Meu amigo, cunhado e irmão Geraldo Duarte, escrevendo pra mim por meio desse poderoso email chamado whatzap, me convida para seu mais novo futuro empreendimento na cidade dos Cajueiros dos Papagaios. Ele começa assim:
- E aí, Raul?
Vamos fundar um botequim literário? A ARCÁDIA.
Todo papudinho tem direito a um livro ensebado para ler entre uma bicada e outra.
Os mais palradores poderão fazer palestras, conferências e workshops.
E etcetera e mais etceteras. Como o ambiente será ecumênico e à toa, as manifestações serão democráticas e totalitárias.
Que tal?
E daí arremata em cima da bucha precisamente às 13h21 do dia 23/10/2015 conforme li na telinha de meu celular:
- Geraldo Duarte: Que Ará aguarde-me!
Hoje pela manhanzinha leio toda sua mensagem e alegre e contente lhe respondo conforme bem registrado no bendito zapzap:
[7h19 24/10/2015] Raul Meneleu:
- Geraldo, que mal lhe arresponda vou lhe falar uma ideia que tive e relatei em uma mesa de feijoada aqui em casa. Ninguém botou fé. Acontece d'eu estar enfadado de fazer porra nenhuma e contar pra eles minha mais nova empreitada, pelo menos no campo do pensamento. Todo mundo riu da minha cara e até hoje a bendita ideia rola até mesmo nas rodas de amigos. Veja bem... se num é uma 51!
Iria eu comprar um carrinho de mão e um isopor e nesse verão iria pelas praias da Atalaia, vender cervejas, wiskyes e refrigerantes. Iria empurrando o carrinho devagarzinho e fazendo propaganda do conteúdo do isopor, que as essas alturas estaria abarrotando de gelo e bebidas. Daí então encontraria um amigo e esse me diria:
- que estás fazendo aqui Meneleu?
- eu mais que solicitamente lhe diria que estava vendendo, cervejas, wiskyes e refrigerantes.
- ele me felicitava e dizia:
- que beleza! Põe um wiskye pra mim...
Eu mais que depressa poria um.
Daí conversa vai, conversa vem, ia chegando outros amigos e daí estaria formada aquela roda de amigos, todos bebendo uma.
Eu pra não ser estraga prazeres de ser o único a não beber, botaria uma e ficaria a bebericar e conversar. Cê sabe, uma conversa puxa a outra...
No final, alguém iria me perguntar quanto devia. A garrafa já sequinha e todo mundo alegre. Que resposta você daria?
Então a que dei foi essa:
- Nada não mermão!
Pois bêbado fica rico quando bebe.
Então... seria quase a mesma coisa com os livros! Nós não venderíamo um. No máximo a gente prazerosamente iria dar de presente e ainda daríamos uma palinha do conteúdo pra despertar interesse.