
Pois bem, em uma das festas do padroeiro da cidade, que por todos sabido, dito como santo casamenteiro, Santo Antônio reinava imponente nos corações dos rapazes e moças. Foi nessa festa alegre da comunidade que os dois iniciaram o namoro. Santo Antônio como cupido, iniciara mais um provável casamento que por certo vingaria filhos valentes para o crescimento e desenvolvimento de sua cidade.
Belo dia, em conversas escondidas até mesmo do Santo, José Pedro impaciente para ter Maria do Rosário mais plenamente em seus braços, convidou-a para fugirem para São Paulo, terra de promessas de ganho e vida melhor. Para a surpresa de José Pedro, a sua bonita Maria do Rosário concordou de imediato. Marcaram o dia seguinte, onde os dois escondidos de seus pais, aprontariam suas malas com o pouco de roupas que possuiam e iriam aguardar na casa de um parente que morava na próximo a estrada, o pau de arara que sairia da cidade em rumo da terra da esperança de todo nordestino naquela época.
Imaginem a confusão que se deu. O pai da moça enfurecido foi bater no local em que se arrancharam e juntamente com a mãe de Maria do Rosário exigiram que pelo menos os dois casassem antes de arribar pra São Paulo.
Mas tinha sido naquela noite que José Pedro conhecera plenamente a Maria do Rosário e em um gesto que ninguém esperava, quis devolver a moça aos pais sob o argumento que ela não era mais virgem. Ai foi que a confusão ficou maior ainda. O pai e a mãe de Maria do Rosário indignados, exigiram que a filha se pronunciasse.
A bela Maria, cabisbaixa, com um sorriso amarelo no rosto, foi contando o que já tinha falado para José Pedro quando ele descobrira nos finalmente daquela primeira noite que ele não era o primeiro na vida de Maria. O pai em desespero não a aceitou de volta sob o argumento que não tinha sido consultado para que ele levasse sua filha embora. E que se ele tinha feito isso era porque tinha sido mais safado que ela pois tinha desonrado a ele como pai e homem que era. E outra, disse, se José Pedro não consumasse o casamento no cartório, pois na igreja por certo Santo Antônio não aceitaria, ele iria ser morto naquele instante e todos iriam dar-lhe razão pois lavava a honra de sua filha enganada com o sangue dele. José Pedro engolindo calado pois sabia que o velho tinha fama de matador, também de cabeça baixa aceitou a proposta do futuro sogro pois sabia da besteira que tinha feito.
O casamento foi lavrado em cartório e os dois rumaram pra São Paulo onde fincaram raízes e tiveram muitos filhos.
Ah... o título da estória né? Pois bem, a mãe de Maria sabia que ela não era mais virgem, pois essa tinha tido um namorico de apenas um dia nas festas do ano antes, onde encantou-se com um rapaz que visitava a cidade e esse experimentou Maria antes de José Pedro, e essa como não tinha pegado barriga contou apenas para a mãe com medo, pois sua mestruação tinha atrasado. Sua mãe na hora do entrevero na casa do parente, tinha chamado Maria a um canto e tinha dito: "Mulher... nem pra ter lavado com pedra-hume?"