Contada pelo amigo escritor Edvaldo Araújo Feitosa, que tive o prazer de encontrar na cidade de Piranhas, Alagoas, por ocasião do grande encontro da Família Cariri Cangaço, que ocorreu de 25 a 28 de julho de 2015.
HISTÓRIA DA CIDADE:
Até o século XVII o território de Água Branca fazia parte das sesmarias de Paulo Afonso (PROVÍNCIA DE ALAGOAS), à época do Brasil Colonial. Denominada Mata Pequena, Matinha de Água Branca, até se tornar o município de Água Branca.
A partir de 1769 o povoado começou a se formar na região com a família Vieira Sandes, o capitão Faustino Sandes arrematou algumas terras, atraído pelas serras, pela fertilidade do solo propício à cana-de-açúcar e pelas boas pastagens, formando o primeiro núcleo de povoamento e tornando-se o tronco dessa família em toda a região.
A capela de Nossa Senhora do Rosário foi à primeira construída no povoado. Posteriormente, o Barão de Água Branca ergueu a matriz de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou à padroeira do município.
Em 1864 foi criada a freguesia, e em 1919, Vila de Água Branca, por meio de lei, a vila foi elevada à condição de cidade.
O significado do nome surgiu de uma serra da região, rica em fontes de águas muito limpas.
O livro do amigo Edvaldo traz fatos pitorescos como por exemplo, em terras da Vila de Viçosa e Anadia, Raimundo José Vieira, antepassado da família Vieira Sandes, escravizou uma índia Caeté e quando saía do vilarejo costumava trancá-la em uma gaiola feita de bambu, para que ela não fugisse pois seu intento era casar-se com ela, o que aconteceu no ano de 1815 onde a índia recebeu o nome de Maria Barbosa de Jesus.
Como foi mostrado na palestra do Dr. Lamartine Andrade Lima, nesse rico encontro do Cariri Cangaço 2015, que dissertou sobre "O Estudo Científico das Cabeças" dos cangaceiros, em adendos, na palestra, falando da miscigenação dos nordestinos, que o amigo Edvaldo em sua obra "ÁGUA BRANCA - História e Memória" já afirmava que sim, houve muitas uniões de portugueses com as índias que na região viviam e que pertenciam às tribos Xocós, Xucurus, Umaris e Caetés.
Manoel Severo e Edvaldo Araujo |