Artigos Variados

terça-feira, 30 de junho de 2015

Políticos, os velhos hábitos continuam

Os gestores de municípios ainda enxergam a Prefeitura como uma máquina de locupletar-se juntamente com seus parentes e amigos em vez de ser um órgão cujos donos são os munícipes e que foi eleito para administrar as finanças e obras em suas cidades.

Reportagem do Jornal Cinform de Aracaju onde vem tecendo críticas a esses gestores por não enfrentarem a crise financeira que estamos vivendo por continuarem mantendo hábitos politiqueiros em vez de planejar e aplicar soluções efetivas mesmo que tais medidas sejam impopulares.
Posso afirmar sem margem de erro que isso acontece no país inteiro. Vemos os desvios nas prefeituras e aqueles que também são pagos pelos nossos impostos para serem os olhos dos munícipes, que são os vereadores, entram em conchavo e tocam sua legislatura também sem prestarem contas àqueles que os elegeram.
 
Quando sairemos desses problemas? Estamos precisando de uma mão de ferro ditatorial para corrigir esses desvios? Ou buscaremos cada um de nós valorizar sua única e contundente arma para combater essa malandragem?
 
Alguns poderão dizer que mesmo valorizando nosso único recurso, o voto como arma contundente, demoraremos muito para corrigir esses problemas que foram criados por nós mesmos ao ficarmos quietos e não reclamarmos dessa bandalheira que se abateu sobre todos, que é o mal uso de recursos públicos e os desvios desses em forma de corrupção.
 
O pior é que esses "alguns" têm razão.
 
 


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Nosso amor aos animais - Babi e Cléo

 Geraldo Duarte*
 
Há dezoito anos, minha mulher e eu moramos de favor. Hóspedes de Babi e de Cléo, assumidas donas da residência.Babi, sergipana, estrábica, educada, recatada e pouco afeita às visitas. Desde 1998 convivíamos.
Cléo, cearense, vive a contar de 1999. Temperamento diverso daquela, atirada, de interação fácil com conhecidos e estranhos, além de reclamante.
Tais diferenças comportamentais confirmam o princípio que energias contrárias atraem-se. Sempre unidas. Poucas e passageiras rusgas. Completavam-se na domesticidade.
Nós quatro, diuturnamente, estávamos juntos e interagindo.
Acometida de falência múltipla de órgãos, hospitalizada, Babi faleceu no último dia 20 e fez-se ao Oriente Eterno das Inteligências Animais. Viveu 88 anos e 2 meses, pois um ano do ser humano equivale a 4,9 de um felídeo.
Estamos em momentos de forte saudade. Por todos os lugares a enxergamos. Presente no gabinete ao lado do computador. No braço da poltrona, acompanhando as leituras dos jornais e livros e, até, durante as feituras destes artiguetes. Recebendo-me nas chegadas, seguia-me pelo apartamento. Mais parecia canino que felino.
Hoje, Cléo soma 83 anos e 3 meses. Adoeceu. Passou uma semana sem comer ou beber.

Internou-se. Com injeção de soro e medicamentos convalesce em casa. E não para de procurar Babi nos variados cantos que ela, quase exclusivamente, usava.
Maria do Livramento, nossa secretária do lar, amante e criadora de bichanos, para quem Babi e Cléo “não falam para não dar recados”, ficou muito sentida e, agora, redobra atenções a “Quequéo”.
Grato por sua inesquecível e feliz companhia estimada “Babita”!
 
                                  *Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

sábado, 27 de junho de 2015

A República esfacelada

Cada vez mais os que fazem oposição ao governo trabalhista e popular do Partido dos Trabalhadores passam o atestado de conduta sectária aos moldes da ditadura militar que mandou prender e esfolar. Na república do dr. Moro não existe um STF e se existe está com mêdo de enfrentar um rapazinho que queria está em seu meio se Aécio tivesse ganho a eleição. Como perdeu, está agora ensandecido.
Se a sociedade brasileira, falo da dígna e não da golpista (leia-se Orgs. Globo, Estadão, Veja, Folha de São Paulo e todos aqueles que os apoiam em suas invencionices e que acreditam nelas), não atentar para esses "recados" que são diariamente transmitidos como o início de um "golpe paraguaio" que a oposição por não ter força para ir às armas querem tirar o governo de 54 milhões de brasileiros que votaram em Dilma.
Factóides como o da visita de Aécio e comitiva de puxas-saco, as delações "premiadas" que são segredo de justiça chegando seletivamente à imprensa golpista, um juiz que se arvora em justiceiro (o Barbosa correu!), delegados da PF com preferência eleitoral misturando com lei, Procuradores usando também suas preferências eleitorais, tudo chafurdando na lama da incompetência.
Se essa advogada da Construtora levar o caso para a Corte Internacional, constituirá na maior vergonha que o STF passará depois da vergonhosa ação contra o "mensalão" em que condenou sem provas homens que no passado lutaram contra essa mesma direita golpista e militares usados, para acabar com a República Democrática do Brasil a partir de 1964.
Não podemos aceitar essas barbaridades sob pena de estarmos fadados a nunca sermos uma sociedade democrática onde todos estão debaixo da lei, que infelizmente está sendo pisada por não termos um STF republicano.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O beato Pedro Batista e sua comunidade no sertão baiano

 O município de Santa Brígida recebeu este nome em 16 de julho de 1817. Até então, ele era conhecido como "Itapicuru de Cima". A história da cidade começou quando um fidalgo português, Antônio Manoel de Souza, se casou com uma brasileira chamada Brígida. Após a morte da mulher, o fidalgo, que era proprietário de terras, decidiu doá-las e, no ato da escritura, mudou o nome para o de Santa Brígida.
 
Em 1940 Santa Brígida já era um pequeno povoado do município de Jeremoabo, com raras casas de barro cobertas de palha. Tinha apenas um criatório de bodes e cabras. A cidade tornou-se conhecida pela passagem de Lampião ao local, por ser a terra de Maria Bonita.
 
 Em 1942, outro fato chamou atenção para o município, quando um penitente chegou à cidade pregando e curando as pessoas. O penitente se chamava Pedro Batista da Silva, e ficou conhecido por sua sabedoria em dar conselhos, efetuar curas e livrar pessoas dos maus-espíritos. O fato atraiu diversos romeiros ao município, o que o credenciou a ser incluído no Roteiro Turístico e Cultural Religioso Nacional. 
A Casa do Beato Pedro Batista, fica localizada onde se encontra o memorial do beato e que é considerado um referencial da cidade. Encontra-se no anexo um abrigo de romeiros e uma loja de artesanato que divulga o trabalho dos moradores.
 
