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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Os cangacêro ero assim...

Os cabra, num tava nem ai, 
Se morria ou se matavo... 
E a vida qui levavo, 
Era matá ô morrê.
Os cabra, num tava nem ai, 
Se morria ou se matavo... 
Os cangacêro ero assim... 

As cobra num pica, 
As bala num entra, 
As faca num corta, 
Por orde de meu padim, 
Qui sempre quis assim. 
Num corre de ninguém, 
Num corre de volante, 
Infrenta inté um trem... 


Nem inté da importante, 
Do sargento Zé Rufino, 
Qui Nois briga, se rindo...

Nas asa da imaginação,
Por riba dos cardero,
Vamu vuando no sertão,
Qui no mêiz de janero,
Pega fogo qui nem tição... 

E nas asas da avoante,
Nóis arriba pela ai,
Pruveitando o vento quente,
Qui sopra pela aqui...