Você veio ao mundo como uma lousa em branco, com pouca base para pensar ou agir de qualquer maneira determinada. A medida em que novas experiências foram entrando em seu subconsciente, elas começaram a definir para você o mundo que estava ao seu redor. Por exemplo, um bebê forma um milhão de novas conexões nervosas por segundo nos dois primeiros anos de vida. Cada detalhe de todas as suas experiências é armazenado na memória para referência futura.
Essa programação começou com outras pessoas digitando o teclado do seu computador — seus sensores de visão, audição, olfato, paladar e tato. Por exemplo, quando você tinha dezoito anos, já lhe ha-viam dito "Não!" cerca de 150.000 vezes. De 85 a 95 por cento de toda a programação que você recebeu de fontes externas era negativa, enquanto a maior parte daquela restante era neutra. As poucas cente-nas de "Sim" que você recebeu mal tiveram algum impacto. Dessa maneira, você foi alimentado à força e condicionado a perceber e acreditar de maneira consistente com as experiências que teve e as pes-soas com as quais se associou.
Você acabou adotando as opiniões e crenças que seus grupos de referência iniciais adquiriram durante as respectivas formações. Agora, como adulto, a maior parte da sua programação é de dentro para fora. Ao invés de ouvir sugestões de fora, você tende a se basear em auto-sugestões para decidir a respeito de quem é e do que pode fazer com o resto da sua vida.
Você não pode desligar aquela vozinha dentro de você e simplesmente fingir que não ouve as suas mensagens. Já examinamos o processo de aprendizado considerando o ato simples de atravessar a rua. Vejamos agora outro exemplo de como você formou um determinado padrão habitual de pensamento como resultado de ter aprendido a tabuada da multiplicação no curso primário.
Quando você aprendeu a resposta específica quanto é nove vezes nove, isso ocorreu totalmente no nível consciente. Você foi conscientizado da resposta e começou a treinar sua mente e seu sistema nervoso para aceitá-la. Com a repetição e a prática continuadas, você começou a dar a resposta de forma cada vez mais habitual e a direção passou do consciente para o subconsciente. Quando a resposta tornou-se plenamente arraigada, você não pensava nela realmente. Simplesmente deixava o subconsciente assumir o controle.
Desse modo, um padrão habitual de pensamento torna-se certo ou errado, positivo ou negativo, dependendo do que for introduzido antes em seu subconsciente. Se lhe fosse dito, e você acreditasse, nove vezes nove era oitenta e quatro, você repetiria isso, mesmo não sendo a resposta correta. Da mesma maneira, você desenvolveu respostas condicionadas a uma ampla variedade de estímulos externos. Eles exigiram um padrão de repetição, centenas ou milhares de vezes, até ficarem firmemente arraigados. Eles somente podem ser mudados pelo mesmo processo.
Lembre-se de que QUANDO VOCÊ MUDA SEU MODO DE PENSAR, muda suas crenças; quando você muda suas crenças, muda suas expectavas; quando você muda suas expectativas, muda a sua atitude; quando você muda sua atitude, muda seu comportamento. Quando você muda o seu com portamento , muda seu desempenho; e quando você muda seu desempenho, VOCÊ MUDA A SUA VIDA.
Essas são as causas e efeitos do pensamento e do comportamento humanos. Tudo começa com o pensamento, representando as crenças que você adota e planta em seu subconsciente.
(In: Pense como um Vencedor, Dr. Walter Doyle Staples, Editora Pioneira, São Paulo, 1996.)