 
O beato Pedro Batista e sua comunidade no sertão baiano
Professor Gil Francisco
 
“Aqui, todos têm que passar nessa mão. É rico, é bom, é pobre, é padre, tudo tem que ter aqui”.   - Pedro Batista
Convidado pelo Ouvidor Geral do Estado de Sergipe, jornalista Luiz Eduardo Costa, para passar a Semana Santa em sua Reserva Ecológica “Santo Antônio”, localizada em Canindé do São Francisco, a 213 km de Aracaju, não resisti ao honroso convite por vários motivos: primeiro por ter recusado anteriormente a acolhida companhia do amigo por motivo de saúde, segundo por quer rever aquela comunidade após seis anos numa rápida estada, terceiro tinha esperança em conhecer o município baiano de Santa Brígida, onde nasceu no povoado de Malhada Caiçara, Maria Bonita, companheira do bandoleiro Virgulino Lampião, terra onde viveu o beato Pedro Batista. No domingo, 24 de abril, pela manhã, após o café que mais parece um almoço, mesa farta, leite tirado às 4 horas da manhã pelo vaqueiro Zé, coalhada, vários tipos de bolos, cuscuz, doces caseiros, preparado pelo trio esperança; Maria Isaildes, Rosália dos Santos e Dione França, secretárias responsáveis pela organização e manutenção da  fazenda, seguimos com destino a Santa Brígida, localizada na Mesorregião nordeste baiano, eu, Luiz, Silvinha (neta) e seu companheiro Alison, o fotógrafo da família.
Antes da viagem, estivemos na sede do município de Canindé do São Francisco, para uma  entrevista na Rádio FM Xingó – 98.7, com René Alves, apresentador do programa líder de audiência, em Alagoas e Pernambuco, “Hora da Notícia”. Percorremos da sede ao município baiano, cerca de trinta km de estrada de piçarra. Cruzamos durante o percurso com apenas quatro veículos, três carros de passeio e um pequeno caminhão, que retornava de alguma feira num povoado próximo, além de duas motos de baixa cilindradas. Durante todo o caminho não vimos uma só casa de nativos, somente fazendas, algumas com gado outros desertas, mas todas bem cercadas.  Como eu estava curioso, perguntei a Luiz Eduardo, quem eram os proprietários daquelas terras e ele foi nomeando: Fazenda do General, - hoje pertencente ao MST, Fazenda Brejo, famosa por possuir uma fonte mineral, Fazenda do Procurador Moacir, e as fazendas de Maria Marinha, Dr. Roberto e Gabriel.  A paisagem é desértica, é um deserto requestado de agressividades sem par, naquelas terras onde tudo é árido e adusto. Este vislumbre me fez lembrar a descrição fantástica de Ranulfo Prata, sobre o Raso da Cataria, em seu livro Lampião (01): “A sua flora é toda uma espessa trama de dilacerantes espinhos e folhagem urticante. Tecem-lhe impenetrável barreira, como a resguardá-la do invasor, o ouriçado xique-xique, as palmatórias aciculares, a macambira, lanceolada e ríspida, o lacerante mandacaru, o mordente rabo de raposa, o híspido calumbi e o famoso cunanan, cipó enleante, cujo entrançado a foice e o facão custam a desfazer”.
Aparição do beato
Tomei conhecimento da existência do beato Pedro Batista, através da socióloga Maria Isaura Pereira de Queiroz, O Messianismo no Brasil e no Mundo, ganhou, logo após o seu lançamento, repercussão internacional, tendo sido traduzido para o francês (02). Anos depois assistir O Povo do Velho Pedro, dirigido por Sérgio Muniz, documentário (1 hora e 10 mn.) que aborda aspectos da religiosidade do sertão nordestino, especificamente dos municípios de Juazeiro do Norte – CE e de Santa Brígida –BA (03).Fiquei surpreso e intrigado sem entender o porquê de Rui Facó, autor de um dos melhores trabalhos sobre Cangaceiros e Fanáticos, não ter feito nenhuma referência ao beato Pedro Batista (04). Recentemente o jornalista e escritor baiano Elieser César, publicou um longo artigo no Correio da Bahia, na edição de 18 de novembro de 2001 (05).
Pelo ano de 1940, peregrinava pelo interior de Alagoas, Sergipe e Pernambuco um penitente  de barba e cabelos grisalhos pregando e curando: chamava-se Pedro Batista da Silva. Por onde andou, sua fama foi se espalhando e seguidores pedindo-lhe indicação de remédios, ou então que rezasse sobre os doentes. Afirmava-se na época que era natural de Alagoas e por problemas políticos a família mudou-se para Pernambuco, onde se criou e aos dezessete anos, sentou praça servindo não só em Pernambuco, mas também em outros pontos do país com Foz do Iguaçu, participando da repressão contra os jagunços da Guerra do Contestado (1914-1918). O ex-prefeito Antônio França, durante suas pesquisas no Arquivo do Exército, no Rio de Janeiro, confirmou que o Velho Pedro Batista serviu mesmo como soldado no 3º Regimento de Infantaria, sob o comando de Aleluia Pires. E chegou a conclusão que Pedro Batista não tinha o biótipo do nordestino e sim de europeu, e diz ter ele nascido em Guaraqueçeba, litoral do Paraná.
O poeta popular sergipano, João Firmino Cabral (1940), em recente entrevista ao autor, relata seu primeiro e único encontro com o beato Pedro Batista: “Conhecido por beato Pedro Batista ou meu padrinho Pedro Batista, como chamavam os sertanejos que andavam com um rosário no pescoço, dado por ele. Pedro foi um evangelizador do sertão baiano, apesar de ser tido como fanático, assim como Antônio Conselheiro, mas ele foi um homem que pregou a palavra de Deus naquela região. Ele aconselhava muito o povo a não praticar maldade, a não roubar, não matar. Fazia muitos benefícios sociais. Nesta época eu morava em Paulo Afonso, tinha uns treze anos e as segundas-feiras, dia de feira em Santa Brígida eu ia vender picolé. Saía de Paulo Afonso num caminhão mixto (mercadoria e gente). Em certo dia tive a oportunidade de conhecê-lo e ele estava sentado numa cadeira de tiras de couro, protegido por seus seguidores religiosos. Dei a benção como todos faziam e ele respondeu: seja feliz, você vai ser um menino do futuro. Eu fiquei todo eufórico, como diz o pernambucano, todo ancho. Desse dia prá cá não vi mais Pedro Batista, mas sempre ouvi as suas histórias, inclusive nos anos sessenta, após sua morte, retornou vários pistoleiros a Santa Brígida e o povo dizia: se meu padrinho Pedro Batista fosse vivo esses pistoleiros não se criavam em Santa Brígida, porque ele era inimigo dos pistoleiros. Mas Pedro Batista foi sem sombra de dúvida e sem fanatismo, um evangelizador do povo do sertão, abandonado pelos políticos. Na época já se dizia que ele não era baiano, vivia em Santa Brígida desde os anos quarenta e o povo o considerava um santo, como considerou Padre Cícero, Antônio Conselheiro. Amigo e conselheiro do povo, qualquer problema que o povo necessitasse ia a ele para apreciação. Quando haviam secas prolongadas o povo se deslocava até Santa Brígida em busca de socorro, sempre recorrendo aos benefícios do beato que o ajudavam como podia. Assim viveu Pedro Batista até quando foi chamado à eternidade”.
Santa Brígida
Rota de passagem do bando de Lampião, o município de Santa Brígida, com 595 km², distante de Salvador 430 km, sobre sua origem, conta-se que uma senhora brasileira de nome Brígida casada com Antônio Manoel de Souza um grande proprietário de terras da região do Itapicuru, faleceu durante uma viagem a Portugal. Desolado, o esposo resolveu doá-las e no ato da escritura mudou o nome para o de Santa Brígida, em 16 de julho de 1917.  Em 1940, Santa Brígida já era um pequeno povoado do município de Jeremoabo, com algumas casas de taipas, cobertas de palhas. Depois outro fato chamou atenção para o povoado quando ocorreu a chegada em 14 de junho de 1945, do beato peregrino Pedro Batista, tinha como objetivo formar a romaria e desenvolver a agricultura como meio de subsistência para as famílias que ali residiam.
Ao chegar a Santa Brígida com todas as características do “beato” tradicional (barba e cabelos longos, bordão de peregrino), a sua presença foi denunciada às autoridades municipais e regionais, temendo ser um novo Antônio Conselheiro. Com a fixação em solo baiano, Pedro Batista da Silva, provocou o crescimento do povoado, atraindo inúmeras famílias, inclusive de outros Estados. A migração para Santa Brígida ocorreu também em função das oportunidades de negócios decorrentes da aglomeração de pessoas em torno de Pedro Batista, que proporcionou o desenvolvimento agropecuário na região.  O município foi criado com o território do distrito de Santa Brígida, desmembrado de Jeremoabo, por força da Lei Estadual de 27 de julho de 1962. A sede, criada distrito em 1953, foi elevada à categoria de cidade quando da Lei que criava o município.
O andarilho revelou dotes de economista e administrador, encarregando-se de prover o sustento de sua gente, fomentando o trabalho coletivo, os mutirões, conhecidos por “batalhões”. Estimulou o plantio de algodão, palma e melancia. Esses batalhões também serviram como mãos de obra para a roçagem das terras do coronel João Sá e dos principais fazendeiros da região. Para facilitar à venda dos produtos agrícolas excedentes nas feiras de Jeremoabo e Paulo Afonso, Pedro Batista comprou dois caminhões (06) Estimulou a criação de gado e comprou um gerador de energia elétrica, instalou um hotel para abrigar romeiros e visitantes, além de criar duas escolas primárias na sede do município.
Algumas das regras básicas para a convivência na comunidade eram: Não se permite que fumem; nem que bebam; nem que se percam em farras; nem que andem armados. O chefe Pedro Batista não admite que se desobedeça as suas orientações, mas permitia entre os penitentes a Dança de São Gonçalo, considerado santo casamenteiro das Velhas e sua festa se realizava em Amarante (Portugal) a 10 de janeiro.  O Padrinho fornecia dinheiro para que pudessem ser comprados os aviamentos do grupo de dançadeiras de São Gonçalo, para as apresentações durante as novenas. Aqui se destacam principalmente as promessas de chuva, as promessas de doenças:
 Nas horas de Deus, amém
 Padre, Filho, Espírito Santo,
 É a primeira cantiga
 
