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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A "Corte Imperial" é teimosa no mundo inteiro


Nos anos de 1800 a 1899 os filhos de ricos comerciantes estudavam na Europa. Na cidade baiana dos diamantes, Lençois, a sociedade em pompas e ostentação orgulhava-se do prestígio social e político recém-adquirido, conferem-lhe o título de "Corte do Sertão", por analogia com o distante Rio de Janeiro, a Corte do Império do Brasil. 


De tudo era importado. De Paris a última moda e até mesmo pianos Pleyel, que existem até hoje em algumas residências. De Londres tecidos finos e artigos para cavalheiros e até tinta para escrever.

Os coronéis locais gabavam-se de terem mais ligações com a Europa do que com a capital da província, a cidade de São Salvador da Bahia. "Tudo nos vem de lá", afirmavam referendo-se à Europa, "e para lá vai o nosso diamante... que nos importa a Bahia?"*
Realmente esse foi sempre o pensamento elitista de alguns brasileiros até os dias de hoje. Como os poderes do Império e da República sempre estiveram nas mãos dela, da elite, as coisas irão perdurar e quando alguns do povo alçam à essa "Corte", elite se tornam e o ciclo vicioso perpetua-se.

Ainda vamos levar muitos e muitos anos para termos sistemas de governos e sociedade igualitário enquanto o dinheiro for mais importante que vidas humanas. 

Precisamos encontrar para isso o motivo. Algo que nos motive a pensarmos e agirmos em prol do todo.

Sem querer entrar em motivos religiosos, pois esses dividem mais que o dinheiro, só enxergo mais na frente, um poder que mudará totalmente a humanidade: 

A Necessidade de Sobrevivência da inteira raça humana por motivos catastróficos para com a terra inteira.
E mesmo assim, será um tal de "salve-se quem puder". Fora disso, não vejo mudanças.

* Ver pg 35 "A Corte do Sertão" Eduardo Silva em "Dom Obá II D'África, o Príncipe do Povo"

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O rosto humano de Lampião

Na fisiognomonia, o rosto humano simboliza o Universo; a testa, o céu; e o nariz, o ego. Sendo assim, o intercílio é uma parte muito importante na arte da fisiognomonia, porque ele é o portal de entrada das dádivas do céu e da terra. Se nesse local houver barreira ou algum obstáculo, certamente a pessoa sofrerá reveses no seu destino. A mente molda a fisionomia, e a fisionomia controla o destino. Há pessoas que tiveram melhora extraordinária em seu destino após corrigir sua fisionomia.
(Livro: A Verdade da Vida, de Masaharu Taniguchi)

Cada rosto tem uma expressão. Lemos e conhecemos as pessoas através da fisionomia. A observação atenta e cuidadosa da expressão facial pode abrir um novo mundo no sentido de se saber o que uma pessoa está realmente querendo dizer.

Olhos pequenos indicam-nos uma pessoa de inteligência vivaz, de espírito perspicaz, com qualidades de empreendedorismo e intuitiva. Possui desejo inato de ser o primeiro, de estar em evidência.

ASSIM ERA LAMPIÃO!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Versos de Lampião

Postado no Youtube por José João de Souza Souza
Alguns versos dessa letra, encontram-se no livro do Padre Maciel. Abaixo transcrevo-os: VERSOS DE LAMPIÃO Livro 1 Lampião “Seu Tempo e Seu Reinado - As Origens”


Página 73 PROSCRITOS

“Que não se julgue feliz
O que vive em bom estado,
Que vem a naufragação
E acaba em mau resultado”.

Página 81 Versos dedicados a avó Jacosa

“Passei meu tempo feliz
Quando no colo materno
Gozei o carinho terno
De quem tanto bem eu quis”

Página 82 Lembrando das brincadeiras de menino

“Quando me lembro senhores,
Do meu tempo de inocente,
Que brincava nos serrados
Do meu sertão sorridente”.

Página 86 Nas relações com os de fora

“Fui até bom camarada.
E tive amigos também”.

Página 93 Lembrando dos irmãos e família

“Junto com meus irmãos
Lutamos como heróis
................................
E a luta que travamos
Destemerosa, honramos
O sangue de nossos avós”.

