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quinta-feira, 30 de junho de 2016

O Valor de uma boa gestão


Participei de diversos programas de Gestão pela Qualidade Total em minha vida profissional e conseguimos, com alguns companheiros de equipe, montarmos estratégias excelentes que fizeram nossos projetos de planejamento na gestão de construção e montagem em plantas de produção petroquímica e petróleo, onde encontramos resultados excelentes, principalmente nas paradas para manutenção dos equipamentos industriais de tais plantas, onde para os amigos apenas terem idéia de valores envolvidos, em uma intervenção dessas, leva-se entre quinze dias a um mês, e apenas o custo de perda de produção de uma plataforma de petróleo, o custo é de, simplesmente cinco milhões de dolares/dia. 

Tenho diversos cursos gerenciais e em um deles, tive a oportunidade de ler esse artigo, excelente, que em preparação para tais programas, sempre o lia, para melhorar meu entendimento na questão. 

O autor é Vicente Falconi, consultor em gestão e escritor brasileiro. Graduou-se em Engenharia pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e M.Sc. e Ph.D em Engenharia pela Colorado School of Mines. Indico a página de sua consultoria para os amigos - FALCONI - Consultores de Resultado.


Vamos a ele?  

Um dos grandes enganos que se comete quando se inicia um programa de Gestão pela Qualidade Total é pensar que se trata de um programa para "melhorar a qualidade do produto", para "melhorar a qualidade de vida", para "melhorar as condições de trabalho", etc. Na verdade, quando iniciamos um programa de Gestão pela Qualidade Total estamos falando em "melhorar os resultados da empresa através de avanços nos métodos de gestão".

As condições impostas pelo mercado exigem das empresas capacidade de reduzir custos a níveis inimagináveis, capacidade de projetar novos produtos que dominem o mercado, capacidade de melhorar o atendimento a clientes, etc. Bom senso ajuda nesta hora mas não resolve o problema. Se não dominarmos os métodos e técnicas necessários para se atingir metas, elas não serão atingidas e a empresa perde.

Outro dia destes eu assisti a uma apresentação de um diretor de uma empresa e sua equipe. Eles pretendiam atingir uma meta muito desafiadora e para isto montaram um plano de ação. O problema é que, ao montar o plano, eles insistiram em utilizar os mesmos métodos e técnicas que já conheciam e os mesmos conhecimentos anteriores. Nem quis ver o plano.

As pessoas pensam que metas desafiadoras podem ser atingidas por convicção ou esforço extra. Desta maneira não vamos suportar o embate internacional que estamos travando em nosso próprio território. É necessário mudar a nossa maneira de pensar. É necessário "dar um estalo" ("insight") e perceber que o mundo mudou e que não é mais possível gerenciar apenas por bom senso, repetindo, sem críticas, as praticas do passado.

Neste novo mundo que se apresenta para nós brasileiros é necessário perceber que a capacidade gerencial é o maior recurso de uma empresa. Isto significa capacidade de ATINGIMENTO DE METAS. O bom gerente, neste novo mundo, não é aquele que sabe tudo e que dá ordens. Pessoas que julgam que sabem tudo e que gostam de dar ordens acabam por prejudicar a sua empresa ao privarem os outros de dar a sua contribuição. O bom gerente é, antes de mais nada, um bom líder e uma pessoa que sabe selecionar e conduzir uma equipe que tenha as competências técnicas necessárias para se alcançarem os resultados importantes para a sobrevivência da organização. Normalmente o gerente não tem e nem precisa ter estas competências técnicas.

Quais são, então, os requisitos de um bom gerente? No meu entender são basicamente dois: liderança e conhecimento do método de gestão (entendimento pleno do que é um "sistema de gestão"). Portanto, um bom gerente pode trabalhar em qualquer lugar, desde uma fábrica de sabão até um hospital. Este é o gerente que procuramos moldar na Fundação de Desenvolvimento Gerencial.