 Que a São Gonçalo eu canto.
 
 Na época, Pedro Batista foi considerado o maior agricultor de Santa Brígida, possuidor das fazendas da Oliveira, da Gameleira e do Batoque, além de vários lotes menores comprados. Segundo artigo publicado em Salvador, no jornal O Estado da Bahia, de 12 de julho de 1954, diz que “antes da chegada de Pedro Batista contava aquele arraial cerca de oitenta casas; hoje graças ao velho Pedro Batista e aos seus romeiros, santa Brígida conta com mais de trezentas casas. A área cultivada em toda a zona de Santa Brígida, que não excedia a duas mil tarefas, hoje conta nunca menos de doze mil. Para se ter uma idéia do Progresso agrícola de Santa Brígida, depois da chegada do velho Pedro Batista, basta que se diga que a produção de farinha de mandioca, feijão e milho é superior ao consumo de todo o município de Jeremoabo”.
Segundo a socióloga Maria Isaura, entrevistando em 1956, Jacó Marques da Silva na época com oitenta e um anos, diz: “que era ele o dono de Santa Brígida, que foi dada como sesmaria a um seu ascendente. Foi ele quem organizou a feira em 1912, e a manteve até pouco tempo; mesmo perdendo dinheiro, levava mantimento para vender na feira, porque queria que seu lugar tivesse importância” (07). Contando com menos de vinte mil habitantes, Santa Brígida hoje é um dos municípios mais pobres do Estado da Bahia, sobrevive basicamente do repasse do Fundo de Participação dos Municípios.
Terra de bandoleiros
Antiga terra de ninguém, por onde andaram ladrões, assassinos, pistoleiros e cangaceiros e deixaram no povoado a marca da brutalidade. Maria Isaura, assim descreve: “Lugar mal-afamado, briguentos e vingativos eram seus habitantes; qualquer pequena discussão dava lugar a assassinatos. E como todos eram mais ou menos parentes tios matavam sobrinhos, irmãos e primos matavam-se entre si” (08). Nos anos cinqüenta, a cidade vivia entre os rosários da fé e do crime, época em que atuou em Santa Brígida, um dos maiores facínora da região, o bandido Pedro Grande (1951 a 1957), que juntamente com seus filhos espalharam o terror nos sertões baianos, cometendo 52 crimes, sendo 32 homicídios, 12 latrocínios e oito assaltos. Dizem que Pedro Grande era um homem comum, ordeiro e trabalhador, até sofrer uma emboscada de pistoleiros, num dia de feira. Recuperado, se armou para se vingar. O poeta popular João Firmino Cabral (1940-2012) juntamente  com o pernambucano Sebastião Leão, conhecido por Tantão, registraram as atrocidades de Pedro no folheto publicado em 1966, Prisão de Pedro Grande, de seus filhos e Heron:
 Ajudai-me Santa Musa
Com teu suave som
 Que vou escrever um livro
 Com meu inspirado dom
 
 A prisão de Pedro Grande
 
Seus filhos e Heron.
 
 Pedro Grande com seus filhos
 
 Um por nome de Eurides,
 Corriam assustados juntos
 Eugênio e Eronides
 
No encalço da tropa
 
Vinha o tenente Melquiades.