Página 93 Traçando os anseios de seu ideal

“Cresci na casa paterna
Quis ser homem de bem
Viver de meus trabalhos
Sem ser pesado a ninguém
Fui almocreve na estrada...”

Página 98 Como primeiro vaqueiro do Pajeú
Usando a terceira pessoa ele fez esses versos:

“Gado bravo para ele
Não estando mal montado,
Sendo em cavalo bom,
Julgava o bicho amarrado,
Ou vinha pr’o curral sadio,
Ou com um quart quebrado”.

Página 100 Versos para seus amores

“Tive também meus amores,
Cultivei a minha paixão,
Amei uma flor mimosa,
Filha lá do meu sertão,
Sonhei de gozar a vida
Bem junto à prenda querida
A quem dei meu coração!”.
O livro "Lampião, SEU TEMPO SEU REINADO" do Padre Frederico Bezerra Maciel, VOL.I, pg 204 e 205, fala da famosa poesia e existe apenas uma estrofe.

Lampião teria sido um grande comandante militar se compreendido como cidadão. As circunstâncias o levaram para o mal. Teria também quem sabe, escrito muitos livros de poesias. Uma pena...Luiz Gonzaga quando menino, via foto dele e dizia pra sua mãe: "Mãe, veja que homem bonito!" Lampião também era tocador de 8 baixos e as mocinhas de sua época suspiravam por ele. Como disseram... "Era um Príncipe!"

As botijas de Lampião no Raso da Catarina

Lampião quando chegou na Bahia, não conhecia ainda o terreno e escondeu provisoriamente seu tesouro na serra do Tonã. Enterrou-o em um saco de couro e só mais tarde quando veio a conhecer melhor a região, esconderia definitivamente tal tesouro, no Raso da Catarina, provavelmente dinheiro em cédulas de maior valor*, adotando o mesmo sistema que usara no outro lado do rio São Francisco – botijas enterradas em pontos diferentes para maior segurança.
Segundo a crendice popular, a botija enterrada quando o dono morre, seu fantasma não encontra paz até ser encontrada e desenterrada. Os moradores da região do Raso da Catarina dizem que Lampião galopa constantemente em um cavalo branco, cantando “Mulher Rendeira” por trás dos serrotes, “aperreado” por algumas botijas encontrarem-se ainda enterradas, ele vagueia em noites de lua.
Ainda existe muita gente que sonha com as botijas de Lampião nesse árido e esquisito local. Mas se você for “picado” pela mosca da botija, e queira ir ao Raso da Catarina para encontrar e desenterrar esses tesouros escondidos, não deixe de contratar um guia local e levar muita água, pois a região é inóspita e ainda pode se deparar com os perigos de onças suçuarana e cobras cascavéis em seu caminho.
Quando Lampião conheceu o Coronel Petronildo de Alcântara, poderoso fazendeiro conhecido por Coronel Petro, apresentado pelo vigário de Glória, o padre Emílio Moura Ferreira, o coronel ficou bastante assombrado com a quantidade de dinheiro que Lampião lhe mostrou, só notas graúdas, afirmando que tinha trazido para a Bahia três coisas: fome, nudez e dinheiro. Como Petro era homem ganancioso, convidou Lampião para investir em sociedade, na compra de fazendas. Lampião satisfeito, passou às suas mãos aquela dinheirama toda.
Fonte: Padre Frederico Bezerra Maciel em seu livro "Lampião, seu tempo e seu reinado" livro 4 A Campanha da Bahia.

Besouro Cavalo do cão



Quem é esse vulto negro,
que vem voando para sugar,
o néctar precioso das flores brancas,
pra sua vida sustentar.



Esse besouro avoante,
não nasceu para voar,
mas sua fibra brilhante,
fez sua natureza destoar.



Besouro do cão ele é chamado,
imitando um beija-flor,
também pelas flores é cativado,
filho de Deus que é amor.



Pelas flores é mimado,
filho de Nosso Senhor,
por ser negro e enfezado,
mas é manso como a flor.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O mundo das seitas e o mundo de Deus


Quando se vive em um "mundo" criado para sectarizar pensamentos voltados para esse próprio "mundo" termina-se perdendo o contato com o mundo que está ao redor. Quem vive em "mundinhos" geralmente acha que são melhores pessoas que os do "mundão". Aguardam com espectativa sempre adiada, que esse "mundão" arrebente e deliciam-se com isso.

