Pena que tem pessoas inteligentes que estão sendo levadas por outros e pela emoção. Vejo o STF com 5 juízes sendo contra a lei e 6 juízes a favor da lei. PROVEM QUE ESSES CINCO JUÍZES VOTARAM COM BASE NA LEI? Não vão conseguir. A diferença não é condenar ou não condenar corruptos. A diferença não é pôr ou não pôr na cadeia os corruptos. Seja inteligente e veja o que está envolvido na questão. Se apoiarmos juízes votando a favor do que não está escrito, correremos enormes riscos de voltarmos aos patamares de incivilidade. Não se deixe levar por pessoas que querem desmoralizar a sociedade brasileira que está pautada por uma lei escrita, para orientar os tribunais a decidirem em justiça. Todo réu tem o direito de buscar em todas as formas da lei, inclusive em recursos, tentar provar sua inocência. OLHO VIVO, senão qualquer um pode acusa-lo de algo que você não fez e você ser preso sem ter o direito de se defender.

Leia esse artigo que encontrei:

"A presunção de inocência é uma das mais importantes garantias constitucionais, pois, através dela, o acusado deixa de ser um mero objeto do processo, passando a ser sujeito de direitos dentro da relação processual. 

Trata-se de uma prerrogativa conferida constitucionalmente ao acusado de não ser tido como culpado até que a sentença penal condenatória transite em julgado, evitando, assim, qualquer conseqüência que a lei prevê como sanção punitiva antes da decisão final. 

Diz o texto da Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 5.°, inciso LVII: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Desta forma, o acusado de ato ilícito tem o direito de ser tratado com dignidade enquanto não se solidificam as acusações, já que pode-se chegar a uma conclusão de que o mesmo é inocente. 

Pode-se notar, facilmente, que a presunção de inocência encontra-se implícita, pois o texto constitucional não coloca claramente o pressuposto de ser o réu inocente, mas tão somente que .este não carrega consigo a culpa pelo fato que lhe é imputado pela acusação. 

Deste princípio emergem outros de mesmo crédito: o direito à ampla defesa, o direito de recorrer em liberdade, o duplo grau de jurisdição, o contraditório, entre outros. Em síntese, todos esses princípios constitucionais exercem função de alicerce do sistema democrático, pois no centro de todos os procedimentos judiciais o réu mantém sua integridade, sendo-lhe assegurado o devido processo legal e os riscos de uma decisão precipitada do magistrado são menores." 



AGORA MUDOU TUDO


Por 7 a 4, STF admite prisão logo após condenação em 2ª instância

Desde 2009, réu podia recorrer em liberdade perante o STJ e o STF.
Ministros entenderam que condenação colegiada já mostra culpa do réu.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília 17/02/2016 18h06 - Atualizado em 17/02/2016 23h36
Por 7 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em julgamento nesta quarta-feira (17), admitir que um réu condenado na segunda instância da Justiça comece a cumprir pena de prisão, ainda que esteja recorrendo aos tribunais superiores.
Assim, bastará a sentença condenatória de um tribunal de Justiça estadual (TJ) ou de um tribunal regional federal (TRF) para a execução da pena. Até então, réus podiam recorrer em liberdade aoSuperior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde 2009, o STF entendia que o condenado poderia continuar livre até que se esgotassem todos os recursos no Judiciário. Naquele ano, a Corte decidiu que a prisão só era definitiva após o chamado "trânsito em julgado" do processo, por respeito ao princípio da presunção de inocência.
Votaram para permitir a prisão após a segunda instância os ministros Teori Zavascki (relator), Edson Fachin, Luís Roberto BarrosoLuiz FuxDias ToffoliCármen Lúcia e Gilmar Mendes. De forma contrária, votaram Rosa WeberMarco Aurélio MelloCelso de Mello e Ricardo Lewandowski.O julgamento desta quarta representa uma mudança nesse entendimento. Até então, a pessoa só começava a cumprir pena quando acabassem os recursos. Enquanto isso, só era mantida encarcerada por prisão preventiva (quando o juiz entende que ela poderia fugir, atrapalhar investigação ou continuar comentendo crimes).

Nos votos, os ministros favoráveis à prisão após a segunda instância argumentaram que basta uma decisão colegiada (por um grupo de juízes, como ocorre nos TJs e TRFs) para aferir a culpa de alguém por determinado crime.