 
Firmino nos conta que quando morava no município de Paulo Afonso, recém casado, um fato interessante se deu com ele em junho de 1965: “Peguei um carro (pau-de-arara) na boca da noite no povoado Mulungu, vizinho a Paulo Afonso, com destino a Jeremoabo, onde eu morava. Numa parada adiante, subiram três pessoas: o mais velho estava vestido de mescla azul e dois rapazes. Enquanto eles conversavam eu cuidava da minha mala de folhetos. De repente o cidadão mais velho perguntou  - o senhor é daqui? – Não, sou de Jeremoabo, mas conheço a região muito bem. – Você já ouviu falar de um pistoleiro de Santa Brígida, um tal de Pedro Grande? Tem três filhos que são três ferras, mata o povo e enterra as pessoas vivas. – Já ouvi falar. –  O senhor o que acha deles? – Nunca me fizeram mal, não tenho nada com nenhum dos três. – Também ele tem um amigo Heron, mora em Jeremoabo onde você mora, ele é um sanguinário. – Também não conheço, ouvi falar desse homem, nunca me fez mal. Entro e saio de  Jeremoabo, trabalho na feira, domingo vou para Malhada Nova, segunda para Carira vender meus folhetos. Se fez mal a alguém. A mim não fez nenhum. Como também esse Pedro Grande que o senhor está falando, nunca me fez mal, não tenho nada contra nenhum deles. Se fizeram alguns mal deve ter suas razões, não posso denunciá-los porque não fizeram nenhum mal a mim ou aos familiares. Quando se aproximava a parada do km 40, local onde eles iriam descer, o mais velho bateu no meu ombro e disse: gostei de ver, você está falando com Pedro Grande, esses são meus filhos, falta um que é recém casado. Gostei da sua posição é assim que homem faz. Você sabe o que poderia lhe acontecer se falasse mal deles? Eu ia mandar você descer do carro e matar aqui mesmo, mas você é um menino homem. O que disse foi uma beleza, porque ele nunca lhes ofenderam. Está convidado a descer conosco para jantar nesse hotel da gente. – Agradeci e disse-lhe que minha esposa estava me esperando, inclusive estou levando uma carne que comprei em Paulo Afonso. Mas um dia venho visitar os senhores. – Respondeu ele, você será bem vindo, chegando procure o hotel de Pedro Grande. Pegou na minha mão e me abraçou e perguntou precisa de alguma coisa do seu amigo? – Não só desejo que o senhor seja feliz, muito obrigado. Como disse anteriormente, eles, desceram no km 40 e eu segui minha viajem.”
Pedro Grande
A história criminosa de Pedro Grande teve início no povoado do Minuino, pertencendo a Jeremoabo, onde ele morava localizado a 20 km de Santa Brígida. A acusação de destruir um cercado feito numa cacimba tinha conotação política, pois Pedro Grande estava sendo hostilizado por grupos que não contavam com o seu apoio nas eleições. Levado para a delegacia de Santa Brígida foi agredido e proibido de portar arma enquanto viesse à sede. Em agosto de 1951, durante um dia de feira em Santa Brígida, Pedro Grande cercado por vários homens foi baleado dezoito vezes.
Segundo depoimento de Lindoaldo Alves de Oliveira, prefeito de Santa Brígida de 1966 a 1972, “eles foram atirando, atirando até que Pedro caiu. Eu sei que Pedro ficou com 18 ferimentos de tiro. 18 tiros no corpo, mas nenhum pegou em parte que tinha para matar. O braço quebrou, o braço esbagaçou. Acabaram achando que morria. Mandaram chamar aqui os parentes; os parentes foram aí não deu tempo para matar Pedro. Mandaram um carro aqui, o carro não coube ele, aí voltaram e trouxeram outro maior. Eu sei que quando ele recebeu os primeiros socorros, os tiros foram no domingo, ele veio receber na terça os primeiros socorros”.
Pedro Grande ficou internado em Paulo Afonso durante uma semana, quando foi informado que seus algozes iriam invadir o hospital para concluir o serviço. Temendo por sua vida foi ajudado por um parente e fugiu do hospital para um esconderijo. Após recuperação, deu início à vingança contra os seus agressores, matando a todos os que não conseguiram fugir para Sergipe. É desta forma, que Pedro Grande passa de vingador a realizar crimes como pistoleiro e transforma-se num mito da região. O General Castelo Branco quando assumiu a presidência da república, ordenou a prisão de Pedro Grande e seus filhos de qualquer maneira, caso não acontecesse, seriam destituídos muitos oficiais do Exército Brasileiro, envolvidos na sua captura. Contando com a ajuda de vários jipps William, que entravam facilmente na caatinga, local de esconderijo do bando de pistoleiros, foi possível prendê-lo juntamente com seus filhos, Eurides, Eronides e Eugênio, em fins de 1965. A prisão foi realizada pelo Exército Regional de Paulo Afonso, sob o comando do tenente Melquiades, após várias tentativas para prendê-los, os bandoleiros escapavam sempre pelos esconderijos da região.
Devido ao grande noticiário da imprensa estadual, sobre a prisão dos bandoleiros, é que Pedro Firmino teve a idéia de escrever um folheto sobre a grande história do momento na região, assim surgiu o folheto, “A Prisão de Pedro Grande e seus filhos e Heron” que foi impresso em junho numa gráfica em Paulo Afonso, com uma tiragem de cinco mil exemplares, vendida toda edição em plena feira (sexta e sábado), pois todos queriam saber sobre Pedro Grande.  Na segunda feira seguinte, como de costume, Firmino foi vender o restante dos folhetos em Santa Brígida. Abriu a mala e espalhou os folhetos no chão: “De repente apareceu um cabo de polícia me proibindo que continuasse a vender os folhetos, disse-lhe que eu vivia daquilo, era meu único sustento. Ele engrossou e quis me prende, justificando que Pedro Grande não era pistoleiro. O que fez foi uma vingança. Continua – Minha sorte foi que nesse dia estava presente o pessoal do Exército de Paulo Afonso, camuflado, no encalço de mais pistoleiros.” Realmente o poeta teve muita sorte por encontrar um soldado que logo relatou o fato ocorrido, e este foi até o cabo e perguntou o que ele tinha a favor de Pedro Grande e seus filhos para proibi a venda dos folhetos. Resolvida a questão o poeta popular retomou ao ponto e continuou vendendo seus cordéis, inclusive se recordar de ter vendido dois exemplares a própria esposa de Pedro Grande, que estava acompanhada do filho de uns dez anos.
Após cumprirem pena de Pedro Grande e seus filhos, um jornal de Salvador, estampou a seguinte manchete: “Possível volta de Pedro Grande aterroriza o sertão”. O bandoleiro Pedro Grande residia no Estado do Pará até ano passado (2010) quando faleceu, mas freqüentemente visitava Canindé do São Francisco (SE), onde tinha vários parentes, inclusive um dos seus filhos reside até hoje.
Exercício Político
As melhorias conseguidas por Pedro Batista eram para elevar o nível de seu povo; conseguiu a nomeação de uma professora estadual e de um professor municipal, além de doar ao Governo Federal uma de suas fazendas, a “Gameleira”, para ali ser instalado um núcleo de colonização que proporcione aos romeiros ensinamentos agrícolas. Pedro conseguiu ainda, um juizado de paz e um cartório de Registro civil.
Seu papel é o de prefeito da localidade, de administrador local, bem como constitui a autoridade policial e judicial. Nada no município se passa sem que Pedro Batista tenha sido primeiramente consultado e ouvido. Pedro também funcionava como uma espécie de Banco de seus romeiros e de todos os que recorrem a ele. Contam os mais velhos do município, que os beneficiados pagavam de acordo com o ganho, sem juro algum.
Devido à repercussão de suas atividades benéficas entre os romeiros, o Chefe Pedro Batista, passou a ser tratado por seus seguidores de Padrinho, (muitos acreditavam ser ele, a reencarnação de Padre Cícero) tratamento de superioridade, atribuído por gratidão e respeitos dos fiéis. A socióloga Maria Isaura inclui o beato Pedro Batista nos “Movimentos Messiânicos Rústicos”, por está vinculado à vida rural do país. No Maranhão, por volta de 1940, o místico José Bruno de Moraes se instalou em Nazaré do Bruno e exerceu chefia econômica semelhante à de Pedro Batista.
Madrinha Dodô
Com a morte de Pedro Batista em 11 de novembro de 1967, vítima de câncer, Madrinha Dodô deu continuidade em seus ensinamentos e obras de caridade. Nascida em 08 de setembro de 1902, recebeu o nome de Maria das Dores, era natural do povoado Moreira, município de Água Branca, no Estado de Alagoas. Filha de família camponesa, desde cedo já demonstrava interesses pelas doutrinas religiosas. Aos doze anos, acompanhou o Padre Cícero em suas missões. Com a morte do beato cearense  (1844-1934) em Juazeiro, a igreja católica passou a reprimir o fanatismo religioso no nordeste.  É nesta época que aparece o peregrino Pedro arrastando multidões pelos sertões adentro. Entre os seguidores estava Maria das Dores, que passou a chamar-se de Madrinha Dodô, acompanhando o líder religioso, ora ensinando rosários, benditos, cantigas de louvor e penitência. Madrinha Dodô faleceu em 28 de agosto de 1998, aos noventa e seis anos, em Juazeiro do Norte - CE.
O jornal Tribuna de Juazeiro – Juazeiro do Norte (CE), de 23 de outubro de 1966, noticiou à ajuda de mantimentos enviados pelos romeiros de Santa Brígida, sob a liderança de Madrinha Dodô:  “Fato excepcional e digno de nossos elogios aconteceu a semana passada aqui. Um caminhão cheio de alimentos (sacos de arroz, feijão, açúcar, sal, leite e mais de 100 quilos de carne de gado) chegou ao abrigo dos Velhos mantidos pelo SAM. O carro veio da Bahia, mais precisamente de Santa Brígida; foi mandado pela generosa senhora Maria das Dores dos Santos, romeira de Padre Cícero. É que a referida senhora, quando aqui esteve por ocasião da festa da Padroeira, visitando o abrigo do SAM, condoeu-se dos seus hóspedes e prometeu mandar o mais breve possível um carregamento de alimentos num caminhão. Isto ela disse aos jornalista Walter Barbosa, presidente da Sociedade de Amparo aos Mendigos (SAM). Dona das Dores é senhora idosa, sexagenária, humilde,católica e de coração generosíssimo. Sendo bastante conhecida e admirada no sertão de santa Brígida, não teve dificuldades em conseguir junto aos romeiros do “Padim Ciço”, ali residentes toda espécie de mantimentos indispensáveis ao sustento diário daqueles pobres velhos que moram no abrigo de Juazeiro”.
 
