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sábado, 24 de outubro de 2015

O Sebo e o Carrinho de Mão

Meu amigo, cunhado e irmão Geraldo Duarte, escrevendo pra mim por meio desse poderoso email chamado whatzap, me convida para seu mais novo futuro empreendimento na cidade dos Cajueiros dos Papagaios. Ele começa assim:

- E aí,  Raul?

Vamos fundar um botequim  literário?  A ARCÁDIA.

Todo papudinho tem direito a um livro ensebado para ler entre uma bicada e outra.
Os mais palradores poderão fazer palestras, conferências e workshops.

E etcetera e mais etceteras. Como o ambiente será ecumênico e à toa, as manifestações serão democráticas e totalitárias.
Que tal?

E daí arremata em cima da bucha precisamente às 13h21 do dia 23/10/2015 conforme li na telinha de meu celular:

- Geraldo Duarte: Que Ará aguarde-me!

Hoje pela manhanzinha leio toda sua mensagem e alegre e contente lhe respondo conforme bem registrado no bendito zapzap:

[7h19 24/10/2015] Raul Meneleu:

- Geraldo, que mal lhe arresponda vou lhe falar uma ideia que tive e relatei em uma mesa de feijoada aqui em casa. Ninguém botou fé. Acontece d'eu estar enfadado de fazer porra nenhuma e contar pra eles minha mais nova empreitada, pelo menos no campo do pensamento. Todo mundo riu da minha cara e até hoje a bendita ideia rola até mesmo nas rodas de amigos. Veja bem... se num é uma 51!

Iria eu comprar um carrinho de mão e um isopor e nesse verão iria pelas praias da Atalaia, vender cervejas, wiskyes e refrigerantes. Iria empurrando o carrinho devagarzinho e fazendo propaganda do conteúdo do isopor, que as essas alturas estaria abarrotando de gelo e bebidas. Daí então encontraria um amigo e esse me diria:

- que estás fazendo aqui Meneleu?
- eu mais que solicitamente lhe diria que estava vendendo, cervejas, wiskyes e refrigerantes.

- ele me felicitava e dizia:
- que beleza! Põe um wiskye pra mim...
Eu mais que depressa poria um.

Daí conversa vai, conversa vem, ia chegando outros amigos e daí estaria formada aquela roda de amigos, todos bebendo uma.
Eu pra não ser estraga prazeres de ser o único a não beber, botaria uma e ficaria a bebericar e conversar. Cê sabe, uma conversa puxa a outra...

No final, alguém iria me perguntar quanto devia. A garrafa já sequinha e todo mundo alegre. Que resposta você daria?
Então a que dei foi essa:

- Nada não mermão!

Pois bêbado fica rico quando bebe.

Então... seria quase a mesma coisa com os livros! Nós não venderíamo um. No máximo a gente prazerosamente iria dar de presente e ainda daríamos uma palinha do conteúdo pra despertar interesse.