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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O mundo é para poucos


Lendo a reportagem "O mundo é para poucos" da revista CartaCapital onde pesquisa aponta para a hiperconcentração de riqueza em andamento na quase totalidade dos países ocidentais. Sete em cada dez indivíduos vivem em países onde a desigualdade avançou nas últimas três décadas. Segundo o estudo, a crise financeira detonada em setembro de 2008 veio a calhar para os mais ricos. O 1% do topo da pirâmide, anota a pesquisa, detém hoje metade da riqueza gerada no planeta, decidi que quero passar minha vida sendo uma pessoa comum. Pois para os comuns, está reservada uma vida plena de satisfações simples. Querem ver? 


Praia: Você pode ir até mesmo à pé. Pode levar um isopor com sua cervejinha comprada por bem menos no supermercado. Pode levar seu tira-gosto feito no fogão de sua casa e custar menos ainda. Sentar em uma sombra de qualquer árvore, mas de preferência num coqueiro de beira de praia. Intercalar um bainho de mar com uns goles de cervejinha, e se ainda agüentar, vez em quando bater um quente pra contrabalançar.
Podemos fazer a mesma coisa em pic-nics. É só ir a um parque da cidade ou uma área de jardins de praças públicas.


Você pode caminhar pelas ruas e parque de sua cidade. Ver pessoas nas suas idas aos mercados municipais e comer um pastel com caldo de cana às 9 horas, para almoçar às 12.


Quero levar o restinho de vida que tenho, como sempre fui. Um homem comum. Satisfeito com as coisas que possuo e não querendo mais correr atrás das coisas. Quero levar a vida usando a vida para me levar. 

Quero curtir minha esposa, filhos e netos. E se o Bom Deus me der condições, curtir também bisnetos. Quero não pensar mais em problemas que não posso resolver.


Deixarei de ficar chateado com o governo por incidir sobre nós uma carga de impostos insanamente altos, até mesmo não sentir revolta com o Joaquim Barbosa pela falta de ética e com a Rachel Sheherazade por dizer tanta bobagem.

Sim, resolvi que continuando a ser um rosto comum na multidão, viverei meu restinho de dias de vida, na paz que Deus reserva para seus filhos. O problema que vejo nessa postura é que tenho certeza que vez em quando, sairei dela e darei umas voltinhas no lado da revolta, por ver tantas coisas erradas e denunciar nesse foro maravilhoso para nós jornalistas sem canudo, o Facebook!