Raul Meneleu
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado na madrugada de domingo (18/01/2015) na Indonésia. O método de execução de condenados à pena de morte nesse país é o fuzilamento.
OS MESMOS INTOLERANTES QUE VIMOS NAS ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS APLAUDIRAM ESSA BARBÁRIE - São anticristãos em suas palavras e ações (enquanto fazem
"mimimi" a seus filhinhos e em suas hipócritas e falsas orações e
credos a seus santos e a Deus) - Ficam querendo enganar o Diabo, com suas
ladainhas, para tentarem escapar de sua ira. Coitados...
Nesses dois episódios vimos pessoas que achávamos que eram
civilizadas talvez pelo estudo e formação, porém mostraram-se como realmente
são: perversos e intolerantes. Nas eleições, chegaram a pedir que a ditadura
voltasse ao Brasil e no caso do brasileiro assassinado por um pelotão de
fuzilamento indonésio, ficam aplaudindo a morte de um ser humano.
O homem era traficante sim, contra a sociedade pois seus atos
repugnantes de incentivar o vício no seio de famílias, é repugnante e
reprovável. Mas mesmo que achemos isso absurdo, não compactuamos com leis de
alguns países, que aprovam a execução de seus prisioneiros.
Para isso existem leis de prisão mais longa. Mas tirar a vida
de um semelhante, por delitos cometidos chama-se barbárie, e barbárie não se
combate com barbárie, mesmo que essas sejam camufladas por um processo que
tenha advogados e juízes envolvidos para julgarem de acordo com leis criadas.
Vemos já diversos países abolirem a pena de morte, por terem
visto que mesmo em julgamentos exauridos em que "naqueles" momentos
foram comprovadas a culpa dos réus, com provas que foram consideradas
verdadeiras "naquelas" ocasiões dos julgamentos, ao passarem anos,
foram provadas com novas evidências a inocência dos réus.
Nesse caso do brasileiro, morto na Indonésia, ele era culpado
mesmo, pois chegou a admitir sua culpa e sabia da implicação perante as leis do
país. Mas admitamos que, as autoridades indonésias usam dois pesos e duas
medidas ao pedirem clemência à Arábia Saudita para não executar uma mulher indonésia
que matou e roubou nesse país.
A política está sendo usada em todos os países do mundo e
quando nesses países existe a pena de morte em suas leis, pode acontecer o que
está havendo na Indonésia, onde o presidente eleito em sua campanha, prometeu endurecer
com o tráfico de drogas e para provar essas promessas, executou cinco homens.
A Presidente Dilma fez certo pois tem que defender qualquer
cidadão brasileiro no mundo inteiro. A Holanda fez o mesmo ao defender um de
seus cidadãos que também estavam entre os cinco executados. Chamou de volta
seus embaixadores como forma de protesto, embora saibamos que esse caso não irá
implicar em medidas mais fortes pois essas medidas são usadas no mundo
diplomático para mostrar ao mundo a insatisfação por atos que um país possa
tomar.
Essas pessoas que defendem a pena de morte, não estão
analisando as implicações terríveis que podem surgir em nosso atrasado país,
que dominado por oligarquias e elitistas, se aqui fosse possível pela lei, a
pena de morte. Como podemos ter pena de morte em nossas leis se a vemos
cotidianamente ser executadas nas ruas, tanto por criminosos quanto pela
polícia totalmente despreparada e que a longos anos continua a matar pobres e
negros na periferia de nossas cidades? Vemos corrupção nos poderes da República
e nas grandes empresas estatais ou não.
Estamos nos encaminhando para a barbárie e vemos isso
diariamente nos espancamentos e linchamentos de pessoas, nas prisões
arbitrárias que juízes fazem, nos assaltos que bandidos praticam contra os
cidadãos, na violência das autoridades de polícia que enxergam todo cidadão
como inimigo, nas superlotações das penitenciárias e delegacias pelo uso de
leis que usam pequenos delitos como se grandes fossem, por não termos a
aplicação correta dos recursos de nossos impostos pagos (e bem pagos, pois
elevados são), por políticos corruptos e corruptores encrustados na sociedade,
crimes de colarinho branco protegidos por juízes e demais autoridades que ao
sabor do velho ditado "para meus amigos tudo, para meus inimigos só basta
a lei" onde encontram brechas para escapulirem das grades, como se essas
leis fossem usadas para seus fins de patifarias, enfim, um despreparo total de todos nós em
exercermos cidadania.
Temos cerca de 48% de eleitores no Brasil que votaram contra
o governo que ai está, mas infelizmente um bom percentual desses não agem como
uma verdadeira oposição republicana, querem bagunçar, como se a bagunça seja a
forma mais correta de serem alçados ao poder nas próximas eleições. Estão piores
que aqueles esquerdistas do passado que diziam: "Onde houver governo, sou
contra."
Os 52% que votaram nesse governo, têm que ver que não poderão
calar-se a desmandos, acharem que por criticar o governo estarão favorecendo os
48% da oposição que por sinal é fraca e onde maior parte da corrupção e
desmandos no Brasil são culpados. São nesses 48% que residem parte dos fervorosos
atores da barbárie que clamam a pena de morte e a ditadura para nosso país.