Memorial
O Centro Cultural Pedro Batista, composto de museu, biblioteca e fototeca, mantido pela Prefeitura de Santa Brígida, cuidam do memorial e zela pela memória de Pedro Batista. Localizado na Principal Praça do município, que leva o mesmo nome do beato. Na Praça há um busto do beato Pedro Batista e uma estátua de Madrinha Dodô. No Memorial estão todos os objetos do beato. O retrato dele em sua própria cama, o quarto intacto, de Madrinha Dodô e peças mais simples, como rosários e roupas. É possível encontrar também no museu alguns documentos como: Proposta de empréstimo agrícola junto ao Banco do Nordeste do Brasil S/A, datado de 15 de dezembro de 1955; Documentos fiscais da firma de Pedro Batista, autorizados pela Coletoria Estadual de Jeremoabo; Documentos fiscais referentes ao pagamento de Imposto Territorial Rural à prepostos da Coletoria Estadual de Jeremoabo; Contrato de empréstimos bancários junto ao BNB para financiamento de suas atividades agrícolas; Livro com registro de custos das obras coordenadas por Pedro Batista; Cartas escritas pelo Coronel João Sá destinadas a Pedro Batista.
Desde 1963 que o beato já sentia sinais da doença e no último ano de sua morte não conseguia ficar de pé, nem correr sozinho. A má aplicação de uma injeção para combater a infecção urinária acabou por prejudicar mais a sua locomoção.  O beato faleceu em 11 de novembro de 1967, vitima de uma infecção urinária provavelmente decorrente de problemas na próstata. . Seu corpo encontra-se sepultado no cemitério São Paulo, em Santa Brígida. 
A Paz
Foram dias memoráveis na Fazenda Santo Antônio e as gentis companhias do anfitrião, Luiz Eduardo Costa e seus convidados: o escritor Alcino Alves e seu filho, Deputado João Daniel e esposa, Paulinho Costa e esposa, Frei Enoch e outros.
Espero receber em breve, um novo convite para atualizarmos os papos literários e políticos e desfrutar dessa paz que a gente só encontra na morte, no céu, cercado por anjos, bem como revisitar Santa Brígida, para observar melhor alguns aspectos daquela comunidade que ainda me deixa intrigado e quem sabe, reescrever essas observações, obtidas ligeiramente numa primeira visita. Aliás, uma semana antes da minha ida a Santa Brígida, o vice-governador Jackson Barreto, esteve naquele município levado por Luiz Eduardo, para conhecer a devoção de Pedro Batista, que continua forte em Santa Brígida.

 01 Lampião. Ranulfo Prata. Rio de Janeiro, Ariel, 1934.
 02 O Messianismo no Brasil e no Mundo, Maria Isaura Pereira de Queiroz. São Paulo, Editora da 03 Universidade de São Paulo, 1965. Rio de Janeiro, Editora Alfa-omega, 2ª Ed. prefácio de Roger Bastide, 1976.

03 O Povo do Velho Pedro, dirigido por Sérgio Muniz, 1967. Filmado durante a semana Santa de 1967 e julho do mesmo ano, com apoio do Centro de Estudos Rurais e Urbanos e do Instituto de Estudos Brasileiros, ambos da Universidade de São Paulo.
04 Cangaceiros e Fanáticos. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1960.

05   Pedro Batista, Elieser César. Salvador, Correio da Bahia, 18 de novembro de 2001, republicado em Memórias da Bahia –II, Correio da Bahia, nº6, 2004.
06 -  Santa Brígida encontra-se no meio do caminho, entre Jeremoabo e a sede de Paulo Afonso.

07 -  O Messianismo no Brasil e no Mundo, Maria Isaura Pereira de Queiroz.
08 -  O Messianismo no Brasil e no Mundo, Maria Isaura Pereira de Queiroz.

Referências Bibliográficas
IRDEB-TVE-BAHIA. Pedro Batista o Conselheiro que deu certo. Salvador, 1997.

OLIVEIRA, João de. A Vida e Morte de meu padrinho Pedro Batista da Silva – cordel, 1970.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira. Sociologia e Folclore: A dança de São Gonçalo num povoado baiano. Salvador, Livraria, Editora Progresso, 1958.

O Messianismo no Brasil e no Mundo. São Paulo, Editora Alfa-Omega, 2ª edição, 1976
SILVA, Z. Apóstolo. A vida de Zezito Apóstolo da Silva – líder dos romeiros do Beato Pedro Batista. Salvador, EGBA/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, 2002

Parte desse artigo foi copiado do blog de Cláudio Nunes que atua no jornalismo de Sergipe e o recebeu para publicação do também jornalista, professor universitário, Diretor de Imprensa da ASI, membro do IHGSE e do IGHBA Professor Gil Francisco.

Tempos de espinhos

 
Quando passeio pelas redes sociais vejo cada vez mais a sociedade afastar-se de seu local de moradia para fixar suas críticas em determinados alvos do topo da cadeia política que estão no governo federal e esquecem dos buracos das ruas de suas cidades, da iluminação precária de suas ruas, dos aumentos de impostos estaduais e municipais que cada vez seus deputados estaduais e vereadores aprovam a pedido de seus governadores e prefeitos, da sujeira que a empresa de limpeza urbana não faz, da segurança que não é das melhores, da falta de merenda escolar para as crianças, por desvios das verbas públicas, por insuficiência de professores, escolas, policiais, hospitais, maternidades, enfim, de toda uma estrutura estadual e municipal a serviço da sociedade local.
 
