"Companheiro Meneleu, na próxima campanha para nova direção do sindicato, seria interessante fazermos campanha para a chapa de oposição afim de tirar o PSTU de lá, muitos de nós somos sindicalizados, o que acha da idéia?"
Minha resposta a esse querido companheiro:
Meneleu: Bom dia Velha Guarda da Nitrofertil!
Chico meu "camarado" (vou expressar-me em baianês) estou pensando em transferir-me do Sindipetronf (Norte Fluminense) de Macaé para nosso velho e querido Sindipetro em Sergipe.
Pelo menos vou ter meu voto para fazer diferença. Sempre fui partidário de "um cidadão, um voto", princípio básico da democracia.
O PSTU nunca irá ganhar por serem ultra-radicais; e isso eu até admiro. Já tive discussões homéricas com esse pessoal lá na porta do Polo Atalaia. Mas sinceramente falo contra e a favor deles.
Ontem antes de conversar com nossa companheira Marina, eu tinha lido esse artigo A esquerda em pane onde "Artur Henrique, ex-presidente da maior central sindical brasileira (CUT), confidencia que os mandatos podem transformar os militantes: “Em nome da ‘governabilidade’ do país, eles agora nos dizem que não podemos fazer isso, não podemos fazer aquilo...”. Quando a tática – encarar as eleições como uma etapa rumo à transformação do mundo – se transforma em estratégia – adaptar suas convicções ao objetivo eleitoral –, a ambição política se esgarça. Pode até desaparecer: agora, “o PT é mais um obstáculo do que um trunfo”, dispara Jean Tible, militante do partido. Teria ele chegado à mesma conclusão caso sua formação tivesse se dedicado a transformar o sistema político brasileiro, a fim de “democratizar a democracia” no país? O partido não pensou nisso. Assim, abriu mão de combater o poder do dinheiro, a corrupção e os lobbies..."
e fiquei já achando que o PSTU tem o mesmo discurso que nós tínhamos na questão da chapa "puro sangue" e que nunca ganhamos e só viemos ganhar quando fizemos alianças.
Estou cada vez mais ciente do poder avassalador da direita e do dinheiro e fico imaginando que não poderemos fazer nada pois os homens mudam. Ou assim, com alianças, ou com armas, que não temos mais peito pra isso e nem as condições atuais não são favoráveis a essa aventura que no passado foi heróica mas atualmente seria criancice, pelo menos aqui no Brasil.
Hoje sou um militante de computador e sentado em meu escritório, emitindo flashes pela internet e lendo livros atuais e históricos.
Não tenho mais idade para enfrentar nossos queridos amigos do PSTU. Mas pretendo usar meu voto para fazer a diferença, pelo menos para a minha consciência.
Forte abraço!