Em regra, os recursos aos tribunais superiores (STJ e STF) não servem para contestar os fatos e provas já analisadas nas instâncias inferiores, mas somente para discutir uma controvérsia jurídica sobre o modo como os juízes e desembargadores decidiram.
  •  
Ao invés de constituir um instrumento de garantia da presunção de não culpabilidade do apenado, [os recursos] acabam representando um mecanismo inibidor da efetividade da jurisdição penal"
Teori Zavascki,
ministro do STF e relator do caso
A favor
Relator do caso, Teori Zavascki argumentou que a possibilidade de recorrer em liberdade estimula os réus a apresentar uma série de recursos em cada tribunal superior, até mesmo a ponto de obter a prescrição, quando a demora nos julgamentos extingue a pena.

"Os apelos extremos, além de não serem vocacionados à resolução relacionada a fatos e provas, não acarreta uma interrupção do prazo prescricional. Assim, ao invés de constituir um instrumento de garantia da presunção de não culpabilidade do apenado, [os recursos] acabam representando um mecanismo inibidor da efetividade da jurisdição penal", afirmou.

Seguindo essa linha, Luís Roberto Barroso chamou o atual sistema de "desastre completo". "O que se está propondo é de tornar o sistema minimanente eficiente e diminuir o grau de impunidade e sobretudo de seletividade do sistema punitivo brasileiro. Porque quem tem condições de manter advogado para interpor um recurso atrás do outro descabido não é os pobres que superlotam as cadeias".
Agora nós vamos facilitar a entrada de pessoas nesse verdadeiro inferno de Dante, que é o sistema prisional"
Ricardo Lewandowski,
ministro e presidente do STF
Contra
Primeira a divergir, Rosa Weber afirmou ter "dificuldade" em mudar a regra até agora aplicada pelo Supremo. "Embora louvando e até compartilhando dessas preocupações todas, do uso abolutamente abusivo e indevido de recursos, eu talvez por falta de reflexão maior, não me sinto hoje à vontade para referenda essa proposta de revisão da jurisprudência".

Presidente da Corte, Lewandowski também discordou da mudança do entendimento sobre a presunção de inocência e alertou para o aumento do número de presos que virá com a decisão.

"O sistema penitenciário está absolutamente falido, se encontra num estado inconstitucional de coisas. Agora nós vamos facilitar a entrada de pessoas nesse verdadeiro inferno de Dante, que é o sistema prisional", afirmou.
Trata-se de um passo decisivo contra a impunidade no Brasil"
Rodrigo Janot,
procurador-geral da República
Reação
Após a decisão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que defendeu a mudança, divulgou nota afirmando tratar-se de um "passo decisivo contra a impunidade no Brasil".

"Proferida a decisão no tribunal de origem em que as circunstâncias de fato foram acertadas, qualquer recurso para o STJ ou STF, ensejará a discussão somente de questão jurídica", disse, ainda durante o julgamento.

Em nota, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) saudou a mudança, semelhante a proposta apresentada pela entidade ao Congresso. "Esse é um dos principais pontos da nossa a agenda. A mudança na interpretação da lei emanada pelo plenário da Suprema Corte reforça a adequação e pertinência da nossa proposta", afirmou em nota o presidente da entidade, Antônio César Bochenek.
Se você executa a pena antes do trânsito em julgado, você tem o risco de perpetrar um enorme erro judiciário irreparável"
Nélio Machado,
advogado criminalista
Criminalista atuante no STF há 37 anos, o advogado Nélio Machado criticou a decisão. Para ele, ela permite que uma pessoa comece a cumprir pena mesmo se depois um tribunal superior entender que houve erro nas decisões anteriores.

"Quase um terço das decisões são modificadas aqui. Logo, se você executa a pena antes do trânsito em julgado, você tem o risco de perpetrar um enorme erro judiciário irreparável. E o Estado brasileiro não está vocacionado a reparar erros do Judiciário. Não é da nossa praxe, não é da nossa tradição, nunca foi e nunca será", afirmou ao G1.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestou contra a decisão, chamando a atenção para o "alto índice de reforma de decisões de segundo grau pelo STJ e pelo próprio STF".

"A entidade respeita a decisão do STF, mas entende que a execução provisória da pena é preocupante em razão do postulado constitucional e da natureza da decisão executada, uma vez que eventualmente reformada, produzirá danos irreparáveis na vida das pessoas que forem encarceradas injustamente", diz a nota.
"O controle jurisdicional das cortes superiores mostra-se absolutamente necessário à garantia da liberdade, da igualdade da persecução criminal e do equilíbrio do sistema punitivo, ao que a Ordem permanecerá atenta e atuante", conclui o texto.