Se continuarmos achando que só vamos melhorar se atacarmos esses que estão na esfera federal, estaremos fazendo uma onda que se torna marolinha e não tem força para mudar nada. É lógico que devemos criticar também o governo federal por sua má situação, mas se não fizermos críticas e cobranças nas administrações estaduais e municipais nunca sairemos dessa situação.
 
Reparem bem e vigiem os atos dos que vocês elegeram como seu Governador, Prefeito, Deputado Estadual e Vereador para seu município. Ponham a boca no trombone e comentem sobre sua sociedade local e faça chegar aos seus candidatos eleitos sua opinião e vocês verão que as coisas podem mudar pois eles sabem que poderão não mais ter seu voto.
 
Só temos como armas o nosso voto e nossa voz.
 
Nossa voz pode ser replicada e amplificada. Experimenta fazer isso e verá melhores resultados. Acostume-se a abrir as páginas dos órgão que fiscalizam o dinheiro de seu estado e município. Cobrem mais localmente, mas continue a criticar com argumentos e não xingamentos e verá o resultado mais rápido.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A JUSTIÇA PRECISA SER LAVADA COM Q-BOA

Tudo que você sempre quis saber sobre como melar um processo judicial mas tinha medo de perguntar Por Rogério Dultra, em seu blog Democracia e Conjuntura.
 
Imagine que você é um juiz criminal e tem dois objetivos: a) transformar-se em herói nacional, prendendo grandes executivos, parlamentares e donos de grandes empresas com estardalhaço e em rede nacional, e, ao mesmo tempo, b) contribuir para destruição de um agrupamento político importante, porém incômodo, abrindo o caminho para que as assim consideradas elites tradicionais retomem o controle do Estado.
Estes dois alvos, veja, são complexos e trazem um sem número de efeitos colaterais. Deverá evitar, acima de tudo, que os danos se voltem contra você.
Mas a receita do sucesso é relativamente simples: feche negócio com o Ministério Público, que geralmente quer ver qualquer coitado que passa pela sua frente nas grades; transforme-se em associado eletivo e fonte de informação privilegiada para jornalistas da grande mídia e, o ingrediente fundamental da receita, mele o processo, isto é, evite que ele prospere para além dos factóides que você irá criar.
Isto mesmo. Se você quer: a) aparecer de paladino da justiça, b) produzir dezenas de imagens simbólicas de empresários algemados e passando necessidade atrás das grades e, no final do tempo que você quiser, c) criminalizar e, ao final, sepultar o maior partido de massas do país, abrindo as portas para o modo usual de governo das elites, faça de tudo para que ninguém seja de fato condenado. Um rico algemado no jornal de hoje vale mais que mil políticos condenados não se sabe quando e nem por quem.
Estabelecidas as linhas gerais, preocupe-se com os detalhes.
Um pormenor de peso é o seguinte: uma coisa é o processo penal e outra coisa completamente diferente são os direitos previstos na Constituição. No processo, esses direitos não precisam ser obedecidos. Como você é um juiz e não um constitucionalista, nem defensor de direitos humanos para bandido, não se importe com a Constituição nem com o “devido processo”, ou mesmo com o “princípio” da legalidade (pois é só um valor), com a ampla defesa, nem com esse negócio de presunção de inocência. Se há presunção é porque os indiciados e réus têm culpa no cartório. Em resumo: não perca tempo com direitos fundamentais. Deixe isto para os Ministros do STF (mas lembre-se, o ideal mesmo é que este processo nunca chegue lá. Você não precisa disto: a ideia é que a República caia antes).
Outra coisa relevante: nunca prenda ninguém com base em provas. Para que perder tempo e dinheiro público com investigações infindáveis, análises contábeis, escutas autorizadas, perícias de documentos, softwares, imóveis e contas, ou com testemunhas inalcançáveis. Prenda sem motivo. A doutrina o autoriza a fazer isto. Até mesmo a associação de magistrados vai apoiar a sua conduta. Praticamente todos fazem a mesma coisa. A diferença importante é que você vai fazer com ricos e políticos. Ma non troppo. Lembre-se: é tudo fogo de palha.
Agora, se você quer mesmo brilhar em cada passo, preocupe-se que, em todos os movimentos da Polícia Federal, em cada conversa de seu grupo de Procuradores com a mídia e em cada folheada dos autos em segredo de justiça sempre vaze uma coisa. Pode ser um nome, ou melhor, uma lista de nomes de políticos que supostamente poderiam ser investigados, uma conta na Suíça (mesmo que declarada no Imposto de Renda), um bilhete que seja. Cada vazamento gerará uma avalanche de suspeitas, de teses, acusações e defesas que permitirão que os seus réus sejam vistos sempre como mais culpados e mais criminosos. E isto tudo sem que você precise escrever uma linha.
Vão questionar os seus procedimentos. Afinal, ricos e poderosos geralmente têm bons advogados. Mas, lembre-se, você tem a mídia ao seu lado! Uma notícia de primeira página abafa a voz de qualquer advogado. Com a amplificação dos telejornais, com a repetição das redes sociais e com a chancela da dos periódicos impressos, as suas hipóteses virarão indícios, as suspeitas, provas e as delações – atente-se para as delações! – serão o combustível para a transmutação de qualquer dúvida em verdade. Afinal, um dedo em riste vale mais que mil análises contábeis.
Outra coisa que vai demandar atenção é o trato com a classe política. Comece perseguindo o segundo escalão. Eles não estão acostumados a lidar com o mundo do direito. Se aproveite disso. Como você precisará de apoio nas cortes superiores para chegar ao estrelato, não se esqueça de bajular os Ministros do Supremo. Dê presentes para eles em forma de militantes presos. Um militante histórico algemado na Proclamação da República não tem preço. E irão te agradecer por isto. Não colocando nenhum óbice seja na prisão dos tubarões graúdos, seja na sua futura indicação. Pense nisto com carinho. Este é o seu gol.
Mas, lembre-se, não vão deixar você em paz. Se prepare para isto e oriente seus familiares. O silêncio e a constrição são o melhor remédio. Deixe que a mídia faça o seu trabalho. Ela está ao seu lado e irá chancelar cada passo que você der. Ainda assim irão questionar a sua imparcialidade. Finja que não é contigo. Você acabará ganhando algum prêmio empresarial e sairá em editoriais e capas de jornais e revistas como um empreendedor de sucesso! Nem o Tribunal nem mesmo o Corregedor terão coragem de colocar freios em você, mesmo que você acabe falando ou dando declarações esquisitas aqui ou ali. No fundo, estarão todos te aplaudindo (ou com medo da repercussão negativa)!
Apesar de ser a sua finalidade capital, não deixe o sucesso subir à cabeça. Você será convidado para dezenas de conferências, entrevistas, clubes e jantares. Todos o festejarão no supermercado, no shopping, na farmácia. Mas é você que tem a caneta. A responsabilidade da condução do processo é sua. E quando disserem que está na hora de prender um Presidente, pense duas vezes.
Quem faz o trabalho sujo das elites tem prazo de validade. Dura o tempo que é útil. A sua principal tarefa é conseguir sair ileso do processo. Esta é a malandragem suprema. Veja: você irá desnudar como o judiciário realmente funciona – irá desagradar não somente a classe dos advogados, mas aqueles que se fiam que a justiça é correta e imparcial e aqueles que sempre se locupletaram dela mas o fizeram em silêncio; você será o vértice da luta de classes no país, pois o seu processo funcionará como catarse de uma violência social que se acumula há séculos, num país cujas elites são, no fundo, escravagistas; você colocará em questão a ordem jurídica, pois o direito e suas regras atrapalham o desenvolvimento de seu processo; você e o seu processo atacarão frontalmente a ordem democrática, já que a voz das urnas não é a voz que você ouve nas conferências, clubes e jantares – a voz das ruas deve ser calada; e você, caro amigo, você é uma peça substituível – um burocrata numa instituição entupida de burocratas com vontade de poder que nem você.
Então, agora que o seu processo está em andamento, agora que você não pode voltar atrás nem que você queira – e você, convenhamos, não quer –, chegará a hora de encarar o imprevisível. A sua malandragem será ser capaz de improvisar na imprevisibilidade e voltar toda a energia reativa já gerada contra você a seu favor. Esta é a malandragem usual da classe política e da classe empresarial. O seu problema é que você fez direito. Não é nem político, nem empresário. Vai ter que se virar nos trinta. E como dizem no teatro para dar sorte – por que isto tudo, você sabe, é uma pantomima – Merda para você!
 

