LEMBREMOS DE CHERNOBYL!
Uma equipe da estatal Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás, veio a Sergipe para avaliar se o estado possui potencial para abrigar usina nuclear.
Que potencial é esse? Quais são as condições?
Vieram acompanhados, diz a notícia, com uma comitiva de fornecedores chineses de equipamentos do setor.
Segundo o secretário de comunicação do governo do estado que nos fornece a notícia, diz que esse grupo juntamente com o governador de Sergipe, visitaram as cidades de Poço Redondo, Porto da Folha e Gararu.
O secretário também revelou ainda que o grupo vai visitar outras cidades do Nordeste e a negociação de um possível fechamento para a construção de uma usina no estado depende, entre outras coisas, da contrapartida ofertada pelo governo dos estados visitados.
Pronto, eis a resposta da pergunta acima, trata-se da "contrapartida ofertada pelo governo". Ou seja, terreno grátis, impostos nulos por um período longo, ajuda de custo para erguer a construção, e o "BNDES CHINÊS" entrar com financiamento de todos os equipamentos, que óbvio assim como o nosso BNDES BRASILEIRO faz nos países pequenos sul-americanos e africanos e nós teremos que comprar tudo deles, desde o parafuso ao reator nuclear. Ficaremos endividados, pagaremos juros, e correremos o risco e talvez até tenhamos "os por fora" onde alguns aproveitadores tirarão enormes dividendos, como ultimamente está sendo descoberto pela justiça.
Isso tudo fora a questão de segurança.
Já em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o Brasil continuará investindo em energia nuclear e deve chegar em 2050 com um total de 15 usinas do tipo produzindo eletricidade no país.
Hoje temos duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro, e de acordo com o ministro, o Ministério da Fazenda está garantindo recursos para a conclusão de Angra 3 que deve entrar em operação em 2018.
O ministro falando para jornalistas, informou que está em processo de avaliação de mais 21 pontos para instalação de novas usinas que estão sendo estudados e, no momento, o governo avalia quais deles devem receber as 4 primeiras novas usinas nucleares que o governo pretende construir até 2030.
Informou que o projeto de longo prazo prevê que outras 8 usinas sejam erguidas entre 2030 e 2050, levando o país a 15 usinas nucleares.
Os cidadão brasileiros não são consultados para opinarem nesse projeto megalomaníaco pois enquanto outras nações pelo medo da energia nuclear, não aventuram-se e preferem desenvolver uma energia mais pura e limpa, nós, com todo o potencial que possuímos em energia limpa, e temos bastante experiência em construção dos meios, queremos enveredar por esse caminho de adquirirmos um tipo de energia não mais aceito pela maioria das pessoas do mundo. E mais, pagando muito caro por isso, enquanto necessitamos de obras de infra-estrutura para a população como um todo.
Precisamos sim, com preocupação, debater e tomar iniciativas a respeito das grandes obras de infraestrutura e o tema energia. Uma organização ambiental precisa sim, preocupar-se em estudar e fornecer alternativas contra os impactos que as barragens podem ter para a flora, fauna e seres humanos. Têm que entender que precisamos cada vez mais de energia. E a mais segura para nós é a produzida pelas hidro-elétricas.