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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A poesia operária como instrumento sindical em Sergipe

 
Livro de poesias lançado no bojo do movimento sindical onde nascia em Sergipe o início da luta operária, onde nós fundadores do SINDIQUÍMICA-SE começamos a ser vistos como revolucionários.
 
Nos anos 80 os sindicatos estavam em mãos de 'pelegos', inclusive o sindicato dos petroleiros, SINDIPETRO. Começamos a participar das assembleias dos sindicatos e identificar aqueles que podiam se juntar a nós.
 
Apoiamos por diversas vezes, inclusive com dinheiro, a luta dos metalúrgicos em São Paulo, onde nascia o PT. Eram os últimos suspiros da ditadura militar. Mas mesmo assim, éramos perseguidos pelos reacionários que apoiavam a ditadura.
 
Participamos das reuniões do recém criado Partido dos Trabalhadores - PT e iniciamos um projeto de participação política onde fizemos deputados e iniciou-se a tomada do poder pelo voto.
  
As poesias incrustadas no livro, que não passa de uma brochura, vem recheado com menções políticas, amor às mulheres, descaso dos homens com o sertanejo e até mesmo escrevi acerca do abandono do Morro do Mucuripe em Fortaleza, para mostrar o descaso das autoridades.
 
Bons tempos. Fazíamos a luta.
 
Hoje tem um bairro em Aracaju, que se chama Santa Maria, e antes Terra Dura. Eu e Marcelo Deda, apoiamos a invasão da Terra Dura. Corri uma lista junto aos companheiros da NITROFÉRTIL, hoje FAFEN-SE para arrecadar dinheiro e comprar ferramentas e arame farpado para cada um dos sem terra, cercar seu pedacinho de terreno. Barreto Mota era o Chefe de Polícia na época, e Deda teve que comparecer à delegacia do bairro Augusto Franco, por exigência de Barreto Mota, para se explicar.
 
Hoje o bairro é populoso, com comércio e industrias. Fizemos também o progresso de Aracaju.