Como se foge do Diabo

 
Diz Tiago em sua carta aos cristãos: Portanto, obedeçam a Deus e enfrentem o Diabo, que ele fugirá de vocês. - Tiago 4:7 NTLH

De que forma podemos enfrentar o Diabo?

Como podemos fugir dele?

A Bíblia nos dá muitas informações da maneira do Opositor agir e de exortações de profetas inspirados por Deus e também do próprio Filho de Deus que em seus ensinos deu exemplo e ensinamentos aos apóstolos e discipulos. Uma fórmula mais eficaz e podemos dizer que é a mais poderosa, é o Amor.

Se você começar a desenvolver o amor, que "cobre uma grande multidão de pecados" conforme diz São Pedro (1 Ped. 4:8-10) em sua carta aos cristãos espalhados pela Capadócia, Galácia, Ponto, Ásia e Bitínia, tendo intenso amor uns pelos outros, sendo ajuizados e vigilantes, visando as orações, sendo hospitaleiros e usando seus dons recebidos para servir uns aos outros como serviçais ou mordomos excelentes da benignidade imerecida de Deus, que é expressa de diversos modos, sim, você está iniciando da melhor forma o seu combate cristão contra as forças iniquas comandadas pelo Diabo.

O Diabo usa nossas próprias inperfeições tais como registradas por São Paulo aos cristãos da Galácia e quando pede que eles persistam  em andar por espírito não executando nenhum desejo carnal, pois a carne é contra o espírito no seu desejo e desenvolve e manifesta fornicações, condutas sem freio, rixas, ciúmes, inimizades, acessos de ira, contendas e divisões, invejas, acessos de ira, bebedeiras e festanças onde o cristão fica totalmente desguarnecido e presa fácil dos demônios. (Gal. 5:19-21)

Por outro lado, para combater essas imperfeições usadas pelo Diabo, o cristão deverá produzir frutos do espírito, que são o amor, a alegria, a paz, a bondade, longanimidade, benignidade, fé, brandura e portanto auto domínio sobre si, pois se exercermos esses exercícios visando a andar ordeiramente nesses caminhos, estaremos fazendo o bom combate contra as forças demoníacas. (Gal. 5:22-26)

domingo, 21 de junho de 2015

Meu irmão atirou em mim

Estamos vendo hoje, as relações humanas cada vez mais descambar para a violência. Foi-se o tempo em que pelo menos as pessoas escondiam ou não alimentavam tanto o seu 'lobo' violento.
Mas o que vejo mais, são os humanos que têm mais evidência no meio da sociedade, tais como os políticos, os pastores de religiões, alguns do poder judiciário, também alguns nas polícias civil e militar, também no meio artístico e proeminentes comerciantes e industriais, fomentarem de forma descarada seus lados da violência contra pobres, negros, gays e adeptos de religiões de matriz africana.
Isso que estão cometendo é um crime e infelizmente fica sem resposta pois a sociedade como um todo não tem a proteção inventada por ela na forma de entidades públicas de direito tais como as Procuradorias Públicas e Tribunais de Justiça, onde encastelaram-se individuos que estão ali somente para auferir vantagens que seus cargos não lhe conferem a não ser seus salários, que convenhamos, cada vez fica mais caro para quem lhes paga, o povo.
Os exemplos, atitudes e pronunciamento desses move que parte da sociedade absorva esse alimento asqueroso e putrefato que também lhes serve para alimentar seus 'lobos' violentos e temos o que estamos vivendo.
Triste vai ser quando esses pobres, negros, gays, religiosos de matriz afro também passarem a alimentar seus 'lobos' perversos e maus. Ai meus amigos, chegará o dia do ajuste de contas.

sábado, 20 de junho de 2015

Judiciário Cearense sendo passado a limpo

 
ELOGIÁVEL! Seria muito bom para o Brasil se todos os Tribunais de Justiça nos Estados e até mesmo o STF assim o fizesse. Li essa Matéria do jornal O Povo de Fortaleza-CE. 
Faço questão de repassar para os amigos
 

 
"No programa O Povo no Rádio, Valdetário Monteiro, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), disse ontem que “há vinte anos” ouve falar em corrupção no Judiciário cearense.
 
No entanto, foi preciso esperar que Gerardo Brígido assumisse a presidência do Tribunal de Justiça (TJ) para que um juiz, no caso desembargador, tivesse coragem de enfiar o dedo na ferida, coisa que ninguém, incluindo advogados, tivera a ousadia de fazer. Tomar atitude assim implicou enfrentar reações corporativas, além do confronto direto com uma organização criminosa, especializada em devolver para as ruas bandidos do pior tipo. Qualquer pessoa sensata pode avaliar os riscos que o desembargador correu e ainda corre. 

Parece bastante óbvio que o arranjo para favorecer a bandidagem, tendo à frente desembargadores que leiloaram a toga, somente seria possível com o concurso de advogados desonestos. Assim, soa fora de lugar a insistência com que Valdetário repete que Gerardo Brígido teria lançado suspeitas generalizadas sobre magistrados e advogados, um de seus argumentos para interpelar Brígido judicialmente para que “apresente provas” de sua denúncia.

O fato de negócios escusos estarem sendo realizados no TJ, disse Valdetário, “não quer dizer que todo advogado e desembargador que trabalha nos plantões são corruptos”. Por óbvio. E, ao que eu me lembre, ninguém fez tal acusação. Brígido afirmou que havia uma rede organizada para conceder indevidamente liminares - o que vem se comprovando. 

Por isso, a desnecessária ressalva de Valdetário é mera desculpa para exercer seu corporativismo, aparecendo como defensor da honra da categoria. Ainda que Brígido houvesse feito a generalização (que não houve), seria um detalhe de menor importância, frente à gravidade do crime que ele trouxe à luz. E o presidente da OAB deveria saber que quem não sabe diferenciar um mal menor do mal maior, está a serviço do mal."

Plínio Bortolotti
plinio@opovo.com.br
Jornalista do O POVO

A árvore da vida?

