UM
VERDADEIRO teste para a nossa sociedade em crise é se combate os religiosos que
fomentam o ódio e a intolerância sob pena desses engolirem o governo e a
sociedade, pelas representações falsas e alarmistas que talvez tentem usar para
eliminar as minorias religiosas que lhes são impopulares.
Terá
êxito o Governo e Poder Judiciário, guardiões da Constituição em salvaguardar a
liberdade democrática? O Brasil também assinou a Declaração Universal dos
Direitos Humanos da ONU, que garantem a “liberdade de pensamento, consciência e
religião”. Todavia, estamos vendo os Pastores Evangélicos que são Senadores, Deputados
Federais e Estaduais, fomentarem com palavras e ações sua natureza vil em
tentarem cassar a liberdade religiosa dos
cidadãos protegidos pela nossa Carta Magna.
A
liberdade de adoração é valiosa quando está inserida na lei de qualquer nação. Mas,
a realidade é que alguns representantes escolhidos pelos evangélicos estão
tentando restringir e proibir as religiões cujos ensinos eles não aprovam. Estão
agora no papel de inquisidores assim como no passado existiu a Inquisição para
perseguir aqueles que eram chamados de hereges, simplesmente porque não
concordavam com ensinos religiosos.
Essa terrível
arma de temor, a Inquisição, foi primeiro forjada em princípios do século
treze. Sua finalidade era buscar e punir os hereges e descrentes. Começou a
tomar forma definida quando, em 1232, o Papa Gregório IX designou juízes
permanentes, que vieram a ser conhecidos mais tarde como “inquisidores”. Todos
que viviam nas chamadas terras “cristãs” deviam ser coagidos à lealdade à única
Igreja. Não se devia permitir nenhuma discordância, nenhum exercício de seu
próprio critério, nenhuma interrogação das doutrinas da Igreja.
Os
representantes da Igreja insistiam que as suas investigações, incluindo a
tortura, eram feitas por amor às vítimas. E quanto à responsabilidade de
queimar incontáveis pessoas na estaca, declaravam que tais execuções eram realizadas,
não pela Igreja, mas pela autoridade secular. Esse mesmos de religiões que eram
perseguidos, agora também são perseguidores de religiosos.
Acham-se,
por certo paladinos da justiça. Não querem saber do implícito conceito de
liberdade religiosa inserida na nossa Constituição, que os homens devem ser
livres para escolher sua religião. Esse deputados DEVERIAM DESDE JÁ serem
processados por falha de conduta que está inserida nas diretrizes da
organização parlamentar com o nome de Decoro Parlamentar. O Decoro é o recato
no comportamento que deve respeitar o acatamento das normas morais e os
princípios da decência, da honradez e da dignidade. Decoro parlamentar, por sua
vez, nada mais é que a postura exigida de parlamentar no exercício de seu
mandato, postura esta que deverá respeitar também todos esses princípios.