O surpreendente livro ‘O Cangaço em Itabaiana Grande’ do
confrade Robério Santos, nesse inicio de ano, é um presente maravilhoso para os
estudiosos do cangaço.
Muitos fatos escondidos que foram buscados com afinco
trabalhoso, mas embutido com certeza por prazeres e alegrias ao jovem escritor,
que sem amparo financeiro de uma editora, “caiu no ôco do mundo” como se diz, para
buscar a história que estava relevada, mas guardada, esperando o interesse de
pesquisadores.
Tivemos a sorte de ter Robério como o escolhido, para fazer
saltar a nossos olhos e mentes parte da história dessa maravilhosa cidade de
Itabaiana, terras dos caminhoneiros, do ouro, fazendas de gado e plantações, de
cabras valentes e empreendedores, da famosa Serra que envolve majestosamente a
linda cidade, de sua feira famosa em Sergipe, onde podemos encontrar de tudo,
inclusive deliciosas refeições nas bancas de alimentação com suas iguarias
feitas à base de cuscuz de milho, tapioca, inhame, macaxeira, carne do sol,
dentre outras iguarias.
Pela persistência desse imortal da Academia
Itabaianense de Letras, ocupante da cadeira 15 cujo patrono é João Teixeira
Lobo, o Joãzinho Retratista, caem agora como que de graça para mim e porque não
dizer também, para todos nós, que tivemos a alegria ter lido tão grandiosa
obra.
Conhecí Robério, nas páginas do Facebook no grupo de estudiosos do
cangaço, chamado de “Lampião, Cangaço e
Nordeste”, onde com boas intervenções,
mostrava e mostra seu grande interesse sobre o tema.
Nessa sexta-feira, 16 de
janeiro de 2015, saí de Aracaju juntamente com minha esposa, para ir conhecer
pessoalmente esse jovem intelectual e buscar os três livros que lhe encomendei,
onde dois deles presenteei a dois amigos, e o que fiquei para ler, tive o
privilégio de sua dedicatória a minha pessoa.
Do livro tenho tantas coisas a comentar, mas gostaria que os amigos o lessem primeiro. Sabecoméquié né? Seria eu contar um filme em que o ouvinte está na fila para comprar a entrada para assisti-lo. Mas uma das coisas que me chamou a atenção, foi a história de "Mata Escura", escravo fugitivo aos moldes do "Lucas da Feira" que aterrorizou Itabaiana e cercanias e foi enforcado com 25 anos de idade em 08 de março de 1847.
Voltando para minha visita a esse jovem pesquisador mas com grande experiência em garimpar o passado, a recepção foi ótima.
Conversa agradável e vimos que ambos temos interesses comuns e se Deus quiser estarei novamente em Itabaiana nessa Quarta-Feira, 21 de janeiro, que em conversa comigo, disse "estou te esperando quarta pra gente desvendar os mistérios da feira de Itabaiana. Se quiser trazer a câmera para filmar as vendedoras de ervas acho que pode ser mais um adendo na sua pesquisa."
Sim meu caro Robério, nossos caminhos se encontraram, mas a vantagem é minha, pois tenho a impressão que irei aprender com você muito mais do que aprenderás comigo. Um forte abraço e até quarta.