Eita que plantinha poderosa e tão combatida! Agora que estão falando em libera-la para a medicina. Por que só medicinal? Ora... porque privará a população de ter sua plantinha para fazer seu chazinho, seu óleo... e também de fumar livremente para aliviar o stress. Têm que fortalecer as empresas e laboratórios de remédios, é o mote para proibir, não é a violência de quem a usa. Inclusive as autoridades deveriam fornecer gratuitamente nos presídios, para acabar com a violência dentro deles e os presidiários ficarem mais calmos. Seria também bom pois viajariam sem que precisassem deixar as celas.
Às vezes, como diz o ditado, 'mal comparando',  me recordo da 'árvore da vida' e da 'árvore do conhecimento do que é bom e mal' registrado na Bíblia, nos diz que os Eloins proibiram quando criaram os seres humanos, deles terem acesso a essas árvores. Mas como proibir acesso ao conhecimento sempre foi contra os direitos individuais, EVA além de comer o fruto, ofereceu a ADÃO que o aceitou. Abriram-se-lhes os olhos e viram que estavam nús.
Quem se arrisca a dizer que nudeza era essa?
 
 
Erva cidreira e camomila pode porque só são calmantes. Marijuana não, pois só a indústria farmaceutica pode manipular.
 
Estive recentemente em Las Vegas e vi muitas placas escritas MARIJUANA e o número de telefone para contato. Não vi ninguém fumando e nem tampouco doidões fazendo arruaça e cometendo crimes. Fui também a algumas cidades do Arizona e também não vi falta de respeito de ninguém por usar a planta como cigarro em público.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Pessoas religiosas trocam a devoção pelo preconceito

O maior profeta que já caminhou na Terra, JESUS CRISTO, disse: “Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade.”
 
Não se pode adorar a Deus e ter suas bênçãos representados por copos de água postos em frente à televisão, vassouras consagradas e abençoadas, lencinhos brancos iguais os dos clérigos que usam para enxugar suor quando estão no púlpito, com o intuito de fazer dinheiro para as igrejas.
 
Também a adoração a Deus não pode ser usada como moeda de troca como vemos na "teologia da prosperidade" ou seja, venha para cá, para essa igreja, doe seu dinheiro e receba benesses de Deus em forma de casas, carros, empresas e saúde.
 
Este grande profeta de Deus, Jesus Cristo, também chegou a dizer: “Guardai-vos dos falsos instrutores religiosos, que se chegam a vós vestidos como ovelhas, mas que na verdade são lobos vorazes. Podeis conhecê-los pelos seus frutos. . . . Toda árvore boa produz fruto bom, mas a árvore podre produz fruto ruim.” - Mateus 7:15-17.
 
Vendo os maus frutos das religiões do mundo, muitas pessoas sinceras passam a encarar a todas elas como ‘árvores podres’, que simplesmente não prestam.
 
Abusos inevitavelmente acontecem quando homens usam sua religião para justificar empenhos egoístas e preferências étnicas, religiosas ou posições outras. É aí que religião e preconceito se misturam.
 
O que surpreende, é a facilidade com que as pessoas religiosas trocam a devoção pelo preconceito. Isso está cada vez mais claro pois as igrejas quando aceitam apenas pessoas de sua preferência, e promovem ódio, violência e terror, fogem inteiramente dos ensinos de Jesus.
 
Os exemplos estamos vendo diariamente na mídia e redes sociais. Urge uma retomada de posições desses que instigam seus adeptos ao ódio em vez de ao amor pregado por aquele que dizem seguir, Jesus.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

LIBERDADES RELIGIOSAS EM PERIGO!

UM VERDADEIRO teste para a nossa sociedade em crise é se combate os religiosos que fomentam o ódio e a intolerância sob pena desses engolirem o governo e a sociedade, pelas representações falsas e alarmistas que talvez tentem usar para eliminar as minorias religiosas que lhes são impopulares.
Terá êxito o Governo e Poder Judiciário, guardiões da Constituição em salvaguardar a liberdade democrática? O Brasil também assinou a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, que garantem a “liberdade de pensamento, consciência e religião”. Todavia, estamos vendo os Pastores Evangélicos que são Senadores, Deputados Federais e Estaduais, fomentarem com palavras e ações sua natureza vil em tentarem  cassar a liberdade religiosa dos cidadãos protegidos pela nossa Carta Magna.
A liberdade de adoração é valiosa quando está inserida na lei de qualquer nação. Mas, a realidade é que alguns representantes escolhidos pelos evangélicos estão tentando restringir e proibir as religiões cujos ensinos eles não aprovam. Estão agora no papel de inquisidores assim como no passado existiu a Inquisição para perseguir aqueles que eram chamados de hereges, simplesmente porque não concordavam com ensinos religiosos.
Essa terrível arma de temor, a Inquisição, foi primeiro forjada em princípios do século treze. Sua finalidade era buscar e punir os hereges e descrentes. Começou a tomar forma definida quando, em 1232, o Papa Gregório IX designou juízes permanentes, que vieram a ser conhecidos mais tarde como “inquisidores”. Todos que viviam nas chamadas terras “cristãs” deviam ser coagidos à lealdade à única Igreja. Não se devia permitir nenhuma discordância, nenhum exercício de seu próprio critério, nenhuma interrogação das doutrinas da Igreja.
Os representantes da Igreja insistiam que as suas investigações, incluindo a tortura, eram feitas por amor às vítimas. E quanto à responsabilidade de queimar incontáveis pessoas na estaca, declaravam que tais execuções eram realizadas, não pela Igreja, mas pela autoridade secular. Esse mesmos de religiões que eram perseguidos, agora também são perseguidores de religiosos.
Acham-se, por certo paladinos da justiça. Não querem saber do implícito conceito de liberdade religiosa inserida na nossa Constituição, que os homens devem ser livres para escolher sua religião. Esse deputados DEVERIAM DESDE JÁ serem processados por falha de conduta que está inserida nas diretrizes da organização parlamentar com o nome de Decoro Parlamentar. O Decoro é o recato no comportamento que deve respeitar o acatamento das normas morais e os princípios da decência, da honradez e da dignidade. Decoro parlamentar, por sua vez, nada mais é que a postura exigida de parlamentar no exercício de seu mandato, postura esta que deverá respeitar também todos esses princípios.
 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Suco de Noni 100% natural



Composto de Noni Orgânico

Excelentes resultados no tratamento de Diabetes, Colesterol Alto, Pressão Alta, Depressão e outras doenças...

Informações sobre o Noni

Nome cientifico "Morinda Citrifolia", atua como alimento funcional e conta com diversas propriedades benéficas para a saúde e bem estar.
Rico em Xeronina, princípio biológico ativo que ajuda no bom funcionamento de hormônios, anticorpos e enzimas. 


Conhecida mundialmente, essa pequena fruta oriunda da Polinésia e Índia, O Noni é famoso por reduzir a pressão arterial, melhorar o sono e ciclos do humor, aumentar a energia física, ser um ótimo anti-inflamatório e anti-histamínico, proteger o aparelho digestivo e o coração.

A razão desta planta estar entre as 10 mais no ranking dos alimentos saudáveis está nos numerosos fitoquímicos, antioxidantes, vitaminas e micronutrientes que desempenham funções importante em nosso corpo.

Os efeitos do Noni são tão valiosos que despertam interesse de pesquisadores que recentemente vem relalizando estudos científicos sobre suas propriedades. O suco poderá ser composto por polpa de Noni e suco natural de uva, ou outra fruta de preferência.

Consumo diário - 30ml pela manhã em jejum.