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domingo, 18 de setembro de 2016

O Porquê de “Caiçara dos Rios dos Ventos”

Quando resolvi fazer esse blog, escolhi um nome que estivesse ligado aos locais do mundo que passei

Surgiu então “Caiçara dos Rios dos Ventos”.


Em minha mente buliçosa, passei a enxergar os ventos que sopram nas águas desses rios que passam no meu quintal, pela minha imaginação.

Caiçara, é o individuo que nasce em regiões litorâneas, mas eu prefiro dizer que Caiçara é aquele “matuto” praieiro, vagabundo (no sentido de sem pressa) de praia, pescador, homem rústico e nativo, com sensibilidade elevada.

Isso me faz lembrar as pescarias que o Velho Meneleu junto com seus companheiros faziam no litoral cearense e que me levava junto com eles. Se ficasse em casa, daria muito trabalho para minha mãe, “aperreando” meus irmãos.

Lembro que ficava "zanzando" nas praias desertas do norte e do sul do Ceará. Não tinha turistas na época. Somente aldeias de pescadores, onde nem calçamento nas ruas tinha e algumas delas nem ruas, pois eram amontoados de casebres de palha. Eu era um menino feliz. Era livre para correr entre as dunas e falésias das praias que hoje são famosas e agora têm mansões incrustadas em suas areias.

Sem nunca ter tido a ideia de conhecer o mundo, só passei a almejar depois de adulto, com leituras e conhecimento escolar, passei a querer sair para conhecer outras plagas e culturas.

Nos livrinhos de "cultura inútil", os famosos livros de bolso de farwest, lendo Marcial Lafuente Stefania, visitava na minha imaginação o rio Colorado, onde os indios habitavam. Agora sei em parte, o que é o rio Colorado nos EUA que é o rio que atravessa o Grand Canyon cortando a região mais árida da América do Norte e México. Ali me encontrei com os espíritos dos indios de minha infância, convivi por pouco tempo com essas culturas milenares.

Nesses livrinhos, encontrei também referências ao Rio Sena, em Paris, pois em tais livrinhos, se falava do famoso cabaret Moulin Rouge e suas dançarinas de Cancan, que encantavam os cowboys pela imitação das bailarinas nos salons existentes no velho oeste e que para florear os escritos, dizia Stefania, que bailarina tal e tal, em Paris, residia próximo ao famoso rio parisiense. Sei agora o quanto é romântico o Sena, passando ao lado da Catedral de Notre Dame.

O Danúbio que percorre nove países do continente europeu é bastante inspirador para músicos e poetas. O Tejo que nasce na Espanha onde é chamado de Tajo e que arrodeia a cidade de Toledo onde três culturas religiosas viviam sempre em conflito, Mulçumanos, Judeus e Cristãos. Hoje felizmente vivem em paz. Deságua em Lisboa com o nome Tejo e onde vemos a famosa Torre de Belem.

O São Francisco no Brasil que nasce em Minas Gerais e desemborca no oceano atlântico, entre Sergipe e Alagoas, com sua linda foz, onde existe um farol que está dentro d'água e inclinado "cai não cai" e que se chama Farol do Cabeço.

Conheci muitos rios do Brasil. Falta conhecer o grande Amazonas, só o conheço por filmes e leitura.  Conheci pessoalmente diversos rios na Europa e dos EUA.

Então Caiçara dos Rios dos Ventos, é o nome tanto do blog quanto da propriedade que chamo de meu quintal.

Os ventos são vários onde me recordo do Aracati no Ceará, o Minuano, o Nordeste, entre outros. Na Bacia de Campos no Rio de Janeiro, embarcado em plataformas de petróleo, pude sentir fortes vendavais que colocavam as plataformas e os navios de um lado para outro, como se de papel fossem.

Existe uma cidade do Rio Grande do Norte que chamam-na de Caiçara do Rio do Vento e um rio que corre próximo, chamado de Rio dos Ventos.

Pelo meu espírito aventureiro, onde pretendo ainda com a graça de Deus, conhecer mais coisas e que as coisas que conheço não pus nem 1% nesse escrito, aos pouco vou escrevendo, à medida que for me lembrando e visitando os rios e sentindo os ventos na face ávida pelo desconhecido.