Esqueceram que Deus amou tanto o "mundão" que mandou seu filho para ajudar quando repartiu pão e peixe para alimentá-los, curou cegos, aleijados e doentes mentais.
Imitar esse que Deus mandou e ajudar os pobres tanto os de espírito quanto os que materialmente são desguarnecidos deve ser a meta de cada cristão.


Mas não é isso que a maioria faz. Não gastam seu rico dinheirinho com os pobres. Preferem gastar palavras, que é mais barato e iludir a pobres e ricos prometendo o que Deus não lhes deu. 

O problema maior que vejo nas diversas organizações religiosas é que vivem só para o aumento populacional, patrimonial e financeiro delas próprias, sendo algumas, se não a maioria, vendedoras de ilusões de uma vida melhor sob os auspícios de Deus, chegando ao ponto de usarem de lavagem cerebral em seus membros, formando uma linha editorial direcionada e escondendo nos armários os erros cometidos ao longo de suas existências.

O fanatismo religioso forma uma parede invisível que prende os adeptos em grilhões doutrinais, não deixando brechas de avaliação de tais doutrinas, e se algum membro passa a contestar alguma delas é visto e acompanhado pelos que estão à frente. 

Se a pessoa continuar a levantar questões são expulsos e os demais membros são incentivados a ter tal pessoa no ostracismo e nem sequer lhe dirigindo a palavra pois se o fizerem serão também expulsos. É a teologia do medo!

Imaginem... se Jesus vivesse nos dias de hoje, não seria aceito dentro dessas organizações e se nascido de pais crentes, seria expulso pois sempre foi contestador de doutrinas humanas e andava com pecadores.

Longe de mim dizer o nome dessas organizações riquíssimas com o suor alheio, que cada um tire suas conclusões e avalie essas igrejas perto de suas casas. Jesus e os apóstolos foram bem claros em afirmarem que pelos frutos de tais, os conheceríamos, se eram mesmo genuínos cristãos ou apenas enganadores que saíram ao mundo para subverter a fé de muitos.
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Baitola foi o outro, seu Mata Sete!


Oia cabra... essa istora é uma das mais bunita do Brasil visse? Num tem ortra não! Mermo que Lampião fosse um bandido feroz e desalmado, mais neguinho se alembra mais dele que quarqué vurto que o combateu. Num tem jeito a dá!
O homi era preverso e sangrava ús macaco e sór num bibia o sangue prumode num gostá do gôsto.


Prá puliça matá êle, teve que ser quasi  drumindo e na traição de uma imboscada e mermo assim com uma tar de metraiadora. 



Teve inté ortro casar que viveu nos Istados Unido que foru môrto quatro ano antes de Lampião e Maria Bunita. Eru tumém afamadu como essis dois bandidus famôso brasilêro. 

Ero Lampião e Maria de lá e não de cá visse?

Num sei quem inventô essa istóra de dizer que o casar de cangacêro era um tar de Bonie e Claide do Brasil se esses gringos eru mairnovo que o capitão e morrero promêro.


Duvideódó qui se o Capitão tivesse essa tar de metraiadora e istrada pra correr num carro se num tivesse sido governadô do nordeste pois do sertão ele já era.

Nóis brasilêro temus mania de cachorro viralata e num valorizá nossa istóra.


Pois intão anorte aí visse? Lampião nunca foi preso e passô vinte anos na vida de bandido e nunca ninguém passô as mão no seu fiofó como aconteceu com essi tar de Claide dos Istadosunidos quando tava preso e um tar de Ed Crawder que gostava de fiofó di homi o violentô diversas véiz. 

Tudo bem que o tar de Claide terminô matanu o Ed Crawder e tarvez purissu que a negada aqui no Brasil faiz "Craw" quando diz qui comeu arguém.

Óia... vôrtedizê um negoço: se esse tar que iscreveu o "Mata Sete" tivessi vivido no tempo do Capitão, agaranto que as bola dele taria pindurada inté oji num cardêro cheiu de ispin.