Artigos Variados

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A ENERGIA DA TERRA

Abaixo da superfície da terra existe um grande tesouro que não está sendo completamente aproveitado. Não se trata de petróleo, nem de ouro, nem de prata ou quaisquer pedras preciosas. Trata-se de calor. Chama-se energia geotérmica e o vasto estoque é muito maior que todas as jazidas de petróleo existente na terra.

Breve o petróleo irá acabar. Precisamos começar a investir em energia geotérmica. No ano de 1982, participei de um curso voltado para técnicas de exploração de petróleo, dado pela Petrobras na cidade do Rio de Janeiro e um dos professores, velha guarda da empresa, já falava desse tipo de energia.
 
A fim de aprender mais sobre a eletricidade que é produzida a partir do calor da Terra, iniciei pesquisas e descobri que as Filipinas tornaram-se um dos países que exploram de maneira ampla a energia geotérmica. Mais de 20% de toda a eletricidade usada no país vem desse tipo de energia. Existe uma grande usina geotérmica chamada Mak-Ban, na província de Laguna onde as instalações têm a capacidade de gerar 426 megawatts de energia.
 
Mossoró cidade do Rio Grande do Norte, tem um potencial geotérmico excelente e é apenas aproveitado para aquecer as piscinas do Termas Hotel. As águas chegam à superfície com cerca de 58º celsius e isso apenas com um poço escavado pela Petrobras, com 1.000 metros de profundidade. Existem pelo Brasil outras cidades com potenciais elevados.
 
 
O calor da terra existe por baixo da superfície do planeta, e em algumas partes está mais perto da superfície do que outras, o que torna mais fácil a sua utilização.
Em certos locais, fazendo furos de poucos metros é possível alcançar calor útil, assim como existem zonas onde existem nascentes de água quente completamente espontâneas. Mas na maior parte do mundo é necessário fazer furos entre dois e três quilometros de profundidade para encontrar calor significativo.
 
A energia geotérmica tem muitas aplicações práticas, pode servir para diversas aplicações e ser utilizada para gerar energia elétrica por meio de Centrais Geotérmicas, conforme fotos abaixo.
 
 
Devido a necessidade de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada vez maiores, existe um interesse renovado neste tipo de energia pouco poluente.
Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído.
 
A Terra é formada por placas gigantescas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, e o calor aumenta 25º a 30º celsius por cada quilómetro de profundidade em direção ao centro da terra. No entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial geotérmico.
 
Há muito que dizer a favor da energia geotérmica. Os países que obtêm energia dessa fonte reduzem sua dependência do petróleo. Cada dez megawatts de eletricidade gerada representam anualmente uma economia de 140.000 barris de petróleo bruto. Além disso, as fontes geotérmicas são enormes e o perigo de escassez é bem menor do que o de muitas outras fontes de energia. Também, reduzem-se problemas com a poluição, sem falar nos custos de produção da energia geotérmica, bem baixos em comparação com outras fontes de energia.

Um ponto negativo da geração desse tipo de energia é de ordem ambiental. O vapor geotérmico normalmente contém sulfeto de hidrogênio, que é tóxico em grandes quantidades e incômodo, em pequenas quantidades, por causa do odor sulfúreo. No entanto, os processos de remoção desse incômodo são eficazes e mais eficientes que os sistemas de controle de emissões das usinas de energia movidas a combustível natural.
 
Além do mais, pode haver pequenas quantidades de arsênio e outras substâncias tóxicas nos efluentes. Quando esses são reinjetados no solo, mantêm-se o nível de perigo muito reduzido. A contaminação de lençóis freáticos também pode ser um problema se os poços geotérmicos em grandes profundidades não estiverem revestidos com aço e cimento.
 
Certa quantidade de calor da Terra encontra-se no chão, até mesmo perto da superfície, e esse calor pode ser explorado utilizando-se bombas térmicas ligadas a uma tubulação subterrânea em forma de serpentina. A energia extraída dali pode ser usada para aquecer casas durante o inverno ou realizar outras tarefas úteis. Além disso, os habitantes próximos a fontes termais, ou outras áreas geologicamente ativas, vêm descobrindo outros usos para o calor disponível na Terra. Os antigos romanos, por exemplo, usavam fontes termais para tomar banho.
A maior parte do calor concentra-se abaixo da crosta terrestre, na camada conhecida por manto. A espessura média da crosta é de cerca de 35 quilômetros — profundidade bem maior do que a capacidade de perfuração da tecnologia moderna. Essa crosta é formada por uma porção de placas que, em alguns lugares, são mais finas, especialmente onde se encontram. Nesses pontos específicos, o magma consegue subir até mais perto da superfície e aquecer a água enclausurada em camadas de rocha. Essa água está geralmente entre 2 e 3 quilômetros abaixo da superfície e ao alcance das modernas técnicas de perfuração. Ela pode ser explorada e muito bem aproveitada.
 
 
 

 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A poesia operária como instrumento sindical em Sergipe

 
Livro de poesias lançado no bojo do movimento sindical onde nascia em Sergipe o início da luta operária, onde nós fundadores do SINDIQUÍMICA-SE começamos a ser vistos como revolucionários.
 
Nos anos 80 os sindicatos estavam em mãos de 'pelegos', inclusive o sindicato dos petroleiros, SINDIPETRO. Começamos a participar das assembleias dos sindicatos e identificar aqueles que podiam se juntar a nós.
 
Apoiamos por diversas vezes, inclusive com dinheiro, a luta dos metalúrgicos em São Paulo, onde nascia o PT. Eram os últimos suspiros da ditadura militar. Mas mesmo assim, éramos perseguidos pelos reacionários que apoiavam a ditadura.
 
Participamos das reuniões do recém criado Partido dos Trabalhadores - PT e iniciamos um projeto de participação política onde fizemos deputados e iniciou-se a tomada do poder pelo voto.
  
As poesias incrustadas no livro, que não passa de uma brochura, vem recheado com menções políticas, amor às mulheres, descaso dos homens com o sertanejo e até mesmo escrevi acerca do abandono do Morro do Mucuripe em Fortaleza, para mostrar o descaso das autoridades.
 
Bons tempos. Fazíamos a luta.
 
Hoje tem um bairro em Aracaju, que se chama Santa Maria, e antes Terra Dura. Eu e Marcelo Deda, apoiamos a invasão da Terra Dura. Corri uma lista junto aos companheiros da NITROFÉRTIL, hoje FAFEN-SE para arrecadar dinheiro e comprar ferramentas e arame farpado para cada um dos sem terra, cercar seu pedacinho de terreno. Barreto Mota era o Chefe de Polícia na época, e Deda teve que comparecer à delegacia do bairro Augusto Franco, por exigência de Barreto Mota, para se explicar.
 
Hoje o bairro é populoso, com comércio e industrias. Fizemos também o progresso de Aracaju.