Senti a pequenez do homem perante o universo quando comecei a raciocinar como somos dependentes uns dos outros. Emocionamo-nos com tantas coisas! Um animalzinho que passa à nossa frente, sendo ele um gatinho, cão, beija-flor ou outro qualquer que vejamos até mesmo em filmes. Por que somos assim? Ao mesmo tempo em que amamos, odiamos; ao mesmo tempo em que queremos paz fazemos guerra? Emocionamo-nos em ver a pureza de uma criança e sorrimos, pois desejamos que o mundo seja visto pelos olhos dela. Somos e estamos mais pretensos a viver do lado do amor e da paz.
Essa natureza belicosa que possuímos algum dia será perdida, pois ao avançarmos como civilização, indo à busca de bons relacionamentos com o próximo, seremos pessoas amáveis e mansas. Sim, estamos sendo ainda preparados para nos tornar membros de uma grande confraria do universo onde residem outros seres que já são mansos e como nós, no passado também tiveram de empreender esforços da convivência pacífica.
É lógico que o processo tanto para nós como para algumas dessas entidades que vivem em planos diferentes do nosso, não está totalmente completo, pois alguns poucos ainda insistem em sua belicosidade. Mas o exemplo da maioria que se esforça vencerá e em algum momento todo o universo jubilará e as palavras de Isaias, um dos maiores profetas da antiguidade, irá se cumprir:
“O ermo e a região árida exultarão, e a planície desértica jubilará e florescerá como o açafrão. Sem falta florescerá e realmente jubilará com exultação e com grito de júbilo. Terá de se lhe dar a própria glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom. Haverá os que verão a glória de Deus, com seu esplendor.
Fortalecei as mãos fracas e firmai os joelhos vacilantes. Dizei aos de coração ansioso: “Sede fortes. Não tenhais medo. Eis que vosso próprio Deus chegará com a própria vingança, Deus, até mesmo com retribuição. Ele mesmo chegará e vos salvará.”
Naquele tempo abrir-se-ão os olhos dos cegos e destapar-se-ão os próprios ouvidos dos surdos. Naquele tempo o coxo estará escalando como o veado e a língua do mudo gritará de júbilo. Pois no ermo terão arrebentado águas, e torrentes na planície desértica. E o solo crestado pelo calor se terá tornado como um banhado de juncos, e a terra sedenta, como fontes de água. No lugar de permanência de chacais, um lugar de repouso, haverá grama verde com canas e plantas de papiro.
E certamente virá a haver ali uma estrada principal, sim, um caminho; e chamar-se-á Caminho de Santidade. O impuro não passará por ela. E será para aquele que anda no caminho, e nenhuns tolos vaguearão nele. Ali não virá a haver leão e não subirá nele a espécie feroz de animais selváticos. Não se achará ali nenhum deles; e ali terão de andar os resgatados. E retornarão os próprios remidos por Deus e certamente chegarão a Sião com clamor jubilante; e sobre a sua cabeça haverá alegria por tempo indefinido. Alcançarão exultação e alegria, e terão de fugir o pesar e o suspiro.”
Infelizmente esses que “chegarão a Sião” não são o Israel de Deus. Israel na atualidade assim como no inicio da EC deixou de ser o povo de Deus, não quiseram aceitar a vinda de Jesus Cristo e por Ele foi dito: “Jerusalém, Jerusalém, matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados — quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, da maneira em que a galinha ajunta a sua ninhada de pintinhos debaixo de suas asas, mas vós não quisestes isso! Eis que a vossa casa vos fica abandonada. Eu vos digo: De modo algum me vereis até que digais: ‘Bendito aquele que vem em nome de Deus!’”
Até hoje Israel não bendisse Jesus Cristo o filho de Deus. Enganam-se aqueles que acham que esse Israel que ai está é povo de Deus. Povo de Deus são todos aqueles que aceitam Jesus Cristo como seu Salvador. A salvação só vem pelo sangue de Cristo derramado a favor da humanidade, que para merecer tem que aceitar o sacrifício feito por Ele, o Filho de Deus.
Por mais de 1.500 anos antes da vinda de Jesus como o prometido Messias, a nação carnal de Israel foi o povo especial de Deus. Apesar de constantes advertências, a nação, como um todo, mostrou-se infiel. Quando Jesus apareceu, foi rejeitado por esta nação. De modo que Jesus disse aos líderes religiosos judeus: “O reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que produza os seus frutos.”
A nova nação é congregação cristã, nascida em Pentecostes de 33 EC. Os primeiros membros dela eram discípulos judeus de Jesus, que o aceitaram como seu Rei celestial. No entanto, eram membros da nova nação de Deus não à base da ascendência judaica, mas à base da fé em Jesus. De modo que este novo Israel de Deus era algo ímpar: uma nação espiritual. Quando a maioria dos judeus se negou a aceitar Jesus, fez-se aos samaritanos e depois aos gentios o convite de fazer parte da nova nação. Esta nova nação foi chamada por São Paulo de “o Israel de Deus”.
Em cumprimento das palavras de Jesus, em Pentecostes, quando se derramou o espírito santo e o Israel de Deus nasceu, o Reino foi tirado do Israel carnal e dado à nova nação espiritual.
Sim, como disse no principio, estamos sendo ainda preparados para nos tornar membros de uma grande confraria do universo onde residem outros seres que já são mansos e que nunca tiveram de empreender esforços da convivência pacífica.
Por enquanto o Israel atual é um país beligerante com seus vizinhos e seus vizinhos beligerantes com Israel. Têm que chegar a um acordo. A paz e a tranquilidade só chegará, quando o principal poder bélico, Israel, ceder aos anseios da população palestina, assim com seus anseios foram agraciados quando o Estado de Israel foi fundado. Os palestinos têm o mesmo direito que o povo judeu tiveram em maio de 1948 em terem seu próprio Estado.
Com certeza podemos dizer também que a criação de um Estado Palestino não iria resolver de imediato o conflito. Pelo menos ajudaria a amenizar um dos principais problemas que foi a não delimitação do território da Palestina em maio de 1948.
Devemos lembrar que a região em que se encontra a cidade de Jerusalém, em Israel, é também considerada sagrada para três das maiores religiões monoteístas do mundo: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. Em alguns lugares do planeta você percebe a convivência pacífica dessas três religiões, assim como na cidade medieval de Toledo na Espanha. O problema no Oriente Médio é político. Os demais problemas, como o religioso, serão resolvidos por certo pois o Deus dos mulçumanos, dos judeus e dos cristãos é o mesmo.
Sim, só o longo aprendizado relativo à paz baseada no amor de Cristo fará que o mundo se transforme. Jesus em suas palavras maravilhosas e seu exemplo ímpar, disse: “Eu sou o pastor excelente; o pastor excelente entrega a sua alma em benefício das ovelhas. O empregado, que não é pastor e a quem não pertencem as ovelhas como suas próprias, observa o lobo vir e abandona as ovelhas, e foge — e o lobo as arrebata e espalha — porque é um empregado e não se importa com as ovelhas. Eu sou o pastor excelente, e conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e entrego a minha alma em benefício das ovelhas. E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor”.
em 7 de agosto de 2014