Dar-se na Semana Santa, apesar de ser uma feira exclusivamente de cerâmica popular, pois nela nada se ver com essa religiosidade de além na louça-de-barro
visto e sentido, pois é uma demonstração do extraordinário poder criador dos oleiros e ceramistas.
Embora denominada "Feira de Caxixis", não somente a louça miúda é colocada à venda, mas outras de maior porte.
Há uma estória que foi contada por um dos feirantes, ao já falecido jornalista Alberto Vita, nos idos de 1953. que é a seguinte:
"Um velho vendedor de louças-de-barro chamado Francisco Medina, co-nhecido, porém. pela alcunha de "Caboclo Velho", que trabalhava e vendia "caxixis", há vários anos, afirmou que a feira teria surgido acidentalmente, e explicou: "Um ceramista de nome Patrício. há cerca de duzentos anos, ao se
dirigir para a cidade de Nazaré, (naquela época conhecida como Nazaré das Farinhas) com a sua familia. numa Quinta-Feira Santa, levava. consigo, algumas peças de barro, em miniaturas, expondo-as, sem maiores pretensões, no grande largo onde se realizava a feira comum da cidade. Isto é, em frente a um Já destruido mercado de peixe, e onde, hoje. está localizado o estabelecimento conhecido como
"Náutico Bar". As peças expostas pelo Patrício ao serem notadas pelos curiosos que na Quinta e Sexta-Feira Santa, por ali circulavam, foram imediatamente compradas, sendo, então, inúmeras as sugestões para que vol-tasse. no ano seguinte (a data não se sabe com exatidão).
Esta feira, com suas caracteristicas, é considerada, por alguns estudiosos como única no mundo, e apontada como a mais tradicional exposição de arte popular do Estado da Bahia.
O "caxixi" apesar de ser um dos artigos mais vendáveis tem a atração é usado como ornamentação em muitos lares.
O "caxixi" foi (e ainda é) muito procurado para compra há mais de dois séculos, e é encontrado à venda nessa folclórica e original "Feira de Caxixis". que é realizada em Nazaré.
o motivo que tive em ir a Nazaré das Farinhas; foi um convite de um amigo que nascido por lá, conforme tradição baiana, ia almoçar com sua família, pais e irmão que ainda moram em Nazaré.
Foi o melhor feijão de côco com uma deliciosa moqueca de cação e camarão que comi, tendo como sobremesa uma cocada de maracujá com semente.
Mas não se preocupem pois existem muitas barracas de alimentação, e em sua visita na próxima Semana Santa, poderá desfrutar da deliciosa comida baiana.